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Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

terça-feira, 29 de novembro de 2022

Um pouco de Psicologia (Parte I).

 O alcance da psicologia expandiu-se e sobrepôs-se a muitas outras disciplinas, entre elas a medicina, a fisiologia, a neurociência, a ciência da computação, a educação, a sociologia, a antropologia e até mesmo a política, a economia e o direito. Talvez se tenha tornado a mais abrangente das ciências.

Psicologia serve para compreender melhor todo o aspecto misterioso da vida mental e do comportamento humano e animal. Ela desafia nossas percepções e crenças, no intuito de compreender melhor o outro pelo entendimento mais apurado de nós mesmos e do mundo em que vivemos. Embora a Psicologia seja a ciência da mente e do comportamento, também temos a psicologia social que se interessa cada vez mais em observar a forma como interagimos com o ambiente e com outras pessoas.

William James, o “pai da psicologia”, publica “Os princípios da Psicologia”.

A Psicologia examina os processos mentais que acontecem no cérebro/sistema nervoso e como se manifestam no nosso pensamento, discurso e comportamento. Ela se interessa sobre como ocorrem os raciocínios e ideias e o que eles nos dizem sobre o funcionamento da mente.

A natureza intangível de coisas como consciência, percepção e memória tornou mais lento o processo de transição da psicologia de especulação filosófica para a prática científica. A psicologia se torna uma disciplina separada e independente no fim do século XIX. Seu início formal se deu no ano de 1879, com a fundação do primeiro laboratório mundial de psicologia experimental, por Wilhelm Wundt[1], na Universidade de Leipzig (na Alemanha). Ao longo do século XX, a psicologia floresceu; seus principais ramos, bem como suas correntes, evoluíram. Pela primeira vez, um método científico era aplicado a questões como percepção, consciência, memória, aprendizagem e inteligência, e suas práticas de observação produziram um novo acervo de teorias.

A história da psicologia é construída por teorias e descobertas de gerações sucessivas, e muitas teorias antigas permanecem relevantes para profissionais contemporâneos. A maneira mais simples de iniciar a abordagem do vasto espectro da psicologia é conhecer suas principais correntes de forma mais ou menos cronológica: começando por suas raízes no pensamento filosófico, passando pelo behaviorismo, pela psicoterapia e pelo estudo da psicologia cognitiva, social e do desenvolvimento, e chegando por fim à psicologia da diferença.

A psicologia foi vista de forma diferente por pessoas diferentes:

- EUA: teve raízes na filosofia; a abordagem era especulativa e teórica; envolvia conceitos como consciência e o “eu”;

- EUROPA: a base foi científica; ênfase na observação de processos mentais (percepção sensorial e a memória) em condições laboratoriais controladas. Entretanto, fora limitada pela natureza introspectiva de seus métodos.

O desafio lançado para a Psicologia é o de considerar seus processos subjetivos demais e buscar uma metodologia mais objetiva. Isto é, desenvolver um estudo realmente objetivo da mente e do comportamento e aplicar suas novas teorias no tratamento de distúrbios mentais.

A psicologia também pode ser compreendida como uma ponte dentre filosofia e fisiologia:

- Fisiologia: descreve e explica a conformação física do cérebro e do sistema nervoso;

- Filosofia: preocupa-se com raciocínios e ideias.

- Psicologia: examina os processos mentais que acontecem no cérebro e no sistema nervoso, e como se manifestam no nosso pensamento, discurso e comportamento. À psicologia interessa como raciocínios e ideias ocorrem e o que nos dizem sobre o funcionamento da mente.

Ivan Pavlov x Sigmund Freud ou Behaviorismo x Psicanálise 

Na década de 1890, o fisiologista russo Ivan Pavlov conduziu uma série de experimentos com resultados decisivos para o desenvolvimento da psicologia tanto na Europa quanto nos Estados Unidos.

Pavlov provou que animais podiam ser condicionados a reagir a um estímulo, ideia que evoluiu para um movimento chamado behaviorismo, que concentrou estudos no modo como o comportamento é moldado pela interação com o ambiente. Portanto, o comportamento pode ser medido. Essa teoria de “estímulo e resposta” popularizou-se com o trabalho de John Watson.

Baseada na observação e no histórico de pacientes, em vez de experiências em laboratório, a teoria psicanalítica de Sigmund Freud marcou o retorno ao estudo da experiência subjetiva. Freud estava interessado em memórias, desenvolvimento na infância e relações interpessoais, e destacava a influência do inconsciente para determinar o comportamento.


[1] Wundt, que gostava de testar suas teorias, é chamado com frequência de “o pai da psicologia experimental”. Seu objetivo, com isso, era realizar pesquisas sistemáticas sobre a mente e o comportamento humanos, testando inicialmente os processos sensoriais básicos. O laboratório de Wundt inspirou outras universidades americanas e europeias a montar os seus departamentos de psicologia – muitos dos quais usaram como modelo o laboratório pioneiro de Wundt e foram dirigidos por antigos alunos seus, como Edward Titchener e James Cattell.

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