O natural pode ser maior, mas isso não justifica que o social seja inferiorizado.
A luta para que mulheres não sejam ainda mais inferiorizadas na vida social do que os homens, faz com que haja muita resistência no reconhecimento da força masculina. Independentemente de ter sido tocado pela revolução feminista, tanto a cultura quanto a natureza desempenham papeis importantes, mas é preciso reconhecer que em muitos aspectos a parte biológica se sobrepõe em muitos aspectos dos papeis sexuais. Porém, isso não significa que ela ditará o destino deles e delas.
Vejamos:
·
Há
um instinto de cuidado maior nas mulheres, mas isso não deve ser usado para
dizer que elas devem ficar em casa com os filhos.
·
Há
uma forte influência genética que torna a promiscuidade masculina maior do que
a feminina, mas isso não justifica que o homem possa ter mais liberdade sexual
do que a mulher ou que os maridos traiam suas esposas.
·
Os
homens se movem muito mais pelo sexo do que as mulheres. E essa diferença está
em parte na testosterona. Elas preferem, em geral, fazer sexo quando há uma
conexão. Os homens não têm tanta intimidade emocional antes do sexo.
·
Homens
estão mais predispostos a correr riscos do que as mulheres. Embora para os
machos, correr riscos pode encurtar suas vidas, mas tem vantagens reprodutivas.
Esse não é o caso das mulheres, que precisam de vidas longas e saudáveis para maximizar
a capacidade reprodutiva. Mais uma vez, isso não significa que deva haver
distinção de interesses profissionais, por exemplo, como somente eles terem
profissões que assumam alguns riscos maiores no trabalho. Entretanto, querer
que haja necessariamente um número igual de homens e mulheres em profissões
diferentes é errado, pois as preferência não são iguais. Mas, se deve aspirar à
igualdade de oportunidades e salários.
· Também há uma predisposição biológica para o homem ser mais agressivo do que a mulher, mas isso não justifica nenhuma agressão física praticada por eles sobre elas.
Reconhecer que há uma biologia ditando diferenças marcantes entre eles e elas não significa aceitar que o nosso destino social está selado por ela. Significa, sim, que existe uma realidade que temos que entender para trabalhar com ela, em vez de negá-la ou distorcê-la. Se somos capazes de reconhecer esses fatos, é mais fácil falarmos sobre a realidade, mudanças sociais, políticas e leis que apoiamos.
Devemos parar de rejeitar os fatos. O apetite sexual masculino é, no geral, dado pela natureza sendo maior que o feminino. Mas, não é porque algo existe na natureza que necessariamente seja bom. A doença, por exemplo, não é boa e é natural. Enfim, biologia não é destino.
Enfim, a natureza não deve ser usada
como justificativa para a sociedade que construímos. Diferenças entre os sexos
não justificam erros.

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