Tem muita coisa que a
gente está ouvindo, lendo e vendo por aí que não é produção puramente humana,
mas artificial. A inteligência tecnológica está cada vez mais presente na
música, na literatura e na arte, e nem nos damos conta. As infraestruturas
digitais contemporâneas são ousadas e muito presentes.
Dominação ou
parceria?
A nossa cultura
industrial parte do princípio de que a máquina vai sempre trabalhar para nós,
que ela será um escravinho doce. Ou, ao contrário, de que viveremos uma eugenia
maquínica. Mas não é nem um nem outro. Não devemos nem ser tecnofílicos, nem
tecnofóbicos. Nem amantes nem submissos, nem aversos e medrosos.
Cabe entender qual é a
relação entre criador e criatura, humano e máquina. Alguns acham ser de
parceria e de aprendizado, deixando para trás as discussões em torno de “autoria”
e “inspiração” únicas, e assinando as produções de forma colaborativa e
cooparticipativa. É um processo infinito, que amplia nosso olhar artístico e
nos faz repensar essa ideia do homem onipotente.
Enfim, a evolução da IA
na Arte não indica o fim da Humanidade, como temem muitos artistas, mas uma “mudança
na organização das ideias”. A invenção da caneta não transformou todo mundo em
um Machado de Assis. Talvez combinar algoritmos com criatividade humana nasça
coisas realmente inesperadas e novas, ou não, qual o problema? Para a Arte
nenhum, desde que elas não se voltem contra nós.
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