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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

sexta-feira, 25 de novembro de 2022

Salada de informações...

 

·       Lira é o homem do dinheiro. O “Orçamento Secreto” aprimorado e controlado em grande parte por ele está na cifra de R$ 19,4 bilhões para 2023. Olha o tanto de partido que o apoia... Como vô Lula pode armar uma estratégia vitoriosa contra ele, apoiando um candidato alternativo? Muito arriscado! Passou 4 anos engavetando 144 pedidos de impeachment do Verme, dos 153 que já lhe foram enviados. Enfim, agora, deixa vô Lula contrariá-lo pra vê se ele não instaura a primeira armação que vier...

·       Em geral, os quadros de Covid-19 têm fim em prazo curto, algo próximo a duas semanas (apenas 8% dos infectados podem apresentar a doença no organismo por mais de dois meses). Mas, há casos de Covid longa desafiando os pesquisadores, com sobrevida de até 1 ano no hospedeiro.

·       Outros perigos da mudança climática. 13 vírus de até 48 mil anos foram descongelados na Sibéria e reviveram (das fezes de mamute ou do estômago de lobos siberianos, etc.). Como paleovírus (patógenos antigos) podem permanecer com a capacidade infeciosa intacta! O degelo da região pode levar à disseminação de novos patógenos que causem emergências de saúde, como pandemias. “Devido ao aquecimento climático, o degelo irreversível está liberando matéria orgânica congelada por até um milhão de anos, e parte dela abriga vírus que permaneceram adormecidos desde os tempos pré-históricos”. Só não pode é “escapar” do laboratório, néh?

·       Cérebro e memórias. O “córtex entorrinal” é a região do cérebro que intermedeia a transferência das memórias de onde são provisoriamente guardadas (o hipocampo), para o arquivo de longo prazo (todo o córtex cerebral). O entorrinal é uma região chave, porque faz o meio de campo entre as memórias que devem ser eliminadas ou podem ser enfraquecidas, e as que guardamos por muito tempo. Ou seja, o córtex entorrinal é que faz o filtro entre o que fica e o que desaparece das lembranças. Geralmente, o que dura mais é aquilo que tem maior carga emocional ou relevância para o enredo.

·       O futuro do movimento bolsonarista. Enquanto um movimento organizado de extrema direita, no front de ruas e redes, perderá tração inicial após 1º de janeiro, quando ficará claro que não há espaço para intervenção militar ou outra teoria conspiratória. A despeito de manifestações isoladas, as Forças Armadas deverão repetir o que fizeram as americanas e desembarcar dos devaneios golpistas do governante derrotado, escancarando sua solidão. 

·       O descompasso entre demanda e produção habitacional. Paulistanos declaram não ter renda para pagar o aluguel. O déficit habitacional na cidade de São Paulo é estimado em cerca de 369 mil unidades e já há pelo menos 31 mil pessoas vivendo nas ruas. A demanda por moradia social disparou desde 2020. Isso mostra o quanto a prolongada pandemia de Covid-19 ainda produz consequências nefastas na renda dos brasileiros, sobretudo dos mais vulneráveis. Além de falta de  orçamento e lentidão da vontade política, há também problemas de logística. O andamento das obras foi impactado pelo reduzido quadro de prestadores de serviços e a matéria-prima necessária. É preciso fortalecer urgentemente os programas habitacionais no Estado, com construção de moradias pela administração municipal – que precisa entender que não basta apenas aumentar a produção aleatória de casas em larga escala, em regiões periféricas, carentes de serviços e postos de trabalho. Calcula-se que a cidade teria de construir em média 73 mil moradias anuais até 2030 para zerar a demanda futura e o déficit atual, que tem como principais causas: o custa de vida, o desemprego, o aumento da população de rua e, sobretudo, uma política habitacional mais efetiva. Isso significa pensar em contextos dignos para as moradias, o que tornam necessárias a indução de novos empreendimentos de interesse social, a requalificação de imóveis desocupados em áreas centrais e a aquisição de unidades da própria iniciativa privada. Afinal, não se deseja provocar efeito contrário, com inadaptação das famílias e retorno a moradias precárias.

·       PL do Verme formaliza ação no TSE com pretensão de invalidar votos de parte das urnas no 2º turno das eleições. Sem qualquer fundamento jurídico, o objetivo é fustigar o punhado de fanáticos derrotados e inconformados. Uma litigância de má-fé com o intuito de tumultuar o regime democrático brasileiro. Felizmente a democracia brasileira tem demonstrado capacidade institucional para resistir às investidas autoritárias de Bolsonaro e seus apoiadores. 

·       Pé no freio! Caixa: mais criteriosa ou menos eleitoreira? Após eleição, consignado para beneficiários do programa de transferência de renda, o Auxílio Brasil, foi interrompido por 15 dias (e estendido até 8 de dezembro), alegando questões técnicas. Caíram de 114 mil contratos por dia em outubro, quando foram liberados R$ 6 bilhões (a previsão de empréstimo era de R$ 500 milhões para o mês), para 1.500 agora em novembro. Outra linha que superou as expectativas foi o programa Microfinanças, destinado a quem trabalha por conta própria, inclusive inadimplentes. O banco, segundo integrantes do Conselho de Administração, já teria emprestado cerca de R$ 4 bilhões. A Caixa está liberando menos dinheiro, permitindo, em geral, o comprometimento de apenas 20% da renda do beneficiário, contra o teto de 40% permitido por lei, que era o padrão antes do 2º turno. Oficialmente, as linhas seguem abertas, mas, diferentemente do lançamento em plena campanha eleitoral, o banco público está muito mais criterioso para conceder os empréstimos (a concessão do crédito está restrita aos clientes com boa análise de risco e sem dívidas com o banco, observando o contexto de mercado, o monitoramento de seus produtos e as estratégias do banco). O Conselho de Administração da Caixa alegou que há menos recursos e, com isso, comprometeram as parcelas (as metas de concessão de crédito foram atingidas, então nosso apetite reduziu um pouco). “A restrição ocorre em todas as linhas porque o banco está com o orçamento comprometido e precisa seguir os limites internacionais de prudência”. A instituição deveria ter emprestado em todas as suas linhas R$ 892 bilhões, e a carteira de crédito total já teria chegado a R$ 992 bilhões, com previsão de ultrapassar R$ 1 trilhão. A Caixa é o maior banco brasileiro em crédito e número de clientes. Enfim, claro que a Caixa foi usada em favor da campanha à reeleição de Jair Bolsonaro que naufragou, felizmente! Tanto que o banco cortou tarifas e anunciou promoções que só valeram em outubro, logo após a definição da realização do segundo turno. A Caixa foi uma das primeiras a conceder empréstimo consignado do Auxílio Brasil e foi o único grande banco a oferecer essa modalidade, que vai causar um grande superendividamento dos mais vulneráveis que entraram nessa canoa furada - cria-se um ciclo vicioso de exclusão, pois as pessoas com já muitas dificuldades não conseguem entrar no mercado porque não conseguem arcar com as dívidas. E o crédito que aparenta ajudar acaba prejudicando, pois vira uma mola propulsora desse endividamento contínuo e profundo. 


·       O assédio do mercado. Empresários, banqueiros e mídia pressionam a equipe de transição do novo Governo Lula para arrancar os novos nomes das lideranças dos ministérios, sobretudo da área econômica (Fazenda e Planejamento). A chantagem é tamanha que estão dificultando o progresso da “PEC da Transição” em nome de figuras alinhadas ao mercado liberal. Ao representar Lula em jantar com a FEBRABAN, Haddad (ex-prefeito de SP) na companhia de Alexandre Padilha (ex-ministro da saúde) foram pressionados a dar pistas se assumiriam os ministérios. O mercado teme que Lula faça investimentos robustos no social. Para aplicar limites, insiste na fonte dos R$ 200 bi que deseja gastar fora do teto fiscal.

·       Supersalários. Juízes e procuradores são as categorias mais privilegiadas do serviço público brasileiro, cujo salário médio as coloca entre os 2% de maior renda do país. No Judiciário, proliferam privilégios já extintos noutras áreas, como férias de 60 dias, promoções automáticas, licenças-prêmio, aposentadorias compulsórias e outras benesses, como agora o tal quinquênio (foi aprovado o retorno do benefício salarial extinto há 16 anos para juízes federais que entraram na carreira até 2006 – um Adicional por Tempo de Serviço, ATS, aumento automático de 5% no salário a cada 5 anos, sem conexão com mérito ou produtividade, que inclusive prevê pagamento com retroativo, com correção pela inflação). Pela decisão, os juízes ganharão boladas milionárias. Em 24 estados, só o vale-refeição de juízes supera o salário mínimo. Mais de 8 mil magistrados já tiveram remuneração igual ou superior a R$ 100 mil – isso mesmo, R$ 100 mil – pelo menos uma vez desde 2017. Eles são 1/3 dos que recebem supersalários acima do teto constitucional. Em 2019, nove das dez maiores remunerações no Estado brasileiro estavam em cargos no Judiciário e no MP. Para a sociedade, as duas esferas do governo consomem anualmente 1,8% do PIB, 11 vezes o custo de instituições similares na Espanha, 10 vezes o da Argentina e 9 vezes o dos EUA. Não há paralelo no planeta para a prodigalidade com que o Brasil trata seu judiciário, conhecido pela lentidão, burocracia e ineficiência.

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