“O Ocidente quer acabar com a Rússia”. Essa constatação de Putin foi acompanhada da ajuda financeira e militar à Ucrânia em um ano de guerra, e fez Moscou ficar de fora do acordo Novo Start, tratado nuclear que limita a manipulação de ogivas pelas EUA e Rússia através de inspeções de ambos os lados. Tudo suspenso!
Ambos os países detêm cerca de 90% das armas nucleares do mundo. Os EUA tinham 1.420 ogivas implantadas e 659 sistemas de lançamento estratégico implantados em 1º de setembro de 2022. Já a Rússia tinha 1.549 ogivas implantadas, atribuídas a 540 lançadores estratégicos implantados.
É claro que os EUA desejam enfraquecer o seu maior rival. Afinal, ninguém forneceria US$ 30 bilhões em 12 meses por nada (os aliados de Zelensky doaram US$ 13 bilhões). De coletes, fuzis a uniformes e alimentos, de baterias antiaéreas a blindados e mísseis portáteis antitanque, de lança-granadas e obuses a sistemas múltiplos de foguetes, o governo ucraniano agora demanda caças. Não pediram ainda armas atômicas (kkkk). Tudo indica que a constatação de Putin não está equivocada. Em vez de armas e munição, por que não ajudar financiando hospitais de campanha ou locais de acolhimento dos refugiados? Afinal, os meios bélicos são uma ferramenta civilizada para a paz? É dessa forma que se prova preocupação real com os civis e os fugitivos da guerra? Civilizada ou preocupada talvez não seja, mas Biden acha que é muito ÚTIL.
Como entender essa guerra indevida e ao mesmo tempo justificada senão como um “pós-guerra”, ao lado da pós-modernidade, da pós-verdade e de outras pós? Afinal, Kiev também está sendo muito bem instruído e amparado pelo uso estratégico da informação. Bombas de palavras fazem desse conflito uma guerra híbrida. Os ucranianos ainda estão de pé graças a esse apoio mais amplo. Logo, sim, Putin está correto. O Ocidente de fato quer acabar com a Rússia.
Enfim, conseguirá?
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