Abreugrafia é o nome dado
no Brasil a um método rápido e barato de tirar pequenas chapas radiográficas dos pulmões, para facilitar o diagnóstico
da tuberculose, doença mortal. O teste, que
registra a imagem do tórax numa tela de raios X, espalhou-se pelo mundo.
O inventor do exame, Manuel Dias de
Abreu, foi indicado ao Nobel em 1950 e teve o invento batizado em sua homenagem
no Brasil. Manoel de Abreu formou-se aos 21 anos pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1913. Em outros países o exame recebeu nomes como:
"schermografia" (Itália), "roentgenfotografia" (Alemanha) e
"fotofluorografia" (França). No Brasil, comemora-se no dia dois de
janeiro (02/01) o "Dia Nacional da Abreugrafia".
Em vez de ser impressa no filme radiográfico (conhecido como chapa), a nova técnica transfere para um filme fotográfico de 30 ou 70 mm. A imagem fica pequena,
mas era suficiente para diagnosticar a tuberculose, que estava em plena
epidemia em várias partes do mundo na década de 1930.
A data oficial da invenção é 1936. A
substituição da chapa pelo filme foi um modo de reduzir o custo e tornar a
técnica aplicável em um grande número de pessoas em um curto espaço de tempo.
Era um exame de triagem. Mas sua grande contribuição histórica vai muito além
disto.
O alto índice de mortalidade por
tuberculose nas décadas de 30 e 40, principalmente no Rio de Janeiro, e a
ineficácia dos instrumentos utilizados pelas autoridades sanitárias para
combater a doença propiciaram o aparecimento da abreugrafia. O primeiro
aparelho destinado a realizar exames em massa da população foi construído pela
Casa Lohner e instalado na cidade do Rio de Janeiro em 1937.
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