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“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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quinta-feira, 18 de junho de 2015

Entrevista com a presidente Dilma Rousseff no Programa do Jô... (12/06/2015)... *----*

Muitos aderem apressadamente às críticas sobre ela, mas poucos a conhecem de fato... Poucos têm a sensibilidade para captar o que se passa no nosso Brasil... Poucos param para analisar e refletir a outra versão. Então, passou da hora, mas não acabou o tempo. Aliás, como disse Dilma, “um povo que não tem esperança não constrói seu futuro. Precisamos mais do que nunca da confiança em nós mesmos”. 

A presidente, e nós, entramos no 6º mês de governo do seu 2º mandato. Suas promessas de campanha estão em andamento e em cumprimento. Estamos sendo atingidos pela estiagem severa e a prolongada crise internacional. Mas a presidente continua firme em suas metas: trabalhar pelo crescimento do Brasil, continuar investindo em infraestrutura e na política de distribuição de renda. 

A presidente destacou quatro dos principais problemas macroeconômicos: 1) a crise internacional, 2) a seca severa no Brasil, 3) o aumento vertiginoso do dólar e, 4) a necessidade do Ajuste Fiscal. Vamos analisar cuidadosamente cada um deles, acompanhando as reflexões da presidente: 

1. O mundo está no 7º ano da crise (começou em 2008). Nem os EUA, nem a Europa e muito menos a China saíram da crise. E precisamos fazer Ajustes Fiscais. Por quê? Porque lá no começo da crise o Brasil utilizou tudo o que podia para proteger a nós, brasileiros: o Orçamento da União, redução de imposto, evitou o desemprego e a redução de salários, o crédito foi ampliado, foram financiados bens de capital com o juro baixo, o Governo financiou o consumo das pessoas e segmentos econômicos, investimentos em infraestrutura (vale ressaltar, tudo com juros mais baixos e à custa do Tesouro), foram desonerados bens de capital e a cesta básica (ninguém paga imposto por precisar consumir os produtos essenciais), além disso, uma série de políticas para beneficiar e assegurar que o país continuasse crescendo. Ou seja, o Governo esgotou tudo o que pôde, mas a crise durou mais do que se esperava. 

Em outras palavras: 
A política e a estratégia do Governo são a seguinte: “Intensificar a intervenção do Estado na Economia – Nova Matriz Econômica”. Foi a reação política de Dilma no primeiro mandato para dá sobrevida ao crescimento da era Lula:
A) Baixou os juros mais do que devia; 
B) Não deixou o real desvalorizar; 
C) Segurou tarifas e preços dos combustíveis; 
D) Distribuiu créditos via bancos públicos. 

Agora, simplesmente o dinheiro ficou curto e se faz necessário o Ajuste Fiscal. 

2. Nós estamos passando pela pior seca nos últimos tempos. Aqui no Nordeste isso não é novidade, mas no Sudeste brasileiro... O que acontece é que a seca provoca duas consequências imediatas na economia: o aumento do preço dos alimentos e da tarifa de energia, e tudo o mais relacionado. É um impacto de cadeia. 
3. Desde a metade do ano passado para cá a moeda norte-americana vem disparando. Há uma correção internacional do dólar. Esse preço dessa moeda tem dois aspectos: a) negativo: com mais reais para comprar 1 dólar os preços internos aumentam; complica também a vida de quem viaja para o exterior; b) positivo: os produtos exportados brasileiros ficam mais baratos, ou seja, ganhamos em concorrência lá fora. E isso está acontecendo em todas as economias do mundo. 
4. O Brasil está momentaneamente com problemas e dificuldades, ele não está estruturalmente doente. Logo, nós temos, simultaneamente ao Ajuste Fiscal, fazer investimento em infraestrutura e manter os programas sociais. 
Conclusão: estamos passando (e enfrentando) uma situação que é de nível macro e difícil, mas é momentânea. O Brasil tem uma estrutura forte e com condições para superá-la com atitudes e muito trabalho. Uma delas é o Ajuste Fiscal. 

Sou fã da Dilma, velho! Inteligente, perspicaz e admirável... 

Suas frases mais marcantes e tocantes foram: 

1. “Se tenho pavio curto? Tenho imensa capacidade de resistir. Aprendi isso ao longo da vida”.
2.  “Será que dizem que sou durona por que estou no meio de homens meigos?”. 
3. “É preciso aguentar com coragem, acreditando que uma hora passa”.
4. “Eu acho que sou dura, porque não posso ser uma presidente mole”. 
5. O que é que te amedronta? “O que mais amedronta um presidente é não estar à altura do seu povo”.  
6. “Presidente não tem só que ficar indignado. Tem que fazer.”
7. “Dizem que a saúde não vai bem. Será que dizem também que no Governo Lula nós perdemos a votação no Congresso da CPMF. Sabe o que isso significa? Perdemos 40 bilhões de reais para colocar no setor que é o mais caro no mundo: saúde”. Isso serve para perceber que às vezes o Congresso ajuda, outras muitas atrapalha. Agora a luta é melhorar, ampliar e especializar isso, começando por ortopedia, cardiologia e oftalmologia. 
8. “Com o programa ‘Mais Médicos’, o Governo paga 18.500 médicos espalhados nas áreas mais carentes do Brasil. São 63 milhões de pessoas atendidas na atenção básica, onde moram 80% dos problemas. Sabe o que fizeram por aí quando o programa estava lutando para ser implantado: criticaram muito!”;
9. “Nós estamos passando por dificuldades hoje, mas isso não justifica condenar todo o passado, inclusive suas muitas conquistas e avanços”. 
10. “A História é o nosso juiz mais rígido”. 
11. “Um povo que não tem esperança não constrói seu futuro. Precisamos da confiança em nós mesmos”. 
12. “Não basta ter vantagens, é preciso saber usá-las”. 
13. “O Brasil tem uma coisa que não se vê em todo país: somos mais críticos com nós mesmos, até mais do que merecemos”. 
14. “Eu quero ser conhecida pela história como a pessoa que não abandonou duas coisas: o interesse do seu povo e a Soberania do seu país. Não podemos perder o direito de ser brasileiro”. 
15. Quando você olha o mundo, o Brasil reduziu de forma significativa a miséria e a pobreza, deu um salto em infraestrutura em várias áreas, os aeroportos do país não são hoje o que eram no passado, por exemplo, crescimento da renda e do emprego, foram tirados 36 milhões da pobreza e 50 milhões elevados à classe média (para isso ser sustentável e perene, duradouro, é preciso educação, ou seja, entendeu agora porque nosso lema é “Pátria Educadora”?)... 
16. Com o programa “Minha Casa, Minha Vida”, construímos 3,750 milhões de moradias (destas, 2 milhões e 200 já estão entregues o restante será entregue até o começo do ano que vem). Ajudando as pessoas conforme o nível dos rendimentos que elas ganham. 
17. Houve um aumento grande no acesso à Universidade, pelo SISU. Foi duplicado o número de estudantes que faz hoje Universidade Pública, foi dada no Brasil “Bolsa Universidade Privada”, ou seja, tira o imposto para pagar a bolsa (isso se chama PROUNI). Aí vem o FIES: se seu curso é de 04 anos, o Governo financia para você pagar em 13 anos. Este ano o Governo Federal coloca só no 1º semestre 640 mil novos universitários, agora se somarmos com o 2º semestre chegaremos a 1 milhão deles agora em 2015 fazendo Universidade, tanto na rede pública quando privada (antes 1 milhão se fazia em 3 ou 4 anos, pois só tinham 3 milhões de pessoas fazendo faculdade). Aí é bom ressaltar, você não precisa só de cientista e pesquisador, mas de bons técnicos de nível médio com profissão valorizada (nasceu o PRONATEC: parceria com o SENAI da Confederação Nacional da Indústria, o SENAC do comércio, o SENAC de transporte e o SENAR da Agricultura. Com essa parceria foram formadas 8 milhões de pessoas (52% mulheres)). Pensa que acabou? Não! Está faltando a raiz chamada “CRECHES”. A raiz da desigualdade está no berço ou na base: o segredo é o desenvolvimento da capacidade ou o estímulo da criança. Logo, ter creche no Brasil ataca a desigualdade na sua raiz. Por isso que temos um programa de 6 mil creches: para criar um futuro de crianças saudáveis. 
18. Tem gente que não sabe, mas o Pré-Sal já está funcionando com a produção de 800 mil de barris/dia. Este ano a Petrobras ganhou o Óscar na área de óleo e gás. O presidente Bendinne foi receber. Prêmio dado pela capacidade de inovação e produção. De fato, o Pré-Sal é uma das maiores reservas comprovadas. A Petrobras tem mais de 80 mil funcionários. 

Não há progresso sem Educação, Cultura e Tecnologia de Ponta. Nós somos a 7ª economia do mundo. A ideia de que somos frágeis é balela. Querem que nos sintamos fracos. Não, não somos! Temos 378 bilhões de dólares de reserva. O Brasil tem estruturas democráticas sólidas. Temos um Judiciário, Congresso, Parlamento e Executivo. A harmonia é fundamental. Temos uma agricultura ultra competitiva, tanto comercial quanto familiar. Temos um conjunto de empreendedores fortes. O Brasil tem mão de obra, tem petróleo, tem minério e tem outra coisa fantástica: um povo de rica diversidade. Fazemos diferença na mudança do clima, aliás, todos os países querem conversar com o Brasil sobre mudança do clima e fazer um acordo porque nós somos o único país que voluntariamente passou uma lei dizendo que até 2020 reduziria 36% da emissão de Gases de Efeito Estufa. Já cumprimos 72% da mais ousada meta de redução do efeito do clima (temos ainda até 2020). Fazemos uma agricultura de baixo carbono e temos matriz elétrica diversificada. Nós acreditamos que é possível crescer, incluir, conservar e proteger.

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