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Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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quinta-feira, 4 de agosto de 2022

Por que a rejeição feminina a Bolsonaro?

 Piadas machistas, declarações ofensivas, pouco respeito e discursos misóginos? Não só isso, há algo mais! A rejeição é fruto menos de suas ofensas e mais de seu desgoverno. O governo Bolsonaro prejudicou demais a vida de mulheres responsáveis pelo bem-estar familiar num ambiente de privação. Fala mais alto o papel central que as mulheres têm no gerenciamento doméstico e na relevância que o eleitorado feminino dá a políticas públicas. E essa condição social da mulher foi desmantelada pelo seu desgoverno às mulheres anônimas.

Logo, mais que uma questão ideológica ou mera antipatia, a rejeição feminina expressa a disfuncionalidade de seu governo e seu fracasso como presidente. Enfim, declarações ofensivas à parte, acima do desrespeito está a privação.

Pontos importantes:

·       A divisão de tarefas entre a maioria dos casais não é equilibrada. Acaba sobrando para elas pagar contas, fazer compras, administrar um lar. Logo, é sobre as mulheres, sobretudo as mães, que acaba recaindo a responsabilidade de lidar com o orçamento doméstico (a mulher popular, pobre, solo, chefe da família). E ele tem sido apertado devido a alta dos preços, de administrar a escassez quando o desemprego afeta a família e de recorrer a serviços públicos de qualidade duvidosa para cuidar da saúde e da educação dos filhos.

·       Estamos falando de um público bem específico de mulheres, as anônimas, que têm escassa ajuda para enfrentar o desafio de cuidar da família num cenário de carestia e de serviços públicos precários.

·       Para piorar, Bolsonaro estragou o Bolsa Família, pois destruiu o seu espírito, que era o foco justamente em quem mais precisava do dinheiro – as mães que são chefes de família e que têm mais filhos pequenos. O programa bolsonarista Auxílio Brasil não prioriza mulheres pobres que chefiam famílias (paga o mesmo valor a todos, inclusive homens que vivem sozinhos), privilegiando outras categorias como caminhoneiros e taxistas (em que a presença feminina é absolutamente minoria). 

·       As mulheres querem um presidente, não um casamento. A mulher popular consciente rejeita Bolsonaro porque ele governa apenas para a mulher branca, cristã e bem-sucedida. 

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