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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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domingo, 4 de abril de 2021

Jovens: geração na berlinda.

“Ninguém precisa desistir do sonho, basta esperar um pouco ou adaptá-lo para a atual realidade.”
 
Os adolescentes e jovens não são as vítimas prioritárias do coronavírus, do ponto de vista epidemiológico e de internações, mas são os mais afetados psicologicamente pelo isolamento causado pelo surto da Covid-19.
 
Estamos falando de um grupo que não foi feito para ser trancafiado. A evasão da inquietude brotam de válvulas de escape com um toque de dedo no smartphone, nas conversas por Whats­App, nas reuniões por Zoom, nas reclamações diante de intermináveis aulas on-line, apesar do heroico esforço dos professores e diretores de escolas. 
 
Algumas constatações até agora:
 
·         o exílio forçado e prolongado tem impedido que 03 em cada 10 deles sintam ânimo para praticar atividades simples e naturalmente apreciadas em tempos normais — seja jogar videogame, seja conversar com os amigos.
·         A pandemia fere uma postura seminal da juventude, a possibilidade de experimentar a vida longe dos olhos dos pais — ou pelo menos um pouco distante.
·         A circulação por ambientes novos nessa época da vida traz referências nas quais meninos e meninas se apoiam para construir a própria individualidade na vida adulta. É o tempo da grande descoberta de que o mundo é muito mais diverso que a própria família. Mas...
·         Há uma questão comportamental muito forte ligada a essa época da vida, que é sentir-se imortal. Por isso é tão mais difícil fazer o jovem compreender a necessidade do isolamento social. Tentamos explicar das mais diversas formas o quanto é arriscado se expor a esse tipo de evento, mas eles acham que nunca acontecerá algo de ruim com eles.
·         É uma geração contida na marra, que nem sempre dá certo. A mídia tem denunciado nos últimos dias festas clandestinas frequentadas por uma garotada sem máscara em ambientes com pouca ventilação e que representam um ato extremado (e perigosíssimo).
·         análise da Fiocruz constatou aumento de casos graves entre homens e mulheres com idades de 20 a 29 anos na ordem de 256% ao longo das dez primeiras semanas de 2021 — e, como consequência, mais hospitalizações.
·         Uma análise epidemiológica na Fraça revelou que a faixa etária entre 10 e 19 anos teve cinco vezes mais casos da doença em março do que em janeiro deste ano. Atribui-se a escalada à manutenção do funcionamento das escolas e a algum relaxamento natural, depois de tantos meses, depois de tanto cansaço.
·         o consórcio formado pelas farmacêuticas Pfizer e BioNtech apresentou extraordinários resultados com testes de vacina entre crianças de 12 a 15 anos – não se verificou um único caso de contágio. Há uma organização nos EUA para ampliar a reabertura das escolas de ensino fundamental e médio assim que as agulhadas chegarem à turma que mal começou a vida, e, portanto, poderia retomá-la.
·         Enfim, o isolamento tem sido duro, mas pode ser uma valiosa lição de vida para essa turma: convém não perder o bom humor, desenvolver a capacidade de adaptação, se jogar e aventurar no mercado de trabalho home office, buscar ser mais independente e aprender a controlar a própria produtividade, fazer outros cursos através de aulas on-line, desenvolver a resiliência, aproveitar de forma mais positiva e calorosa a convivência junto aos pais e não se sentir azarado, afinal, é bom relembrar que esta não é a primeira nem será a última vez que a humanidade foi posta em situações-limite. Enfim, pensando nisso, precisamos aprender que a vida nunca será absolutamente previsível e cabe a nós a adaptação para atravessar as tempestades.
 
 
Do ponto de vista psíquico, os jovens são o grupo mais afetado da Pandemia. Tristeza, solidão, mau humor, irritação e dificuldades de manter hábitos saudáveis.

 








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