Religiosos na Política...
O uso político de igrejas:
A fé disputa espaço com a política ou a política disputa espaço através da fé.
“Projetja o nosso
presidente Jair Bolsonaro e toda a sua família, Senhor. Deus e as famílias têm
seido alvo de ataques. O inimigo, com sutileza, tem atacado as famílias e está
querendo desconstruir aquilo que acreditamos com ideias progressistas” (pastor Danilo Albrile, fazendo a abertura do Culto de
Santa Ceia, na Assembleia de deus Vitória em Cristo, na Penha, Zona Norte do
RJ).
“Pastores estão sendo perseguidos no mundo inteiro pelo
comunismo e pela esquerda por defenderem a família e serem contra o aborto” (Silas Malafaia).
· Ao final da cerimônia, panfletagem dentro da igreja (o que é propaganda irregular):
com os números de Bolsonaro; do Governador Cláudio Castro, do senador Romário,
do deputado federal Sóstenes Cavalcante e do deputado estadual Samuel Malafia,
todos do PL (Nota: a Lei Eleitoral veda o pedido de votos dentro dos templos).
· De cada 10 eleitores de Bolsonaro 04 são evangélicos
(Ipec). Ele pode até apostar no segmento, o que a campanha não pode é praticar
crime. Quando a mulher do presidente, Michelle, diz que o Planalto estava
consagrado aos demônios, está cometendo calúnia e difamação. O bolsonarismo tem
promovido a intolerância religiosa e a manipulação dos símbolos da doutrina
cristã. Isso não é marketing, beira o terrorismo religioso.
·
Quem
ver guerra em todos os lugares, como o Bolsonaro, possivelmente porque a vive
dentro de si próprio. Além do mais, não tem nada de santa: apenas uma tática
para assustar as pessoas.
Ao todo, 902 candidatos nessas eleições se apresentam com alguma ocupação religiosa (pastor, bispo, padre ou membro de alguma ordem ou seita religiosa). E é no Centrão (Republicanos, PP, PTB e PL) que concentra a maioria dessas candidaturas. Há tempos Bozo vem observando isso e usando a massa religiosa como principal estratégia política. Ele já havia premeditado que essa não seria só uma eleição, mas “uma guerra do Bem contra o Mal”. Isso significa que a campanha suja e criminosa de Bozo terá a Fake News associada à pregação religiosa, uma típica “Mentira de Satã”. Michelles, Damares, Felicianos, Duartes estão à solta...
Isso não é um bom sinal. É possível que tenhamos um Congresso bastante conservador, seja pelo aumento dessa bancada religiosa ou porque esses candidatos podem puxar outros nomes dessas siglas. O que fará essa bancada religiosa no poder político do país? Será que vai interditar estabelecimentos caça-níqueis, que enriquecem os empresários da fém com “doações” obtidas mediante fraude? Será que vai evitar a venda de caneta azul ungida (para passar em concurso)? Ou será que vai vender feijão que cura Covid-19? Se essa futura bancada não tiver ação legítima contra o estelionato, para dar cabo dos vendilhões do templo, só Jesus na causa!
Enfim, no inferno dessa guerra simbólica, precisamos mostrar que
o maior dos pecados é votar em Bolsonaro.
NOTA: A liderança de Bolsonaro entre evangélicos é compensada, por outro lado, pela vantagem de Lula entre os católicos. Neste grupo, o petista tem 52% a 27% no primeiro turno. Os católicos são a maior fatia do eleitorado do ponto de vista religioso: cerca de 50% dos brasileiros, enquanto os evangélicos respondem por aproximadamente 25% da população.
Templos evangélicos: cultos e campanhas com mensagens e propagandas de cBozo. Igrejas evangélicas ativam campanha. No eleitorado evangélico, Bozo bate de 47% a 29% em Lula. Porém, no geral, a população brasileira é mais católica e também mais pró-PT, o que leva Lula a revidar de 44% a 32% contra Bozo. De qualquer forma, templo é o limite: obstáculos à esquerda. Enfim, é preciso que a Igreja reaja. Cadê o Papa Francisco?
· "Não quero parecer oportunista. Os líderes de igrejas sabem que não têm motivos para se preocupar comigo" - disse Lula (foi Lula quem sancionou a Lei da Liberdade Religiosa e a lei que criou o dia da Marcha para Jesus). A principal estratégia é apostar num discurso focado na economia para ganhar apoio dos evangélicos.
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