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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

segunda-feira, 10 de abril de 2023

Não existe perda no amor.

Paixão simples.

A obra mais importante para mim é essa vida.

E a vida é uma obra incompleta.

Entre a confissão pessoal e a análise social, concluo que paixões são um luxo pelo qual somos capazes de fazer qualquer coisa. E elas não servem para construir algo, pois são destinadas a se apagar. Por quê? Porque não há fracasso naquilo que carrega um fim em si mesmo. Logo, não há perdas nas relações amorosas.

Em um mundo hiperconectado, com relações afetivas muito líquidas, não faz sentido perdermos a oportunidade de vivermos sentimentos profundos numa experiência crua. Afinal, o amor é algo que não está no outro, mas algo que está em si mesmo. É uma experiência digna e válida independente da reciprocidade. Ou seja, o desejo é desorganizador e subversivo porque nos tira das expectativas sociais. As dinâmicas sociais moldam demais a vida íntima e o político estraga memórias afetivas. É por isso que o desejo foi feito para transgressores, pois apaixonar-se é uma situação limite.

Desse modo, recuso a tratar um relacionamento em termos de sucesso ou derrota. No amor, existe algo além da felicidade. Toda relação tem um toque de singularidade. É um manifesto pela liberdade e contra a vergonha. Não sou mesquinho no afeto.

“Não se deve ser mesquinho com o afeto; o que se gasta das reservas é renovado pelo próprio ato de gastar” (Sigmund Freud).

Não é? Para que focar em algo que possa vir a perder se, na intensidade do próprio ato de gastar afeto, se ganha tanto!? Não há fracasso numa entrega assim!

Enfim, viva paixões intensas, sem culpa nem cobranças. Apenas viva e usufrua delas. Deixe de ser pão-duro e deseje o ócio completo. Entregue-se sem limites às sensações e narrativas imaginárias da sua paixão! Ame sem culpa!!!

“No dia que for possível amar em sua força e não em sua fraqueza, não para fugir de si mesmo, mas para se encontrar, não para se renunciar, mas para se afirmar, nesse dia então o amor se tornará, para qualquer um que seja, fonte de vida e não perigo mortal”.

(Simone Beauvoir)


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