Quem sou eu

Minha foto
São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
Obrigado pela visita!
Deixe seus comentários, e volte sempre!

"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

sexta-feira, 19 de agosto de 2022

Qual a melhor maneira de informar o eleitor?

 

Toda campanha eleitoral é marcada por propaganda e pesquisas de intenção de voto. Embora escassas, encontramos também algumas sabatinas e entrevistas, com poucos debates sérios entre os candidatos. O problema está em quem media, pois as regras não costumam ser claras nem colocadas com equilíbrio por quem conduz. Então a mídia e as manchetes viram o árbitro, e já vimos o quanto juízes têm sido parciais.

Mas, tudo isso é secundário! Nem nos tais princípios do dito “jornalismo profissional” devemos confiar. Tal como as promessas de candidato ruim, o produto da grande mídia também deve ser analisado como parte das campanhas, nunca material neutro sobre elas. Veja que o leitor/espectador também se transforma em um eleitor diante das informações. Ele também precisa saber escolher qual a melhor fonte para se informar. E aí se descobre que, no final das contas, as mídias também concorrem ao cargo-chefe de vender as melhores notícias sobre os fatos. E diante das promessas, não colocam o leitor como eleitor protagonista da informação, mas um consumidor passivo dos formatos que dão aos eventos eleitorais.

Dadas as dimensões do Brasil, feliz do eleitor que consegue acompanhar presencialmente esses eventos eleitorais. Viver só de fórmulas, edições e ideologias editadas por jornalistas credenciados é muito limitante. Afinal, não queremos saber apenas “como” as campanhas acontecem, mas refletir criticamente “o quê” acontece nos bastidores da informação. Mas esse tipo de debate eles não farão, porque os estúdios aos diretores pertencem. São eles o melhor instrumento para formar a opinião pública?

A melhor maneira de informar um leitor/espectador/eleitor é fazendo cada um avaliar as condições materiais de existência, pessoal e coletiva. A democracia representativa deveria perpassar pelo crivo da democracia participativa, pois nada nem ninguém substitui a cidadania. Os municípios deveriam ter fóruns perenes de debates públicos e coletivos, mas nem isso observamos no período das eleições municipais. 

Enfim, não é a notícia que faz os fatos, os fatos que fazem a notícia. Logo, a experiência precede a informação. É dela que o eleitor deve partir na hora de escolher o destino da coletividade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário