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Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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sexta-feira, 19 de agosto de 2022

Eleição ou “Guerra Santa”?

Religiosos na Política...

O uso político de igrejas: 

A fé disputa espaço com a política ou a política disputa espaço através da fé. 

“Projetja o nosso presidente Jair Bolsonaro e toda a sua família, Senhor. Deus e as famílias têm seido alvo de ataques. O inimigo, com sutileza, tem atacado as famílias e está querendo desconstruir aquilo que acreditamos com ideias progressistas” (pastor Danilo Albrile, fazendo a abertura do Culto de Santa Ceia, na Assembleia de deus Vitória em Cristo, na Penha, Zona Norte do RJ). 

“Pastores estão sendo perseguidos no mundo inteiro pelo comunismo e pela esquerda por defenderem a família e serem contra o aborto” (Silas Malafaia). 

·       Ao final da cerimônia, panfletagem dentro da igreja (o que é propaganda irregular): com os números de Bolsonaro; do Governador Cláudio Castro, do senador Romário, do deputado federal Sóstenes Cavalcante e do deputado estadual Samuel Malafia, todos do PL (Nota: a Lei Eleitoral veda o pedido de votos dentro dos templos). 

·       De cada 10 eleitores de Bolsonaro 04 são evangélicos (Ipec). Ele pode até apostar no segmento, o que a campanha não pode é praticar crime. Quando a mulher do presidente, Michelle, diz que o Planalto estava consagrado aos demônios, está cometendo calúnia e difamação. O bolsonarismo tem promovido a intolerância religiosa e a manipulação dos símbolos da doutrina cristã. Isso não é marketing, beira o terrorismo religioso. 

·       Quem ver guerra em todos os lugares, como o Bolsonaro, possivelmente porque a vive dentro de si próprio. Além do mais, não tem nada de santa: apenas uma tática para assustar as pessoas. 

Ao todo, 902 candidatos nessas eleições se apresentam com alguma ocupação religiosa (pastor, bispo, padre ou membro de alguma ordem ou seita religiosa). E é no Centrão (Republicanos, PP, PTB e PL) que concentra a maioria dessas candidaturas. Há tempos Bozo vem observando isso e usando a massa religiosa como principal estratégia política. Ele já havia premeditado que essa não seria só uma eleição, mas “uma guerra do Bem contra o Mal”. Isso significa que a campanha suja e criminosa de Bozo terá a Fake News associada à pregação religiosa, uma típica “Mentira de Satã”. Michelles, Damares, Felicianos, Duartes estão à solta... 

Isso não é um bom sinal. É possível que tenhamos um Congresso bastante conservador, seja pelo aumento dessa bancada religiosa ou porque esses candidatos podem puxar outros nomes dessas siglas. O que fará essa bancada religiosa no poder político do país? Será que vai interditar estabelecimentos caça-níqueis, que enriquecem os empresários da fém com “doações” obtidas mediante fraude? Será que vai evitar a venda de caneta azul ungida (para passar em concurso)? Ou será que vai vender feijão que cura Covid-19? Se essa futura bancada não tiver ação legítima contra o estelionato, para dar cabo dos vendilhões do templo, só Jesus na causa!

Enfim, no inferno dessa guerra simbólica, precisamos mostrar que o maior dos pecados é votar em Bolsonaro.

NOTA: A liderança de Bolsonaro entre evangélicos é compensada, por outro lado, pela vantagem de Lula entre os católicos. Neste grupo, o petista tem 52% a 27% no primeiro turno. Os católicos são a maior fatia do eleitorado do ponto de vista religioso: cerca de 50% dos brasileiros, enquanto os evangélicos respondem por aproximadamente 25% da população. 

Templos evangélicos: cultos e campanhas com mensagens e propagandas de cBozo. Igrejas evangélicas ativam campanha. No eleitorado evangélico, Bozo bate de 47% a 29% em Lula. Porém, no geral, a população brasileira é mais católica e também mais pró-PT, o que leva Lula a revidar de 44% a 32% contra Bozo. De qualquer forma, templo é o limite: obstáculos à esquerda. Enfim, é preciso que a Igreja reaja. Cadê o Papa Francisco?

·      "Não quero parecer oportunista. Os líderes de igrejas sabem que não têm motivos para se preocupar comigo" - disse Lula (foi Lula quem sancionou a Lei da Liberdade Religiosa e a lei que criou o dia da Marcha para Jesus). A principal estratégia é apostar num discurso focado na economia para ganhar apoio dos evangélicos. 

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