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Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

segunda-feira, 21 de novembro de 2022

A nova fase da pandemia.

Estamos vivendo o maior evento epidemiológico dos últimos 100 anos do Planeta Terra!

O Brasil está sempre correndo atrás do coronavírus, em vez de estar correndo na frente dele. Precisamos aprender a prevenir e não a remediar. E nem remediar direito estamos fazendo. A gente se cansou do vírus, mas ele não se cansou de nós! É fato que vamos ter que conviver com a Covid, mas como se faz isso com uma doença tão séria que nunca foi uma gripezinha?

O instinto de sobrevivência da espécie humana parece que está abaixo de certos comportamentos hedônicos. A gente prefere correr o risco de ter uma doença crônica, cardíaca ou cerebral do que deixar de ter um jogo de futebol ou uma festa. Esse é o maior desafio de saúde pública das nossas vidas! Quem quiser continuar desfrutando do potencial de vida, de forma plena, precisa se cuidar. Se puder renunciar a algumas coisas, renuncie!

A pandemia saiu de pauta dos gestores brasileiros, desde a eleição. Triunfou o jeitinho brasileiro, imortal, relaxou! O que será do futuro de combate à pandemia? Como o Brasil vai se prevenir desta e outras previsíveis pandemias (há uma onda de influenza nos EUA, nesse momento; a China já está com outros vírus; a Índia está se preparando para um mundo diferente)?

No Brasil, só computamos e nos chocamos com os dados imediatos (de hospitalizações e mortes). Sendo que esse vírus gera complicações múltiplas, em todo o corpo humano: diabetes secundária, distúrbios psiquiátricos neurológicos, distúrbios de pele, cardíacos, insuficiência renal, etc. São sintomas de Covid crônica. Então, não podemos só pensar nos números diários de óbitos. Estamos relaxando as medidas e empurrando muitos problemas para o futuro – demandas do SUS, serviços graves, fisioterapia respiratória, doença renal, insuficiência cardíaca que vão gerar incapacitação e óbitos no futuro. Quem sobreviver pode não conseguir mais trabalhar.  

A Covid-19 volta a preocupar o Brasil com o aumento de casos, internações e mortes. Novas variantes, algumas inéditas no país, estão sendo encontradas em pacientes. BQ.1; CK2; 1.1; XBB1.1; BA4; BA5... Essas novas variantes escapam da cobertura vacinal e, mesmo brasileiros tendo tomado todas as doses disponíveis, acabam sendo infectados ainda que sem gravidade, se expondo às sequelas futuras. Mas, o risco de internação e morte é real para quem não se vacinou ou está com o esquema desatualizado.

O que a gente precisa fazer para se proteger? Está na hora de usar máscaras? Qual deve ser a urgência na liberação da segunda geração de vacinas (bivalentes: específicas para as subvariantes BA.4 e BA.5, com metade do RNA para o coronavírus original de Wuhan e a outra metade para essas duas subvariantes)?

·       A cada variante se observa um escape maior da imunidade prévia (natural ou vacinal);

·       Aumento maior de transmissão (que favorece o vírus);

·       As vacinas ainda dão conta de evitar hospitalização grave e morte, mas a infecção não, ela está ocorrendo (por enquanto);

·       Mesmo só a infecção, desenvolve Covid crônica e pode ter sequelas a se tratar;

·       Uso de máscara (locais fechados, aglomerados, transporte público), vacinação completa;

·       Falta informação no nível correto e na disseminação da informação correta a nível de governo, imprensa, de tudo;

·       Quanto mais um vírus se espalha mais ele se especializa e leva mais tempo para se livrar. É um equívoco achar que a Covid vai virar agora uma simples influenza, uma endemia; não vai sumir assim, ele está evoluindo;

·       Dor de garganta, perda de paladar, sintomas crônicos...

·       A melhor coisa é evitar ou prevenir a Covid;

·       Você infecta com a Covid, não tem sintomas graves, mas pode aumentar um problema cardiovascular mesmo depois de um ano da infecção (estamos falando de sequelas que aparecerão até um ano depois da infecção por Covid);

·       Infecções repetidas têm danos cumulativos (risco maior com sequelas);

·       Escolas que nunca retiraram a máscara, casos caíram em - 40% (40 casos a menos para cada 1000);

·       O vírus vai abrir caminho largo na parte da população mais vulnerável (é o caso das crianças aqui no Brasil: demora, boicote, mentiras, implementação errada);

·       O esquema recomendado para TODAS AS CRIANÇAS É DE 3 DOSES;

·       Está errado vacinar só as crianças com comorbidades. É todo mundo! Morrem 2 crianças por dia no Brasil menores de 5 anos por Covid (é criminoso! Não existe nem vacina suficiente);

·       Não é endemia. Essa semântica para minimizar a gravidade do que estamos vivendo é uma loucura!

·       A mortalidade deve ter chegado a uns 20 milhões de pessoas no mundo.

·       Com o novo governo Lula, nós precisamos ter uma estratégia de longo prazo de previsão e análise contínua. Na Coreia do Sul, foram distribuídas máscaras de qualidade para a população. É preciso quebrar a taxa de transmissão, além de garantir hospitais e vacinais.

·       O vírus está sendo mais rápido que a atualização da vacina, e não podemos perder essa guerra (há uma equação de velocidade de operacionalização do vírus e a velocidade com a qual respondemos a ele). Nossas instituições e nossos políticos estão perdendo para o vírus (no Brasil e nos EUA). Nos últimos meses, se chutou o balde, e ninguém quer mais saber de muita coisa. O vírus continua ganhando de goleada diante da forma como o tratamos. Isso não pode continuar.   

·       Não pode ficar fora do debate das estratégias de proteção da pandemia: instalar no Brasil o NOSSO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DE VACINAS (um investimento que já deveria ter sido feito desde o começo). Não podemos ficar dependendo dramaticamente do suplemento de vacinas de empresas privadas (existe excelência de desenvolvimento de vacinas no Brasil, em termos de pesquisadores e de infraestrutura: Butantan, Fundação Osvaldo Cruz...).

·        Nós temos que aumentar o nível de vacinação das crianças, nós temos que comprar novas vacinas, nós temos que reinstituir o uso de máscaras no Brasil, etc.

·       Nós tivemos aglomerações no período eleitoral, sem máscara, enquanto essa onda que está vindo está pegando o Sudeste e o Centro-Oeste. Manaus, Goiânia, MG com novas variantes...

Enfim, a população pode até não ter entrado no negacionismo, mas entrou num estado de negação ou exaustão da pandemia. Estão dando as costas ao problema ou se comportando alheia à chegada dessas novas variantes. Não pode!

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