Quem sou eu

Minha foto
São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
Obrigado pela visita!
Deixe seus comentários, e volte sempre!

"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Um dia de abelha.

É um livro da Editora Fapi Ltda. Escrito pela mineira e pedagoga Frances Rodrigues Pinto e ilustrado por Márcio Luiz de Castro. Desde pequena, a autora gostava de escrever poesias e histórias. No ano 2000, o ofício nato ganhou profissionalismo e surgiu a Coleção Francesinha, da qual faz parte essa história. Ela escreveu também a coleção “Divertindo com os Numerais” e o famoso “Dia-a-dia do Professor – Datas Comemorativas”.

A história fala sobre o preguiçoso ursinho Bilu-Bilu, que só sabia dormir e roubar, a pedrada, o apetitoso mel da colmeia das abelhas. Depois de se deliciar com o mel alheio, lambuzando-se dos pés à cabeça, dormia dias inteiros com o barrigão cheio. Claro que com esse tipo de comportamento, despertava a ira das abelhas. Afinal, em poucos minutos ele explorava o trabalho árduo das operárias. Esse tal de Bilu-Bilu até parece com o famoso ursinho Puff!

O malfeitor Bilu-Bilu gerou um zum, zum, zum entre as abelhas, que decidiram dar uma lição no ursinho. Já cansadas de verem suas colmeias destruídas, elas resolveram se unir e agrupar em uma grande nuvem, e combater o comilão. O ursinho foi adormecido por um pó mágico jogado pelas abelhas, que o carregaram para a colmeia real. Ao acordar, veio o grande susto – Bilu-Bilu havia se transformado em uma abelha. Até quis gritar, mas o ruído que soltou foi um zzzuuummm!

Agora, na pela de uma abelha, as operárias puderam ter uma conversa de igual para igual. Primeiro, o conscientizou da sua transformação em abelha e depois “passou a real”: o mel comido das colmeias derrubadas é feito por um árduo e difícil trabalho. Inserido no enxame, agora fazendo parte da comunidade de abelhas, a Abelha Rainha chamada de Bizum explicou as regras da casa: “Nós somos muito organizadas e distribuímos tarefas para todos. Eu, que sou a rainha, fico encarregada pela reprodução da espécie e colocar ordem na colmeia. Ao Zangão cabe a fecundação da rainha, e as operárias, são as responsáveis por todo trabalho que é feito dentro e fora da colmeia”.

Eu acho que esse ursinho é uma abelha... E lá se foi Bilu-Bilu cumprir suas tarefas, trabalhando em todos os cargos, funções e setores da nova vida e profissão. Foi ser Babá, alimentando as crias; Faxineira, cuidando da limpeza; Guardiã, protegendo a colmeia; Arquiteta, moldando as células que formam as colmeias. Quando, enfim, foi voar à procura de pólen para fazer o mel, suas asas desapareceram e ele teve uma baita “queda de realidade”. Bizum, a abelha rainha, devolveu a vida de urso para Bilu-Bilu. Como ele já havia percebido na pele como era uma vida de abelha e aprendido a trabalhar direito e ser útil na vida, Bizum deu-lhe uma nova chance de viver honesto e produtivamente como urso.

Bilu-Bilu aprendeu que trabalhar é bom e muito importante, pois o trabalho nos traz recompensa, responsabilidade e satisfação. Para isso, é preciso algumas mudanças de comportamento, como ter iniciativa e dedicação, ou seja, superar o comodismo e mudar o próprio modo de ser. Além desse importante aprendizado, o ursinho aprendeu a cozinhar e especializou-se tanto que abriu na floresta o restaurante Ki-Delícia. Parece que o negócio deu certo, pois todos os habitantes da floresta passaram a frequentar o local, inclusive as próprias abelhas da Colmeia Real, que saboreavam de graça seus quitutes gostosos.

Dizem que, mais importante do que dá o peixe é ensinar a pescar. Aqui, o ursinho Bilu-Bilu aprendeu que menos cômodo do que roubar o mel é aprender a melar (melar a barriga no pé do fogão) Kkkk. A historinha começa atacando os maus hábitos, como o comodismo e a exploração, desenvolve a capacidade de se colocar no lugar do outro (a palavra é empatiacomo forma de aprendizado e termina estimulando o empreendedorismo. Primeiro, a força da necessidade; segundo, a boa vontade e a iniciativa; terceiro, o conhecimento e a formação; quarto, as condições e boas oportunidades de negócio. Gerir a própria vida nunca foi fácil. Embora sendo um caminho árduo, é necessário.

Dizem que, quando o mel é bom a abelha sempre volta. Pois é, entrando na pele de uma abelha você saberá o quão difícil é produzir esse mel gostoso. Na Natureza uma espécie pode até sobreviver explorando a outra. Mas, na sociedade humana a história é bem diferente. Quer docinho? Vai trabalhar! Kkkk...

Nenhum comentário:

Postar um comentário