De 1908 para cá, ou seja, 113 anos depois, ainda há muitas desigualdades cruéis. Por exemplo, na batalha atual contra a Covid-19, no setor da Saúde as mulheres são a maioria. Mas, ainda assim, recebem salários em média -11% mais baixos que seus colegas homens. E se a gente levar em conta todos os setores da economia é ainda pior! As mulheres ganham em média -20% a menos que os homens nos mesmos cargos. Nesse ritmo, a equivalência de salários só vai acontecer em 2059 (segundo a ONU)!
A Pandemia piorou a igualdade de gênero. Tirou empregos e o acesso a educação e a saúde, e colocou mais mulheres na pobreza. E ainda é preciso lutar contra a violência e o racismo, o machismo e o feminicídio, desigualdade de direitos e o autoritarismo de governos ultraconservadores, mais compromissos com a saúde feminina... Nesse período de Quarentena da Pandemia, as denúncias de violência contra a mulher aumentaram +30%! Elas vão desde ameaças a estupro, importunação, lesão corporal e tentativas de homicídio. Enfim, nosso mundo ainda não está funcionando para as mulheres como deveria!
As mulheres estão dispostas ao
retrocesso?
A crise sanitária e econômica que fechou escolas e empregos puxou a mulher de volta para o ambiente doméstico. A vida produtiva autônoma e independente está ameaçada pela crise do cuidado, pelo machismo e pela dupla jornada. Sobrecarregadas, exaustas e frustradas, ELAS correm grande risco de retroceder conquistas femininas em décadas para ELES!
“Mulheres foram mais impactadas pela pandemia em sua integridade física (com o aumento da violência doméstica) e saúde mental (apresentaram transtornos mentais), além da estabilidade financeira. Elas perderam mais emprego e vêm sendo preteridas nas recontratações, além de não conseguirem participar como antes da produção científica ou mesmo da vida pública”.
Revivemos velhos tempos sombrios e assustadores, travestidos de pós-modernidade, com um Governo reacionário que, além de não reconhecer a existência da doença e do seu perigo, ainda provoca desigualdades de gênero, um problema que persistia e agora se agrava na Pandemia.
É de perder o sono, mas não o equilíbrio! Precisamos não só nos UNIR como também CONTINUAR LUTANDO com força pela divisão igualitária entre ELAS e ELES. Nessa hora tão difícil, o que não podemos perder, também, é a cabeça!
Enfim, se for para perder a cabeça que seja para a luta. Afinal, que fique bem claro: *NOSSA LUTA NÃO É UMA DISPUTA ENTRE NÓS, mas uma resistência contra a era Bolsonaro.*
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