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Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

quinta-feira, 21 de maio de 2020

Afagos ao Centrão...


Bolsonaro foi eleito e assumiu o mandato criticando o “toma lá, dá cá” – a troca de votos no Congresso por cargos em Ministérios e Estados. A isso damos o nome de “Velha Política”, cujo representante maior é o Centrão – uma base no Congresso formada por partidos que podem barrar o que for inconveniente para o Governo.

Em outras palavras, o Centrão refere-se a um conjunto de partidos políticos que não possuem uma orientação ideológica específica e tem como objetivo assegurar uma proximidade ao poder executivo de modo que este lhes garanta vantagens e lhes permita distribuir privilégios por meio de redes clientelistas.

Na verdade, tudo indica que o presidente sempre desejou aquilo que criticava, mas, para esconder o seu desejo, passou a ter uma conduta condenável, especialmente após o início da Pandemia de Covid-19. O desentendimento com governadores e prefeitos, a defesa do fim do isolamento social e o apoio a atos antidemocráticos imploravam, no fundo, um pedido de Impeachment. Agora que o impedimento ameaça ser real, Bolsonaro o justifica como a causa de sua aproximação com o seu antigo objeto de desejo – um Centrão.

O resultado disso é um caldeirão ainda mais borbulhante da política brasileira, com pessoas entrando para o Governo indicadas por partidos do Centrão, como o PL, o PP e Republicanos. Esses partidos têm muita força nas votações mais importantes da Câmara. Até agora, as nomeações do Governo para agradar o Centrão foram:
1.      Fernando Marcondes de Araújo Leão (ligado ao partido AVANTE). Assumiu a direção geral do DNOCS (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas, que faz parte do Ministério do Desenvolvimento Regional), sempre cobiçado por partidos, pois tem um orçamentode R$ 1 bilhão para a construção de barragens e perfuração de poços artesianos, principalmente aqui no Nordeste.
- Aqui, Jair Bolsonaro manteve no Conselho de Administração da Hidrelétrica de ITAIPU dois ex-deputados ligados ao Centrão:
A) José Carlos Aleluia (partido DEM);
B) Carlos Marum (partido MDB). Este era defensor ferrenho do ex-deputado Eduardo Cunha e do ex-presidente Michel Temer.
2.      Garigham Amarante (um advogado e amador indicado pelo partido PL). Vai assumir o cobiçado cargo da diretoria de ações educacionais do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), que tem um orçamento de mais de R$ 50 bilhões (só para este ano são R$ 9 bilhões)! Esse fundo é responsável pela execução da maioria dos Programas e ações da Educação Básica do país. Ele que cuida, por exemplo, da alimentação, do transporte e também dos livros didáticos.
3.      Também podem ser citados o senador Ciro Nogueira (presidente do PP) e o Deputado Arthur Lira (líder do partido na Câmara), pois estão sempre à frente das indicações. Os dois são réus em processo da Lava Jato no STF por Organização Criminosa.
4.      Entrega de postos do Ministério da Saúde para militares. Num único dia (19/05), foram 9. A área que deveria ser mais técnica vem passando por um processo de militarização. Ao todo, já são pelo menos 18 militares do exército nomeados para cargos estratégicos do Ministério, tais como planejamento, orçamento, logística e assessorias especiais. Representantes dos Sindicatos dos Servidores Públicos criticam a falta de experiência dos militares em gestão de saúde, inclusive do próprio Ministro Interino, Eduardo Pazuello.



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