É da natureza do nosso cérebro se habituar!
Caminhos que fazemos todos os dias ficam automáticos. Isso acontece também até com a dura trajetória de uma pandemia. Com a escalada diária do número de casos e mortes, já temos mais de 325 mil vítimas, e ainda não aprendemos?!
A neurociência explica que, a realidade é sempre uma interpretação do nosso cérebro. Então, como a gente percebe e interage com o ambiente? Através dos sentidos. Acontece que nossos sentidos são falhos e nos enganam. Assim, essa tragédia que vivemos nem sempre recebe a real dimensão pelo nosso cérebro, que tem a dificuldade de entender números grandes. Essa quantidade de centena de milhar é muito fora das nossas proporções da vida cotidiana. Podemos concluir que os números entorpecem o nosso cérebro!
Como isso acontece?
É no córtex pré-frontal que fica a área da empatia. Diante de acontecimentos com 1 só pessoa, ela é bem mais ativada do que quando assistimos a eventos que envolvem um grupo grande.
É por isso que é importante criar
representações que tentam dá dimensão aos estragos da Pandemia. Imagens não
faltam. Afinal, o
cérebro só guarda em seus arquivos aquilo que a gente vê ou sente concretamente. Sendo assim, esse universo de centenas de milhares
de vítimas (325 mil) escapa da compreensão da mente humana, porque nenhum de
nós nunca viu nem verá de fato esse número de pessoas que se foi com a
Pandemia.
Mas, se uma sequência de recordes trágicos de estatística pode não dá a devida proporção da realidade, a doença de uma única pessoa próxima tende a nos fazer despertar. É por isso que quando corremos o risco de perder alguém da família ou mais próximo que amamos, a ficha cai. Infelizmente, para muitos, a realidade tem se revelado na porta do hospital.
Enfim, a neurociência já provou que o cérebro pode enganar, até ser tarde demais! Mas, agora que sabemos, podemos escolher outro destino. Confie na ciência, fique em casa, respeite o Lockdown e quando as mortes começarem a diminuir, a gente discute quem é que tinha razão e quem não tinha.
Não dá para a gente apostar vidas de
pessoas, colocando-as em risco dessa forma. Os recursos estão se esgotando e o
tempo é agora. Não tem como titubear!
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