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Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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quinta-feira, 4 de agosto de 2022

A crônica de um desastre anunciado.

 Estados e Municípios são filhos da Federação. Se eles forem prejudicados e caírem em dívidas, quem paga a conta é o Pai. Logo, o desastre fiscal dos entes federativos é, em última instância, a ruína do País.

Perda de receitas imposta à força pelo presidente JB através de leis que impuseram um teto (17%) para o ICMS de combustíveis e mudaram a base de cálculo do tributo, acarretando um profundo desequilíbrio na conta dos entes da Federação. Muitos Estados que iriam encerrar o ano com as contas no azul já projetam um déficit, e investimentos em saúde e educação, que fazem diferença na vida da população mais carente, terão de ser reduzidos.

Fosse um presidente responsável e dotado de articulação política: 1) aprovaria uma ampla reforma para simplificar e unificar impostos; 2) eliminaria regimes especiais; 3) garantiria uma tributação progressiva; 4) impulsionaria o crescimento econômico.

Negociações são difíceis, mas é mais fácil chegar a um acordo quando as partes envolvidas estão com o caixa cheio. Mas, Bolsonaro o esvaziou. E o fez em nome da chantagem pública para continuar empurrando 1) o veto a reajuste de servidores; 2) a aprovação de reformas; 3) e a privatização de estatais.

Quais são as alternativas para Estados e Municípios arrecadarem receitas? Poucas! Eles nem têm autorização para emitir dívidas. Então resta: 1) a cobrança de impostos (com vinham fazendo por meio do ICMS sobre bens essenciais); 2) empréstimos em instituições financeiras públicas e multilaterais. Essas poucas operações precisam do aval do Tesouro Nacional, e, em caso de calote, quem herda a conta é a União.

É, portanto, um despropósito que Bolsonaro tenha atuado para corroer as finanças de Estados e Municípios quando sabe (ou deveria saber) que o custo dessa política recairá sobre o próprio Governo Federal.

Enfim, embora sejam parte da Federação, Bolsonaro trata Estados e Municípios como inimigos. Não deveria ser assim, mas ele é um ditador. Estados e Municípios são filhos da Federação. Se eles forem prejudicados e caírem em dívidas, quem paga a conta é o Pai. Logo, o desastre fiscal dos entes federativos é, em última instância, a ruína do País.

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