O mercado conseguiu infernizar o sistema político das democracias nas últimas décadas, retardando seus avanços. Frustrações e polarização favorecem distorções na percepção de mundo dos indivíduos, e o projeto mercadológico que está sendo vendido é esse.
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Choques econômicos, como a crise
de 2008;
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A pandemia;
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O foco do debate público sobre
redistribuição das riquezas e Estado de Direitos cede espaço para conflitos
multidimensionais que abrangem direitos humanos, etnia, gênero, liberdades
individuais... O próprio transtorno cria outras questões dilemáticas como
violência policial, assédio, xenfobia, homofobia...
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Mais pessoas deixam de pensar de
forma crítica e coletiva sobre questões relevantes – um vazio intelectual;
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Fazendo acreditar que a mídia
melhor retrata e interpreta a realidade, como se sonhar fosse melhor do que
viver;
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Intensificação de mudanças
estruturas causadas por avanços tecnológicos e pela globalização;
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Uberização;
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Mudança nas cadeias produtivas
globais;
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Aumento da monopolização;
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Respostas insatisfatórias de
governos bagunçados às crises;
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Eleitores sem identidade, com
percepção alterada a respeito de si e do seu coletivo;
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Indivíduos frustrados + tempos de
escassez = Sociedades mais polarizadas, com discursos do “nós contra eles”;
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Ascensão do nacionalismo, perda de
credibilidade de partidos, aumento da descrença no sistema político e na
democracia;
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Estereotipação do povo e ridicularização
do popular, caricaturando-o numa suposta bandeira perniciosa de populismo;
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Incentivo do medo, da discórdia e
do seu sentimento mais elevado, o ódio;
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Incentivo de políticas públicas de
baixa qualidade;
· Fomento da descrença na democracia...
Enfim, precisamos resgatar nossa energia vital. Investir nossas forças no
coletivo em detrimento do privado, primando pela construção de projetos
coletivos e pela participação.
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