É um livro importado
pela editora Happy Books (Santa Catarina – SC/Brasil), da Coleção Dedinhos
Divertidos, impresso na China, com tradução de Ana Cristina de Mattos Ribeiro e
revisão de Karin E. Rees de Azevedo. A historinha é indicada para crianças a
partir de 01 (um) ano de idade, mas o material do livro não é recomendado pelo
Inmetro para crianças menores de 03 (três) anos, por conter parte(s) pequena(s)
que pode(m) ser engolida(s) ou aspirada(s).
O livrinho é
maravilhosamente divertido e interativo para bebês. Ele contém ilustrações
encantadoras e um fantoche de dedo (do Carneirinho). Também é excelente o
enredo da história, pois convida o leitor/ouvinte a juntar-se ao protagonista
(o Carneirinho) em uma missão: procurar sua mamãe. Como na vida a gente
encontra não apenas aquilo que procura, mas também tudo o que se acha pelo
caminho, encontramos nesse enredo todos os animais de uma fazenda.
A historinha fala sobre
um Carneirinho perdido que berra em procura da sua Mamãe Ovelha. Sentindo-se
pequeno e sozinho em uma fazenda tão grande, em sua busca ele encontra o
Porquinho Cor-de-Rosa, a galinha Cocoricó com seus pintinhos e o Pato. Todos os
bichos decidem ajudar o Carneirinho em sua busca e, se cada bicho tem seu
próprio lugar, nada mais inteligente que procurar no celeiro. Conduzidos pelo
som do “Bée, bée...” eles encontrarão o que tanto o Carneirinho procura, bem
atrás do fardo de feno.
Uma aventura no
desconhecido é gostosa quando é segura, vivida com outras pessoas dispostas a
nos ajudar. Mas, nada mais é aconchegante que o conforto do nosso lar, ao lado
de quem nos ama e nos protege.
Do livro e sua história
ainda podemos retirar as seguintes lições:
- O cenário da história
é uma fazenda. Ela ensina que cada bicho tem seu som familiar (onomatopeias) e
um cantinho característico.
- A historinha trabalha
a adaptação e o desapego obstinado à figura materna. Embora as crianças da
Creche desejem estar com os pais, é preciso desenvolver a autonomia e aprender
a olhar o mundo de forma independente, observando nele outras pessoas e vivendo
novas experiências diferentes daquelas do bojo familiar.
- A historinha ensina
que somos aventureiros, quer quando desejamos enfrentar o mundo por conta
própria, quer quando fazemos parte de projetos e aventuras de outras pessoas ou
ainda quando somos vítimas das surpresas do acaso. De um jeito ou de outro,
somos levados a adquirir experiências no exercício do caminhar, do buscar, do
enfrentar a realidade e seus desafios.
- É muito simbólica a
passagem em que “O Carneirinho olha da
esquerda para a direita. A mamãe ovelha não está à vista”. Quem conhece um
pouco da história da China comunista e da esquerda política do Brasil e no
mundo, poderá fazer aí uma boa interpretação política desse detalhe sutil.
A história é coerente
com a proposta da Sessão Simultânea de Leitura, pois na medida em que as
crianças têm a liberdade de fazer suas próprias escolhas do livro, elas também buscam
e experimentam, juntas, o resultado de suas descobertas. Nessa busca elas
interagem numa fantástica viagem de desencontros e reencontros, aventuras e
encantamento, produções e aprendizado, conduzidas e orientadas por adultos. Na
medida em que escolhemos, moldamos nosso próprio destino, e por ele somos
aperfeiçoados e responsáveis.
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