O alcance da psicologia expandiu-se e sobrepôs-se a muitas outras disciplinas, entre elas a medicina, a fisiologia, a neurociência, a ciência da computação, a educação, a sociologia, a antropologia e até mesmo a política, a economia e o direito. Talvez se tenha tornado a mais abrangente das ciências.
Psicologia serve para compreender melhor todo o aspecto misterioso da vida mental e do comportamento humano e animal. Ela desafia nossas percepções e crenças, no intuito de compreender melhor o outro pelo entendimento mais apurado de nós mesmos e do mundo em que vivemos. Embora a Psicologia seja a ciência da mente e do comportamento, também temos a psicologia social que se interessa cada vez mais em observar a forma como interagimos com o ambiente e com outras pessoas.
William James, o “pai da psicologia”, publica “Os princípios da Psicologia”.
A Psicologia examina os processos mentais que acontecem no cérebro/sistema nervoso e como se manifestam no nosso pensamento, discurso e comportamento. Ela se interessa sobre como ocorrem os raciocínios e ideias e o que eles nos dizem sobre o funcionamento da mente.
A natureza intangível de coisas como consciência, percepção e memória tornou mais lento o processo de transição da psicologia de especulação filosófica para a prática científica. A psicologia se torna uma disciplina separada e independente no fim do século XIX. Seu início formal se deu no ano de 1879, com a fundação do primeiro laboratório mundial de psicologia experimental, por Wilhelm Wundt[1], na Universidade de Leipzig (na Alemanha). Ao longo do século XX, a psicologia floresceu; seus principais ramos, bem como suas correntes, evoluíram. Pela primeira vez, um método científico era aplicado a questões como percepção, consciência, memória, aprendizagem e inteligência, e suas práticas de observação produziram um novo acervo de teorias.
A história da psicologia é construída por teorias e descobertas de gerações sucessivas, e muitas teorias antigas permanecem relevantes para profissionais contemporâneos. A maneira mais simples de iniciar a abordagem do vasto espectro da psicologia é conhecer suas principais correntes de forma mais ou menos cronológica: começando por suas raízes no pensamento filosófico, passando pelo behaviorismo, pela psicoterapia e pelo estudo da psicologia cognitiva, social e do desenvolvimento, e chegando por fim à psicologia da diferença.
A psicologia foi vista de
forma diferente por pessoas diferentes:
- EUA: teve raízes na
filosofia; a abordagem era especulativa e teórica; envolvia conceitos como
consciência e o “eu”;
- EUROPA: a base foi científica; ênfase na observação de processos mentais (percepção sensorial e a memória) em condições laboratoriais controladas. Entretanto, fora limitada pela natureza introspectiva de seus métodos.
O desafio lançado para a Psicologia é o de considerar seus processos subjetivos demais e buscar uma metodologia mais objetiva. Isto é, desenvolver um estudo realmente objetivo da mente e do comportamento e aplicar suas novas teorias no tratamento de distúrbios mentais.
A psicologia também pode ser
compreendida como uma ponte dentre filosofia e fisiologia:
- Fisiologia: descreve e
explica a conformação física do cérebro e do sistema nervoso;
- Filosofia: preocupa-se com
raciocínios e ideias.
- Psicologia: examina os processos mentais que acontecem no cérebro e no sistema nervoso, e como se manifestam no nosso pensamento, discurso e comportamento. À psicologia interessa como raciocínios e ideias ocorrem e o que nos dizem sobre o funcionamento da mente.
Ivan Pavlov x Sigmund Freud ou Behaviorismo x Psicanálise
Na década de 1890, o fisiologista russo Ivan Pavlov conduziu uma série de experimentos com resultados decisivos para o desenvolvimento da psicologia tanto na Europa quanto nos Estados Unidos.
Pavlov provou que animais podiam ser condicionados a reagir a um estímulo, ideia que evoluiu para um movimento chamado behaviorismo, que concentrou estudos no modo como o comportamento é moldado pela interação com o ambiente. Portanto, o comportamento pode ser medido. Essa teoria de “estímulo e resposta” popularizou-se com o trabalho de John Watson.
Baseada na observação e no histórico de pacientes, em vez de experiências em laboratório, a teoria psicanalítica de Sigmund Freud marcou o retorno ao estudo da experiência subjetiva. Freud estava interessado em memórias, desenvolvimento na infância e relações interpessoais, e destacava a influência do inconsciente para determinar o comportamento.
[1]
Wundt, que gostava de testar suas teorias,
é chamado com frequência de “o pai da
psicologia experimental”. Seu objetivo, com isso, era realizar pesquisas sistemáticas sobre a mente e o
comportamento humanos, testando inicialmente os processos sensoriais básicos. O laboratório de Wundt inspirou
outras universidades americanas e europeias a montar os seus departamentos de psicologia – muitos dos
quais usaram como modelo o laboratório pioneiro de Wundt e foram dirigidos por
antigos alunos seus, como Edward Titchener e James Cattell.
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