“O mundo, em um novo ciclo de transformação,
abre oportunidades,
mas é preciso se preparar para elas”.
O que há de tão sedutor nas novas tecnologias mais inteligentes? Seria só sua eficiência ou a capacidade de nos obedecer a um só clique ou comando de voz à distância? E que tal uma enfermeira-robô, muito paciente, com capacidade de medir sua temperatura, conversar com pacientes acamados, anotar pedidos e ainda com capacidade de ouvir suas histórias e nunca esquecer – interação, afeto e até previsão do tempo?
Qual será o futuro da Internet e da Inteligência Artificial? Que tal promover um evento de tecnologia e se inserir no mapa global da inovação?
Boas conferências de inovação e tecnologia servem para isso – promover o megaencontro de mentes brilhantes, startups, investidores, executivos e autoridades para fomentarem o empreendedorismo e uma produção cultural incrível.
Grandes temas não faltam! Inteligência artificial, metaverso, criptomoedas, meio ambiente, marketing, diversidade, indústria cultural, globalização do capital de risco, qualificação de mão de obra, educação, oportunidades...
O Vale do Silício (região da Califórnia que concentra startups e empresas de tecnologia) aposta que uma ideia pode ser implementada em qualquer lugar. Mas, é preciso vocação, ecossistema, inovação, qualificação de mão de obra, educação.
A grande aposta é partir do dia a dia do cidadão como terreno fértil para fomentar as empresas de tecnologia (startups), a fim de criar soluções e mostrar novos caminhos para a cidade. E nessa brincadeira, virar vanguarda em tecnologias que o mundo inteiro busca.
Vejamos algumas ideias extraordinárias já em andamento:
·
Algoritmo de análise de ondas cerebrais (um equipamento que realiza
um eletroencefalograma, o programa consegue analisar as sensações em pouco
tempo). Com a avaliação é possível saber, por exemplo, o que o cliente sente ao
saborear uma comida ou ao ver um novo produto (o aparelho é produzido nos EUA e
foi apresentado pelo CEO da Neurosenses, Alexandre Magno);
·
Para incentivar a reciclagem, a Flori Tech aposta na gamificação do
descarte correto. Ao jogar fora seu lixo corretamente, o cliente ganha pontos
que podem ser trocados por benefícios. Atualmente, a Flori possui máquinas em
loja de cafés de cápsula e shoopings e instalará também o equipamento em duas
escolas estaduais na Rocinha – onde está prevista uma competição entre as
turmas;
·
E que tal criar oportunidades para empreender dentro das
comunidades? Por isso foi criado o “Delivery das Favelas”, uma plataforma que
liga grandes lojas, como a Magalu, aos seus consumidores que moram nas favelas
do Rio, além de conectar empreendedores locais com clientes. É o ESG (práticas
empresariais para o meio ambiente, governança e social) que, além do olhar para
a favela, envolve diversos ecossistemas e inicia conversas com empresas de
meios de pagamento.
·
A tecnologia pode ser usada
para desenvolver novos tipos de interação com e entre as pessoas. Exemplos:
robô-cachorro, robôs humanóides, bot (programa projetado para simular respostas
humanas repetidas) simuladores de voo, novos aplicativos, experiências
imersivas, ChatGPT (assistente virtual que interage com humanos), realidade
virtual, inteligência artificial, handtracking (captura de movimento das mãos),
simulações de robôs. Enfim, que ficção, que nada! É futuro ao alcance das mãos!
É considerada uma das ferramentas mais disruptivas do momento porque carrega
uma IA generativa que é capaz de criar textos, imagens e áudios que não existem
no “mundo real” – baseada no imenso repertório de dados fornecidos e aprendidos
pela máquina.
·
Qual é o seu momento mais criativo? (O meu é de manhã). Mas, logo
que somos tomados pelas distrações do dia a dia, a grande ideia vai-se embora.
A IA pode resolver isso, possibilitando produzir o que se pensa em pouco tempo
(graças ao 10x Developer, um desenvolvedor tão rápido quanto dez mentes). Quem
promete é o Thomas Dohmke, CEO da plataforma de desenvolvimento de softwares
GitHub;
·
Com as plataformas e a nova
era da IA, teremos cada vez menos intermediários entre a pessoa e a Internet. É
a mais transformadora mudança do nosso período de vida e vai ser a mais rápida
também. No cotidiano, da medicina ao direito, da comunicação à educação, a IA
já está presente na vida das pessoas, mais um ingrediente no caminho sem volta
da digitalização. Veja o setor bancário, por exemplo, o mercado deve ser
digital. Não faz sentido ter agências de banco em qualquer esquina. E,
principalmente agora, com as plataformas e nova era da IA, teremos cada vez
menos intermediários entre a pessoa a internet.
·
Agora, é possível produzir (músicas e vídeos) com celular, sem fone
de ouvido, monitor de áudio, estúdio e equipamentos magassofisticados. A
produção acontece com a mesma ferramenta em que (a música) vai ser consumida.
Afinal, é a era de estreamings e serviços como o YouTube, que chacoalham as
indústrias fonográfica, cinematográfica e da TV. Atualmente, é uma jornada “dos
sonhos” de um conteúdo musical que é multiplataforma. Pode começar num vídeo
curto, seguir para um streaming, chegar ao videoclipe oficial, ir para a TV, a
publicidade e, quem sabe, virar documentário.
· Os jogos eletrônicos, que surgiram como uma mera diversão na década de 1970, viraram coisa séria. E hoje, também conhecidos como e-sports, se consolidaram como um mercado bilionário e ainda em crescimento. São mais de 3 bilhões de espectadores e jogadores! A profissionalização da empresas envolvidas no ecossistema gamer tem potencializado negócios em todo o mundo. São fãs vindos da era digital, que nasceram do eletrônico. Então, a gente não tem que ensiná-los a entrar nas redes sociais, engajar, comentar, consumir. No futuro, muitos problemas vão aparecer, e as soluções vão envolver muitas vezes novas tecnologias. E vamos sempre tentar dar um passo à frente nas unidades de negócio que podem resolver esses problemas, agregando valor no final do dia. É isso que o cliente, o gamer, quer.
· Plataforma criada para analisar desempenho na Educação. Auxilia pais e professores no diagnóstico preciso do estímulo cognitivo de crianças neurodiversas, com as que têm algum nível de Autismo, TDAH e Síndrome de Down. Diferencial: conseguir desenvolver um sistema que consegue analisar em que área do conhecimento a criança possui mais dificuldade. O principal segredo da nossa tecnologia é justamente o empoderamento do professor. Ele está na sala de aula lutando diariamente e fazendo o melhor possível. O professor muitas vezes trabalha no escuro, sem as informações necessárias. Estamos aqui para acender a luz para eles. 1) Cercar de pessoas alinhadas com seus ideais, principalmente de ética humana e do próprio impacto social do Projeto; 2) Ter cuidado com quem oferece fórmulas prontas.
Vejamos outros exemplos:
Uma nova revolução industrial (a da Indústria 5.0) está em curso, e ela tem como motor central a Inteligência Artificial (IA ou indivíduos aumentados ou “inspiração acelerada”?) porque abrange todos os setores (vai mudar todas as indústrias que conhecemos). Ela aprimora todas as plataformas e está chegando nas mãos das pessoas (e não mais somente pesquisadores e grandes corporações). O que se impõe é a certeza de transformações, com mundo de possibilidades pela frente, podendo ser um grande impulso à produtividade das pessoas. Porém, essa tecnologia catalisadora inova, mas também desperta questionamentos sobre regulação e desinformação (os conteúdos gerados pela IA). Oscilando entre perspectivas otimistas e pessimistas, emerge uma coleção de desafios contemporâneos, tais como: segurança de dados privados, desinformação em tempos já assolados pelas fake news, mudança climática e o futuro do trabalho (inclusão ou acesso profissional ao mercado de tecnologia) com mão de obra substituída por máquinas. É por isso que Empresários e Governos precisam regular essa tecnologia antes que a criatura se torne maior que o seu criador. Trata-se de um amanhã ainda incerto, mas que se desenha.
Ou seja, como a Inteligência Artificial (IA) está revolucionando também a economia? Quem vai controlar tudo isso? Governo? Empresas? Uma rede descentralizada? De quem será a responsabilização por consequências provocadas pela IA? E será que estamos preparados para a velocidade de avanço da tecnologia? O que é verdade no mundo que vivemos hoje? Como ficarão as pessoas com talentos menos sofisticados do que a tecnologia pode fazer? Vão se tornar pessoas supérfluas, no sentido de sem função? Tudo bem, o software não pode ser preso. Mas é preciso ter alguém que possa assumir a responsabilidade. Afinal, as tecnologias que serão implementadas pelas empresas precisam ter transparência. Caso contrário, o risco é que ampliem os casos de deepfake e desinformação. Ou seja, deve haver Ética no desenvolvimento de produtos baseados em IA generativa. Afinal, toda tecnologia disruptiva terá maus atores utilizando-as de maneira inapropriada.
“Se não pudermos dizer o que foi real e o que foi um vídeo gerado por uma IA, então, não sabemos o que aconteceu. A verdade se perde. Precisamos deixar claro quando alguém está conversando com uma pessoa ou com um assistente de IA. Caso contrário, isso é muito confuso e distorcido para a experiência humana”.
“Haverá problema novos, desde o uso indevido até apropriação indevida de uma tecnologia. Mas isso não é uma justificativa para que empresas e reguladores fujam do uso da tecnologia, e sim para que o bom uso, em prol da melhoria da sociedade, supere aqueles que buscam sua adoção para práticas nefastas”.
Enfim, a inteligência
artificial pode desbloquear e agilizar um conjunto de habilidades humanas. É um
impulso à produtividade que dará aos indivíduos a possibilidade de soluções
mais rápidas. Ela é habilitadora de novos caminhos. Resta saber se seus frutos
serão para todos e se suas consequências serão bem administradas.
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