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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

segunda-feira, 26 de setembro de 2022

Do que não se falou na campanha?

 

1.     Transição climática;

2.     Digitalização dos meios de produção;

3.     Estado social;

4.     Água;

5. Campanhas de vacinação.

A questão econômica tem sido a mais aclamada pelo Mercado nessas campanhas eleitorais de 2022. Não por menos, fábricas sem trabalhadores, processos industriais reduzidos, robôs no telemarketing, autoatendimento nos supermercados e lojas, sensores substituindo vigilância humana etc. Para não lembrar os exércitos quase sem soldados ameaçando a Rússia. A robotização e o encurtamento das etapas de produção chegaram para tirar o sono de trabalhadores e governos. A digitalização se apresenta como uma opção tentadora para a fome de produtividade do mercado. Diante dela, qualquer meta de produtividade do trabalhador brasileiro será considerada preguiçosa, ociosa e baixíssima. É um dos maiores problemas sociais a ser enfrentados pelo país.

Mas, e a questão sanitária que diz respeito à saúde e a vida de todos nós? As campanhas eleitorais abafaram essa questão gravíssima e importantíssima: o aumento de casos de sarampo e outras viroses, sobretudo o perigo da Covid-19 que ainda não cessou definitivamente. Só estamos num relativo controle pandêmico do cornavírus e é urgentemente necessário reorganizar as campanhas de vacinação, resgatando a confiança das famílias nas vacinas que foi prejudicada no governo Bolsonaro.

O país precisa de remédios mais baratos e vacinas. E não podemos esperar isso de um novo governo bozolóide, que na pasta da Saúde para 2023 já anunciou cortes no Farmácia Popular (de 60%) e uma redução no Orçamento de 5,5% para aquisição de vacinas – são R$ 8,6 bilhões reservados para esse fim.

Enfim, só estamos num relativo controle pandêmico da Covid-19. Essa queda da preocupação com a Covid-19 reflete uma tentativa de retomada da normalidade, embora isso não signifique que a realidade de fato tenha se tornado menos desafiante e perigosa.

“Mais do que fornecer gratuitamente pelo SUS ou vender medicamentos com redução de até 85% do preço de mercado, o programa se fundamenta na prevença de agravamento de doenças crônicas que dependem do uso permanente de fármacos, como o diabetes, a hipertensão arterial e a asma brônquica. Pode-se dizer que qualquer redução nesse investimento pela vida não é nem inteligente, na medida em que forçosamente vai resultar em aumento de demanda de consultas médicas e uso de emergências, nem justo, numa população que empobreceu em taxas que hoj atingem creca de 20 milhões de brasileiros” (Margareth Dalcolmo). 


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