O poder econômico ou o
Estado?
O liberalismo econômico
é uma fraude. Quem detém o poder de fato, no mundo, é o capital transnacional. Algumas poucas megacorporações sugam loucamente os recursos naturais e controlam os mercados do planeta inteiro. O
poder econômico coopta, pressiona e, se necessário, ataca
os governos dos Estados nacionais para que estes adotem as políticas econômicas que facilitam, e muito, a sua atuação
predatória. Abertura dos mercados,
desregulamentação da economia e Estado mínimo são expressões que soam
como música aos ouvidos dos donos do poder.
“Os governos que
elegemos, no fundo, são correias de transmissão das decisões e das necessidades
do poder econômico (representado pelo FMI, OMC e pelo Banco Mundial), e os
governos não só funcionam como correias
de transmissão, mas também como os agentes
que preparam as leis, como as que levam ao emprego precário”. Em um cenário como esse, dizer que o livre
mercado é a solução para os problemas da sociedade só pode ser uma de duas
opções: picaretagem ou inocência.
O Estado, cujo poder
político e econômico permite que se faça algum enfrentamento com o capital, tem
– ou deveria ter – o dever de proteger as pessoas da fome insaciável por lucro
dos tubarões do capitalismo. A submissão total de um governo ao mercado dá no
desastre que estamos vivenciando. Os preços de produtos que afetam a economia
inteira do país aumentam descontroladamente e o governo, com sua fé cega nos dogmas liberais, só faz alguma coisa
quando a situação sai completamente do controle.
Deixar o poder econômico
decidir quem tem acesso a direitos básicos como educação, saúde e transporte é
condenar à indignidade bilhões de seres humanos.
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