A irracionalidade quase no poder.
Esse era o Projeto da Direita para o “novo normal” pós-pandemia – gostar de ser bicho. Dois anos mais isolados e distantes do convívio social, assistindo a uma série de atrocidades protagonizadas pelo presidente da república, as pessoas estavam se distanciando de sua humanidade e aderindo à barbárie. Fedia ditadura, pois a fumaça subia com um depravado soprando com força as brasas do fogaréu de 1964. Nosso inconsciente mais profundo estava sendo insuflado pelas perversões do governo. Assim, o monstro crescia alimentado por um bolsonarismo tóxico, golpista e primitivo.
E ao que parece, não acabou. Bolsonaro
deu sinal de que não pretende parar. Vai exercer oposição ao próximo governo de
forma (anti)democrática e (anti)constitucional. Continuarão as arruaças e
conturbações ao ambiente econômico, político e social. Haverá sabotadores
impedindo o trânsito sempre. Bombas que precisarão ser desarmadas o tempo todo:
1.
Tentarão
ver um bode expiatório de esquerda em tudo que Lula fizer;
2. Tentarão manter forte o reacionarismo e a força do antipetismo;
3. Vai persistir as investidas em falta de conexão com a realidade e atitudes isentas de razão e objetivo.
Mas, o resultado da eleição de 2022 deu um primeiro, e forte, basta nisso. Quisemos a Democracia. Quisemos o jogo interno das regras e das leis para nos organizar coletivamente. A votação no Brasil foi limpa, e a maioria escolheu Lula para governar o país pelos próximos 4 anos. A eleição acabou. O país tem de seguir adiante! E o caminho é longo, afinal, teremos que superar quatro anos de retrocesso, desmonte das estruturas de fiscalização, desrespeito aos direitos civis e coletivos e desarranjo fiscal para fins eleitoreiros, sem falar na política armamentista assassina e sua excentricidade nos sigilos de cem anos para tudo.
Com a vitória de Lula, teremos que refazer o caminho de volta ao convívio civilizado entre os que têm ideologias distintas, professam diferentes religiões, vivem nas várias regiões do país, pobres e ricos, trabalhadores e patrões, pais e filhos. Mais amor, menos instintos. A racionalidade está de volta ao poder!
Enfim, a estatura de Lula aumentou e a
figura de Bolsonaro diminuiu. Porém, as duas continuarão bem vivas no nosso
(in)consciente. Que prevaleça a consciência!
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