Quem sou eu

Minha foto
São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
Obrigado pela visita!
Deixe seus comentários, e volte sempre!

"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

quarta-feira, 23 de novembro de 2022

O controle do Mercado.

A oposição alega que Lula não pode começar o novo governo com “uma licença para gastar” mais do que o Governo arrecada, sem um suposto plano de controle do endividamento (âncora fiscal). Diz ainda que está em jogo não só uma transferência de renda, mas a sustentabilidade da dívida pública, pois o impacto na expansão do gasto é o equivalente a 2% do PIB, sem receita correspondente e sem garantia de que o aumento da dívida será controlado depois. A tara em pagar juros abusivos da dívida pública é maquiada com o seguinte argumento: "quando a dívida de um país cresce, o risco de calote aumenta, e o governo é obrigado a pagar juros mais altos para continuar se financiando. Mais juros levam a mais inflação, e quem mais sofre são os mais pobres".

Assim, lançam duas sugestões alternativas à “PEC da Transição” de Lula, apresentadas no Senado: detalhe importante, de senadores do PSDB. 

1.     Do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE): propõe expansão de R$ 80 bilhões no valor sujeito ao teto de gastos, que seria preservado por ora. Seria o suficiente para manter os R$ 600 pagos aos beneficiários do Bolsa Família, dar mais R$ 150 a cada criança e ainda sobrariam R$ 10 bilhões para outras rubricas orçamentárias. O redesenho do Bolsa Família com mais foco abriria ainda mais espaço sob o teto. Ou seja, “permite” a manutenção dos gastos sob o teto, “até” que o Congresso aprove uma nova regra fiscal.

2.     Do senador Alessandro Vieira (PSDB-SE): conhecida tecnicamente como waiver, autoriza gastos excepcionais fora do teto de R$ 70 bilhões apenas no próximo ano. Bastaria para manter o Bolsa Família em R$ 600 e para criar o novo benefício infantil. Também obriga o novo governo a apresentar já no próximo semestre uma nova regra fiscal capaz de garantir a sustentabilidade da dívida pública. Ou seja, nessa proposta se traz a obrigatoriedade de apresenta-la num prazo factível.

OBSERVAÇÃO: A “PEC da Transição” original da equipe de Lula deseja R$ 198 bilhões em 2023 e R$ 175 bilhões anuais daí para frente. O objetivo é garantir o programa de transferência de renda, o Bolsa Família, elevar o salário mínimo, recompor os programas Farmácia Popular e Merenda Escolar, reduzir a fila do SUS, investir em Cultura, Ciência e Tecnologia. Para Lula, isso é investimento, não gasto. De fato! Afinal, tudo que investe no social volta para a economia, ajuda por si só a movimentar a economia (o mercado financeiro é tão mesquinho que não absorve isso).

Nenhum comentário:

Postar um comentário