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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

terça-feira, 5 de junho de 2018

Limitar é censurar.


Cada um de nós decide o que tem significado artístico. Portanto, cabe uma interrogação ao final da frase: “devem existir limites para a arte?”. A paixão oferece, por natureza, um componente necessário para que se dê qualquer contribuição significativa ao conhecimento.

Não se pode perder o equilíbrio argumentativo, mesmo diante do debate e do diálogo sobre gênero, diferença e diversidade. Temas outros de interesse para a vida contemporânea também seguem essa lógica, tais como aqueles que estão no centro da grande discussão pública atual: liberdade de expressão e de escolha, a censura, o acesso ao conhecimento, a verdade dos fatos e as notícias falsas, a difamação e seu impacto social, a tal liberdade de imprensa e seus impactos na democracia.

A censura, seja ela de natureza política, ideológica ou artística, esbarra sobre uma questão basal: o argumento que limita, transforma-se em uma característica subjetiva, que se dissemina pelo território da vontade de cada um, subjugado ao próprio desejo individual. Impor limites à arte seria restringir a produção de conhecimento, porque a arte não é outra coisa. Ela revê muitas das concepções do passado e aponta para outras tantas visões de futuro. Impedir o acesso ao conhecimento também é uma forma de censura.

A Arte é um campo do conhecimento gerado pela expressão, como uma forma de manifestação da criatividade. Sua existência está garantida pela Constituição, logo, é desnecessária uma discussão sobre seu direito de existir, seja numa perspectiva do “como”, do “quando” e da “forma”. Assim, a arte, seja através da sua realidade material ou de seu poder simbólico, não produz objetos criminosos. O máximo que pode acontecer é, ao olharmos para objetos artísticos, projetamos neles nossos preconceitos, crenças e desejos de acordo com expectativas e experiências de vida. Não é diferente de nosso comportamento em relação ao outro.

Nossa liberdade reside em termos a mais ampla possibilidade de escolha, sabendo de antemão que estamos elegendo aquilo que desejamos, de acordo com nossas crenças, história de vida, sensibilidade, generosidade e disposição, na sua presença ou na falta delas.
Neilton Lima
Coordenador Pedagógico Escolar

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