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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

sexta-feira, 19 de agosto de 2022

O impacto da maternidade.

 

Pesquisa estima em -38% a queda de renda das brasileiras nos anos seguintes à chegada de um filho. Essas dificuldades das mães no mercado de trabalho empobrecem o país. É mais um aspecto dos obstáculos enfrentados por mulheres no mercado de trabalho. Essa distorção é global, mas dado o nível de desenvolvimento do Brasil, aqui ela é ainda mais forte (13 p.p mais negativa). As razões são muitas. Existe o fator da escolha, do peso cultural machista e da falta de políticas públicas.

Quando a dedicação maior aos filhos por parte da mãe é opção do casal, menos mal. Mas raramente é o que acontece. Socialmente, as mulheres são impelidas a interromper ou modificar drasticamente seus planos de carreira com a chegada das crianças. Como se não bastasse, para famílias de baixa renda ainda há o drama adicional de faltar creches. Isso explica porque mulheres ocupam uma proporção menor do que homens em cargos de média gerência, são raridade no comando de grandes empresas e quase inexistentes em conselhos de administração. Seria também esse o motivo de pouco encabeçarem as chapas de campanha ou de ainda estarem aquém da participação nos cargos de liderança política?

A maternidade é um ponto de inflexão na carreira de muitas executivas. As que não têm apoio do parceiro nem querem ou não podem terceirizar o cuidado com os filhos se veem forçadas a tirar o pé do acelerador. Isso significa que é um destino natural selado? Não! É possível atacar o problema. Empresas deveriam criar condições para que as profissionais possam passar mais tempo com filhos pequenos sem perder cargo, salário ou promoções. O trabalho remoto popularizado pela pandemia mostra que jornadas flexíveis costumam ser mais produtivas. É preciso também reeducar os homens, para que dividam as tarefas, de modo a permitir às mulheres a permanência no mercado de trabalho. É uma questão de justiça e equidade, mas também de não perder a valiosa contribuição de profissionais competentes no crescimento econômico do país.

Enfim, existe, claro, preconceito, mas ele não explica tudo.

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