Adorei aprender nesse filme o sentido da
palavra “Obliviar”. Trata-se de uma magia adulta que vou dominando ou que me
domina a cada dia. Mas, aviso logo, é um universo mágico apresentado de forma
leve, meio arrastada, cômica e que deseja a diversão. Não basta ter animais na
sua mala. Você precisa controlá-los e saber o que pode ou não fazer com eles,
dependendo da situação. Enfim, se o Sol é para as flores o que a magia é para a
humanidade, então vale a pena resgatar o ser humano comum ou trouxa que nunca
soube muita coisa sobre esse universo.
- Existem alguns debates argumentativos,
como: magia usar ou não usar; confiar em quem em mundo de poderes ilimitados?
Uma amizade vale mais que se safar de uma dada situação? Como enfrentar vilões
terríveis e não perder a humanidade que há em todos os trouxas ou não trouxas? Em
meio a isso temos pontuações sobre família, preconceito, ambição e descobertas
de paixões.
- Nova York com uma maleta repleta de
animais mágicos. Após uma confusão, alguns bichos acabam soltos na cidade e o
bruxo é obrigado a capturá-los antes que causem algum mal.
- Depois de uma troca de bagagens entre
Newt (o protagonista que é um magizoologista, pessoa que cuida de animais com
alguns poderes) e Jacob (um homem simples com o sonho de tocar uma padaria),
ambos vão sair por Nova Iorque caçando criaturas mágicas além de provar que a
ameaça que atinge a cidade não é de origem animal, mas sim humana. Com isso,
Newt e Jacob não são uma dupla de aventureiros, mas sim dois cômicos em apuros.
- O longa aborda temas como medo do
desconhecido, repressão, fanatismo religioso e demonstra uma importante
preocupação com representatividade ao colocar uma mulher negra no posto de
presidente da comunidade mágica.
- A história se passa nos EUA dos anos
1920. Com isso, a década de 1930 para o filme carrega consigo um sentimento de
inocência e ingenuidade. Com isso, é mostrada uma Nova York mágica tomada pela
burocracia (um passado culturalmente conservador). O diretor constrói um filme
muito mais leve em que as ameaças estão num nível controlável, como se tudo
estivesse no alcance dos personagens na tela.
- Aborda também, projetos de
diferenciação total entre magos e no-majs (como os americanos chamam os
trouxas), alguns pendendo para o radicalismo, pregando um massacre aos humanos
comuns, e outros bem mais moderados.
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