A maioria dos partidos da mesma coligação mantém uma identidade ideológica em comum. No entanto, o principal motivo para os acordos não são ideologias, mas fortalecer o financiamento e a propaganda das candidaturas. O que norteia fortemente esses acordos não é a ideologia, mas um interesse sobretudo de dispor de um tempo de TV maior e o acesso a recursos. Isso é fundamental para os partidos que queiram se apresentar.
1º Lugar: PT (Lula e Alckmin)
·
Partidos que apoiam o ex-presidente
darão capilaridade nos Estados e maior tempo de TV para o petista. Conseguiu formar o maior
bloco partidário na disputa presidencial.
- PSB,
Solidariedade, PSOL, Rede, Avante, PCdoB e PV (e em mira o PROS).
- Juntas, as
legendas elegeram 130 deputados federais, 12 senadores
e oito governadores em 2018.
- A bancada na
Câmara é o principal critério para a divisão do tempo de propaganda eleitoral
no rádio e na televisão, o que significa que Lula terá mais exposição midiática
que seus concorrentes.
- o impacto
eleitoral do aumento do Auxílio Brasil para R$ 600,00 e outros benefícios
sociais articulados pelo governo e que começam a ser pagos em agosto.
- o ex-ministro
Aloizio Mercadante, que coordena o plano de governo de Lula.
- O
ex-presidente também conta com o palanque de candidatos do MDB, do PSD e do
PDT, principalmente no Nordeste.
- Pesquisa do
Datafolha divulgada na semana passada mostrou Lula com
47% das intenções de voto e Bolsonaro com 29%. Ciro Gomes (PDT) apareceu com
8%, Simone Tebet (MDB) com 2% e Vera Lúcia (PSTU) com 1%. Os demais não
pontuaram.
- Lula não conseguiu o apoio formal de nenhum partido de centro ou centro-direita, apesar das conversas com MDB e PSD. Ciro Gomes permaneceu isolado no PDT.
2º Lugar: PL (Bolsonaro e Braga Netto)
·
Bolsonaro conta com seu próprio
partido, o PL, e mais dois:
- a segunda
maior aliança com o PL, +2 partidos.
- a cúpula petista
evita subestimar a capacidade eleitoral de Bolsonaro de diminuir a vantagem e
levar a disputa para o segundo turno.
- o
Progressistas e Republicanos também vão apoiar a tentativa de reeleição de
Bolsonaro. Em 2018, os partidos elegeram 101 deputados
federais, sete senadores e um governador.
- Antes
considerado como apoio garantido a Bolsonaro, o PTB decidiu de última hora
lançar o ex-presidente do partido Roberto Jefferson na eleição presidencial.
Jefferson está em prisão domiciliar por ter ameaçado ministros do Supremo
Tribunal Federal. “Sua
candidatura “não se opõe” à reeleição do presidente Bolsonaro e que ela combate
a abstenção, “preenchendo alguns nichos de opções ao eleitorado direitista”.
- Além de ter
perdido o PTB, Bolsonaro sofre com dissidências em seus palanques. O
Progressistas está na mesma coligação que o PT no Mato Grosso, Maranhão,
Espírito Santo, Pará e Pernambuco. O Republicanos também não está inteiro com
Bolsonaro e em Pernambuco apoia Lula.
3º Lugar: MDB (Simone Tebet e Mara Gabrilli)
·
A candidatura de Simone Tebet tem apoio
de três partidos e pode chegar a quatro.
- Além do MDB da
própria senadora, do PSDB e do Cidadania, nesta sexta-feira, o Podemos anunciou
que aderiu à chapa de Tebet.
- Os quatro partidos elegeram 82 deputados federais, seis
governadores e 11 senadores há quatro anos.
- O próprio MDB
de Tebet possui uma ala no Nordeste que apoia Lula e outra, mais concentrada no
Sul, que está com Bolsonaro.
- Em diversas
ocasiões, a senadora do MDB declarou que o grupo que não apoia sua candidatura
tem “cheiro de naftalina”.
- O PSDB, que
indicou a senadora Mara Gabrilli para ser vice da emedebista, também tem alas
que já estão com Bolsonaro ou Lula.
4º Lugar: UNIÃO BRASIL (Soraya Thronickee e general Santos Cruz)
·
Já a senadora Soraya conta apenas com o
União Brasil (partido de ACM Neto).
- Mas, mesmo sem
fechar aliança com outro partido, sua sigla, resultado da fusão entre PSL e
DEM, elegeu 81 deputados federais, cinco governadores e
oito senadores em 2018.
- A situação se
repete no União Brasil, cujo presidente, Luciano Bivar, abriu um canal de
diálogo com o PT.
- O partido
também já declarou apoio a Bolsonaro no Distrito Federal, Amazonas, Acre, Mato
Grosso e Rio.
- Soraya
minimiza os acordos regionais e diz que não vê problema em dividir palanque. “Tranquilo,
palanque para todos”.
- E a terceira
via não conseguiu se viabilizar em sua inteireza, uma vez que o União Brasil
desembarcou das negociações com MDB, PSDB e Cidadania e terá uma candidatura
própria
5º Lugar: PDT (Ciro e vice-prefeita de Salvador Ana Paula Matos)
É o típico caso dos partidos que lançam mulher como quebra-galho.
· Já Ciro, que está em terceiro lugar nas pesquisas, só tem o PDT. O partido elegeu 28 deputados federais, dois senadores e um governador em 2018, colocando o cearense em quinto lugar no ranking das alianças partidárias.
·
Mais uma vez o PDT vai para a disputa presidencial com uma chapa pura, formada apenas por pessoas do partido. Além de vice na chapa, Ana Paula vai ajudar na coordenação do Plano de Governo de Ciro.
·
A
candidatura do PDT só fica na frente, em termos de tamanho, do PTB de Roberto
Jefferson, que elegeu 10 deputados federais em 2018, do Novo de Luiz Felipe
d’Avila, que elegeu 8 deputados, da Democracia Cristã, de Eymael, que elegeu um
deputado, além do PSTU de Vera Lúcia, do PCB de Sofia Manzano e do Unidade
Popular de Leonardo Péricles, que não elegeram congressistas.
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