Quem sou eu

Minha foto
São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
Obrigado pela visita!
Deixe seus comentários, e volte sempre!

"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

terça-feira, 9 de março de 2021

Mulher Pandêmica: “a recessão delas”.

Dos 195 países do Mundo, somente 22 deles são liderados por mulheres. Só 24,9% dos Parlamentares do Planeta são mulheres. Ou seja, as Leis ainda são feitas, majoritariamente, por homens.
 
Sabemos que tudo começou no ano de 1908, nas ruas de Nova York. Uma mobilização com cerca de 15 mil mulheres que trabalhavam em fábricas, fizeram protestos por melhores condições de trabalho, salários mais justos e o direito ao voto. Afinal, elas pagavam impostos e não tinham o direito de escolher seus governantes. No ano seguinte, em 1909, a inciativa avançou para as ruas de vários outros países, como Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça. Daí nasceu um Movimento Organizado pelos Direitos das Mulheres. Então, em 1913, o 08 de Março foi oficialmente declarado como o Dia Internacional pela Luta desses Direitos.
 
De 1908 para cá, ou seja, 113 anos depois, ainda há muitas desigualdades cruéis. Por exemplo, na batalha atual contra a Covid-19, no setor da Saúde as mulheres são a maioria. Mas, ainda assim, recebem salários em média -11% mais baixos que seus colegas homens. E se a gente levar em conta todos os setores da economia é ainda pior! As mulheres ganham em média -20% a menos que os homens nos mesmos cargos. Nesse ritmo, a equivalência de salários só vai acontecer em 2059 (segundo a ONU)!

A Pandemia piorou a igualdade de gênero. Tirou empregos e o acesso a educação e a saúde, e colocou mais mulheres na pobreza. E ainda é preciso lutar contra a violência e o racismo, o machismo e o feminicídio, desigualdade de direitos e o autoritarismo de governos ultraconservadores, mais compromissos com a saúde feminina... Nesse período de Quarentena da Pandemia, as denúncias de violência contra a mulher aumentaram +30%! Elas vão desde ameaças a estupro, importunação, lesão corporal e tentativas de homicídio. Enfim, nosso mundo ainda não está funcionando para as mulheres como deveria!


As mulheres estão dispostas ao retrocesso?

 A crise sanitária e econômica que fechou escolas e empregos puxou a mulher de volta para o ambiente doméstico. A vida produtiva autônoma e independente está ameaçada pela crise do cuidado, pelo machismo e pela dupla jornada. Sobrecarregadas, exaustas e frustradas, ELAS correm grande risco de retroceder conquistas femininas em décadas para ELES!

 “Mulheres foram mais impactadas pela pandemia em sua integridade física (com o aumento da violência doméstica) e saúde mental (apresentaram transtornos mentais), além da estabilidade financeira. Elas perderam mais emprego e vêm sendo preteridas nas recontratações, além de não conseguirem participar como antes da produção científica ou mesmo da vida pública”.

 Revivemos velhos tempos sombrios e assustadores, travestidos de pós-modernidade, com um Governo reacionário que, além de não reconhecer a existência da doença e do seu perigo, ainda provoca desigualdades de gênero, um problema que persistia e agora se agrava na Pandemia.

 É de perder o sono, mas não o equilíbrio! Precisamos não só nos UNIR como também CONTINUAR LUTANDO com força pela divisão igualitária entre ELAS e ELES. Nessa hora tão difícil, o que não podemos perder, também, é a cabeça!


Enfim, se for para perder a cabeça que seja para a luta. Afinal, que fique bem claro: *NOSSA LUTA NÃO É UMA DISPUTA ENTRE NÓS, mas uma resistência contra a era Bolsonaro.*

Nenhum comentário:

Postar um comentário