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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

segunda-feira, 31 de outubro de 2022

O PT de volta ao Poder – desafios.

 Mais do que retomar a racionalidade no governo, é preciso também recompor as relações políticas, intersociais, familiares, todos os tecidos nos quais o bolsonarismo se infiltrou e nos quais provocou danos profundos, por ora difíceis de sanar.

·       É a 10ª eleição pós-redemocratização.

·       O PT foi vencedor de 05 disputas presidenciais desde 1989.

·       Elegeu 04 governadores e a 2ª maior bancada do Congresso.

·       O PT volta ao Poder após duas profundas crises nos últimos 6 anos: o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016; e a prisão de Lula, em abril de 2018, pela operação Lava-Jato, seis meses antes da derrota de Fernando Haddad para Bolsonaro. Solto em novembro do ano seguinte, o ex-presidente retornou de vez à cena política em março de 2021, quando o STF anulou suas condenações e sua pré-candidatura ao Planalto foi lançada pelo PT.

·       Será o terceiro mandato de Lula (que foi presidente entre 2003-2010).

·       Bolsonaro foi derrotado, bolsonarismo, não (foram 58,2 milhões de votos no JB ou 48,91%), apenas 2 milhões a menos que Lula (60,2 milhões ou 50,89%).

·       O petista assumirá um país bem diferente do que recebeu em 2002, com níveis de pobreza e de circulação de armas em alta, além da perspectiva de avanço da inflação em um cenário de desarranjo fiscal deixado por Bolsoanro.

·       A parcela de evangélicos na sociedade (30%) se mostrou com a mais resistente a Lula e à esquerda.

·       No Congresso, terá de lidar com uma ampla bancada de oposição encabeçada pelo PL, partido de Bolsonaro, que terá 99 deputados e 14 senadores.

·       1º discurso: unificar o país, o resultado reforçou divisões geográficas, combate à fome como prioridade, combate à desigualdade, a retomada de programa habitacional, o respeito à democracia, respeito ao STF, a retomada de conselhos e conferências setoriais, busca de governabilidade, política externa atenta à América Latina e África, reverter o isolamento internacional do Brasil no mundo, zerar o desmatamento (a alta do desmatamento nos 3 primeiros anos do atual governo chega a 73%), atenção à religião dos eleitores (evangélicos 30%)...

·       Lula vai governar num contexto novo para ele: enfrentará uma oposição aguerrida, organizada e sem problemas de consciência com a falta de escrúpulos (algo que o PSDB jamais conseguiu ser?);

·       Uma parte dos votos de lula não é da esperança que sua plataforma ou figura inspiraram, mas da aversão que parte do eleitorado tem a JB

·       Vai governar um país rachado, mais à direita.

·       Bozo continuará liderando quase metade do país em termos de votos. Seu partido, o PL, tem a maior bancada na Câmara. No Senado, elegeu 20 dos 27 senadores. Tem força nos canais tradicionais da política e também no arsenal de artilharia fincada nas redes sociais. Ali o bolsonarismo ainda é hegemônico. Tem ao seu lado as igrejas evangélicas. O capitão passa agora à posição de estilingue, podendo apontar os erros do adversário. Na vida real JB será o líder do exército de antipetistas.

·       Lula 3 enfrentará uma orgia fiscal que foi executada neste ano na desesperada tentativa de Bolsonaro reeleger-se. Logo, se quiser reduzir as taxas de juros e de inflação, será tentado a aplicar uma política fiscal rigorosa.

·       JB foi abatido, mas o que ele representa precisa ser derrotado – o bolsonarismo.

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