80 países (um acordo
parecido já tinha sido feito há 20 anos entre 54 países e agora a lista foi
atualizada) devem assinar um acordo Internacional (na OMC) para deixar os
aparelhos eletrônicos mais baratos. O acordo vai reduzir os impostos de 200
produtos (na verdade vai zerar as tarifas de importação desses produtos,
incluindo vídeo games, autofalantes e insumos tecnológicos, como componentes de
TV, DVD e supercondutores), mas o Brasil não está dentro dessa. Tecnologia a
gente quer, mesmo sabendo que o prazo de validade é curto e volta e meia o
produto fica ultrapassado antes mesmo das prestações acabarem – e como isso dói
no bolso!
Por isso mesmo muita
tecnologia é importada do exterior, pois muitos consumidores acabam se
beneficiando tantos nos últimos lançamentos quantos nos preços (que vem
justamente desses países que firmam esses tipos de acordos, que produzem e
comercializam muita tecnologia). Se o Brasil tivesse entrado no acordo a gente
poderia pagar menos por alguns produtos, por exemplo, o GPS que está na lista. Além
disso, o preço dos importados seria mais baixo.
Mas, por que a
indústria eletroeletrônica não defendeu assinar o acordo? Porque significaria a
morte de muitas indústrias brasileiras, pois os custos de produção aqui são
muito maiores do que em países como a China, por exemplo. Hoje, nós somos o terceiro mercado mundial de
computadores. O quarto mercado
mundial de telefones celulares. Se fizéssemos isso, praticamente estaríamos
abrindo mão da produção desses produtos no Brasil e estaríamos importando tudo
isso. Não assinar foi construir uma política protecionista do nosso mercado e
da nossa indústria. O nosso problema é,
ainda não conseguimos competir com os estrangeiros (a lacuna da inovação, da
educação, com baixos custos e alta competitividade). Assim, vamos ficando de
fora do comércio internacional. Mesmo assim, o país precisa está acompanhando a
concorrência, a tendência de evolução tecnológica, não ficar atrasado em
relação aos seus competidores e não ficar de fora da tendência da Globalização
(precisamos nos inserir nas cadeias produtivas globais). É uma questão de
melhorar a vida da nossa população, que deve conquistar consumidores e não ser
conquistada pelas tendências externas e invasivas.
Tomara que no
próximo acordo o Brasil esteja pronto e preparado para assinar essa redução de
impostos. O isolamento não ajuda e precisamos manter relações de ideias,
informações e tecnologias que mudam toda hora. Isso prejudica principalmente
nós consumidores, especialmente os que têm menos dinheiro, porque quem tem
grana viaja e trás de fora uma tecnologia mais moderna e às vezes mesmo pagando
imposto e declarando tudo bonitinho ainda sai mais barato do que comprar por
aqui.
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