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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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domingo, 2 de abril de 2023

Esse Novo Ensino Médio...

 

Puseram uma estreita camisa de força no Ensino Médio. De um lado, amarrou o ensino integral com ampliação da carga horária e, do outro, um nó de reformulação do currículo com formações específicas.

Com um currículo dividido em 2 blocos, no 1º com matérias básicas, como português e matemática; no 2º com disciplinas de formação técnica, profissional ou programas interdisciplinares para aprofundar o conhecimento. Nos 03 anos, a formação básica ficou com uma carga máxima estipulada em 1.800 horas/aula - que precisam ser o piso alocado para as disciplinas, não o teto, de modo que os alunos recebam a formação básica essencial.

Com a expansão da carga horária, os itinerários formativos acabaram ficando em algumas escolas com uma grande proporção da carga horária. Preocupados com o vestibular, alunos têm protestado com razão. Ainda que bem-intencionada, a estrutura desses itinerários formativos ficou demasiadamente flexível, dando margem ao surgimento até de cursos para fazer brigadeiro.

Enquanto isso, o desempenho dos alunos do 3º ano é sofrível. Está estagnado desde 2001, segundo o Saeb. Os estudantes com nível adequado não passam de 10% em Matemática e de 30% em Português.

Ou seja, é preciso repensar esses itinerários formativos. O técnico não pode se sobrepor ao formativo. O que fizeram com os componentes das Ciências Humanas? O governo federal (MEC) tem de aumentar o apoio aos estados para que prestem mais ajuda aos professores, formados para atuar numa escola distante da necessária para um ensino médio humano, social e crítico, não apenas profissionalizante e técnico. É preciso ainda promover mudanças profundas na formação inicial e reforçar programas de atualização continuada. Um novo currículo é paralelo com a formação continuada de professores e infraestrutura para viabilizá-los.

Enfim, a direita quer que fique como está. A esquerda deseja mudanças, necessárias e urgentes!

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