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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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sábado, 6 de agosto de 2022

A disputa pelo Sentido.

É possível reunir adversários históricos?

Fiesp, Febraban, CUT, UGT, CGT, Iasp, UNE e outras entidades se juntaram no mesmo manifesto com assinaturas. O manifesto é o “Em defesa da democracia e da Justiça”, que defende as eleições e o Judiciário. Inimigos históricos, que sempre tiveram e continuam a ter posições ideológicas opostas, assinaram juntos o novo manifesto.

O que essa miríade de entidades juntas significa?

Significa que, quando há algo valioso em comum a defender, o país supera divergências e consegue dialogar. Mesmo num ambiente político marcado pela polarização, a defesa da democracia é um consenso civilizatório inegociável. A democracia une profundamente o país?

É verdade que há muitas diferenças e embates no dia a dia da política. No entanto, mesmo com todas as discordâncias, o diálogo é possível. Na hora de defender a democracia, as entidades foram capazes de agregar esforços, sem titubear, em prol de um mesmo ideal. 

A campanha de Jair Bolsonaro é golpista. Como ele ataca o regime democrático? A) colocando em dúvidas, sem nenhuma prova, a lisura do processo eleitoral; B) ameaçando e confrontando o Poder Judiciário.

Despertou, então, uma impressionante reação, plural e apartidária, em defesa do regime democrático. O mundo empresarial, junto com o setor financeiro e ao lado das centrais sindicais, além de instituições profissionais e inúmeras organizações do terceiro setor, como os movimentos negro, feminista e estudantil. Perfeito? Não! 

Entretanto, uma ressalva: diz que o manifesto tem um caráter apartidário. Mas, se o capital fosse um partido, isso não seria verdade. Fiesp e Febraban têm campo de interesse próprios: assinaram o documento em defesa da democracia porque “já que não existe liberalismo, economia de mercado ou propriedade privada, valores tão caros à entidade e ao setor industrial, sem que exista segurança jurídica, cujo pilar essencial é a democracia e o Estado de Direito”, então vamos assinar e almoçar supostamente juntos.

Enfim, no fundo, continuamos bem separados e delimitados. Seria esse o sentido maior do 7 de setembro neste ano – o sentido do capital?

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