Quando a carne não
atinge o nível de qualidade exigido, a gente come!
O Brasil tem o 2º
maior rebanho bovino do mundo! Só entre vacas de corte e de leite, são mais de
200 milhões de cabeças!!! Nossa produção de carne é de 10 milhões de toneladas
por ano. 80% são consumidos no mercado interno (o restante é exportado para vários
países). Só para a Europa vão 120 mil toneladas, um dos mercados mais
exigentes. Eles pagam até 20% mais pelas carnes de alta qualidade. É um mercado
muito disputado, por isso foi dividido em cotas (Cota Hilton), distribuídas
entre vários países exportadores. A cota do Brasil é de 10 mil toneladas por
ano. Mas, até hoje, não conseguimos exportar nem a metade da cota. O principal
motivo são as barreiras estabelecidas para a carne brasileira.
E tem mais, os
europeus só compram carne de machos, com menos de 30 meses de idade, pesando no
mínimo 16 @ (@ = 15 Kg). Os animais têm que ser rastreados desde a desmama e
engordados a pasto. Bois de confinamento não entram na Cota Hilton. O problema
é que, nossas pastagens, na sua grande maioria, são de baixa qualidade (mesmo
verde, a produtividade do capim é baixa, o que exigiria mais área por cabeça, 1
cabeça por hectare, com o capim fraco, o boi vai precisar de mais de 40 meses
para atingir as 16 arrobas exigidas pelos europeus).
O trabalho exige
alta tecnologia, manejo de pastagens, recursos naturais de qualidade, sem
utilização de hormônios e antibióticos. É a Lei da exportação que pede e exige
isso! O monitoramento é individual e total de cada cabeça do bicho. Apesar da
boa oportunidade de mercado para as carnes especiais, somente 1.600 fazendas do
país inteiro conseguiram se cadastrar para a disputar a Cota Hilton. Você
estaria interessado em participar desse mercado?
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