“Ninguém precisa desistir do sonho, basta esperar um pouco ou
adaptá-lo para a atual realidade.”
Os adolescentes e jovens não são as
vítimas prioritárias do coronavírus, do ponto de vista epidemiológico e de
internações, mas são os mais afetados psicologicamente pelo isolamento causado
pelo surto da Covid-19.
Estamos falando de um grupo que não foi
feito para ser trancafiado. A evasão da inquietude brotam de válvulas de escape
com um toque de dedo no smartphone, nas conversas por WhatsApp, nas reuniões
por Zoom, nas reclamações diante de intermináveis aulas on-line, apesar do
heroico esforço dos professores e diretores de escolas.
Algumas
constatações até agora:
·
o
exílio forçado e prolongado tem impedido que 03 em cada 10 deles sintam ânimo
para praticar atividades simples e naturalmente apreciadas em tempos normais —
seja jogar videogame, seja conversar com os amigos.
·
A
pandemia fere uma postura seminal da juventude, a possibilidade de experimentar
a vida longe dos olhos dos pais — ou pelo menos um pouco distante.
·
A
circulação por ambientes novos nessa época da vida traz referências nas quais
meninos e meninas se apoiam para construir a própria individualidade na vida
adulta. É o tempo da grande descoberta de que o mundo é muito mais diverso que
a própria família. Mas...
·
Há
uma questão comportamental muito forte ligada a essa época da vida, que é
sentir-se imortal. Por isso é tão mais difícil fazer o jovem compreender a
necessidade do isolamento social. Tentamos explicar das mais diversas formas o quanto
é arriscado se expor a esse tipo de evento, mas eles acham que nunca acontecerá
algo de ruim com eles.
·
É
uma geração contida na marra, que nem sempre dá certo. A mídia tem denunciado nos
últimos dias festas clandestinas frequentadas por uma garotada sem máscara em
ambientes com pouca ventilação e que representam um ato extremado (e
perigosíssimo).
·
análise
da Fiocruz constatou aumento de casos graves entre homens e mulheres com idades
de 20 a 29 anos na ordem de 256% ao longo das dez primeiras semanas de 2021 —
e, como consequência, mais hospitalizações.
·
Uma
análise epidemiológica na Fraça revelou que a faixa etária entre 10 e 19 anos
teve cinco vezes mais casos da doença em março do que em janeiro deste ano.
Atribui-se a escalada à manutenção do funcionamento das escolas e a algum
relaxamento natural, depois de tantos meses, depois de tanto cansaço.
·
o
consórcio formado pelas farmacêuticas Pfizer e BioNtech apresentou
extraordinários resultados com testes de vacina entre crianças de 12 a 15 anos –
não se verificou um único caso de contágio. Há uma organização nos EUA para
ampliar a reabertura das escolas de ensino fundamental e médio assim que as
agulhadas chegarem à turma que mal começou a vida, e, portanto, poderia
retomá-la.
·
Enfim,
o isolamento tem sido duro, mas pode ser uma valiosa lição de vida para essa
turma: convém não perder o bom humor, desenvolver a capacidade de adaptação, se
jogar e aventurar no mercado de trabalho home office, buscar ser mais
independente e aprender a controlar a própria produtividade, fazer outros cursos
através de aulas on-line, desenvolver a resiliência, aproveitar de forma mais
positiva e calorosa a convivência junto aos pais e não se sentir azarado,
afinal, é bom relembrar que esta não é a primeira nem será a última vez que a
humanidade foi posta em situações-limite. Enfim, pensando nisso, precisamos
aprender que a vida nunca será absolutamente previsível e cabe a nós a
adaptação para atravessar as tempestades.
Quem sou eu
- NeoPensador
- São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
- Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
Obrigado pela visita!
Deixe seus comentários, e volte sempre!"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).
Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)
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domingo, 4 de abril de 2021
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