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Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

quinta-feira, 26 de março de 2015

08. Titanic Legendado (Celine Dion) - "My Heart Will Go On" ou "Meu coração vai continuar".

Orgulho Ferido...
“Construímos o navio para fazê-lo flutuar.
Não o construímos para colidir com um iceberg ou um penhasco.
Infelizmente, foi exatamente o que aconteceu.”

(Singela explicação de Alexander Carlisle, um dos engenheiros do Titanic).

Em uma quarta-feira, 10 de abril de 1912, da Inglaterra rumo a Nova York, colidiu a estibordo com um iceberg na região dos bancos gelados de Newfoundland por volta das 23h40min do dia 14. Ele partiu do cais de Southampton (Inglaterra), o Royal Mail Ship (RMS) Titanic (Vapor do Correio Real Titanic), construído pela White Star Line e pela Harland & Wolff, de Belfast, tinha como direção às cidades de Cherbourg (França), Queenstown (Irlanda) e, por fim, New York (onde se pretendia chegar na outra quarta seguinte, 17 de abril). Era o maior (269 m de comprimento) e mais pesado (46,328 milhões de Kg ou 46 mil toneladas) transatlântico já construído. O naufrágio não era uma hipótese para os projetistas: o Titanic poderia flutuar com até quatro compartimentos inundados. O iceberg, entretanto, rasgou cinco dos oito dele na colisão. Mas, O arquiteto naval Thomas Andrews, responsável pela concepção do Titanic, jamais poderia antecipar o fatídico destino que o aproximaria para sempre de sua principal criação (ele sucumbiu junto com o navio).

Os especialistas não compreendem o motivo pelo qual o Titanic não alterou sua rota, já que recebeu diversas mensagens pelo telégrafo alertando sobre a presença de icebergs flutuantes (notadamente na região 42º Norte e entre a 49º e 51º Oeste) na véspera da colisão. Mesmo sabendo do caminho potencialmente acidentado na rota do majestoso transatlântico, o capitão optou por manter a rota e a velocidade, confiando na calmaria do oceano - "o mar estava como grama", declarou o segundo oficial, tenente Charles Lightoller - e na observação de sua equipe na torre (que, entretanto, estava sem binóculos). Ao choque e à incredulidade pela notícia, soma-se agora, no rescaldo da acachapante tragédia, a ânsia pelas respostas às perguntas que não querem calar. “Como um gigante do porte do Titanic pode ter simplesmente afundado pelo choque com um iceberg? Por que o maior e mais moderno navio de nosso tempo não oferecia plenas condições de segurança a todos os seus passageiros?” Autoridades dos Estados Unidos e da Inglaterra se mobilizaram para investigar as causas do sinistro e atribuir possíveis responsabilidades.


Por mais pesado que seja um navio, ele se mantém na superfície da água por conta de um equilíbrio entre sua capacidade de flutuação, que o empurra para cima, e a gravidade, que o puxa para baixo. O ar presente nos dezesseis compartimentos do Titanic tornava o navio menos denso que a água. Isso, claro, até o momento em que a embarcação atingiu o iceberg. O rombo provocado pelo gelo perfurou o casco do navio e a água rapidamente ganhou cinco desses compartimentos, eliminando o ar dessas salas. A estabilidade foi obviamente interrompida. Com isso, a frente do Titanic, muito mais pesada por conta da inundação, começou a submergir, fazendo a traseira levantar para fora da água.

O que seria o inevitável aconteceu na noite de 14 e a madrugada de 15 de abril de 1912: foram 1.517 pessoas que morreram nas águas gélidas do Atlântico norte e mais de 700 vidas foram salvas. No total, 80% dos homens e 25% das mulheres morreram. Aparece então outra indagação: Por que os botes salva-vidas não foram lançados com suas capacidades máximas? Tivesse sido esse o desfecho, pelo menos mais 500 pessoas estariam salvas. Dos 890 profissionais em serviço, apenas 214 sobreviveram. Aliás, os 20 botes salva-vidas presentes no navio acomodavam apenas um número máximo de 1.178 passageiros - número que estava dentro da regulamentação inglesa para navios de mais de 10.000 toneladas, mas insuficiente para acomodar as 2.223 pessoas que estavam a bordo do transatlântico. A viagem inaugural do Titanic, um projeto fabuloso orçado em 7,5 milhões de dólares (e que tinha até 08 andares de cabines), rendeu uma das maiores tragédias da engenharia náutica e da navegação mundial. A velocidade e a potência, obsessão daqueles tempos, foram preteridas em detrimento do conforto e da grandiloquência. A preocupação com o bem-estar dos passageiros era tanta que, dos cerca de 890 membros da tripulação, mais de 500 eram garçons, cozinheiros e artistas em geral. Mas, em questão de sobrevivência, a maioria dos passageiros da primeira classe se safou (um índice de 60,5%, o maior entre todas as categorias do navio).

Na nossa aula de Química, o destaque vai para o diamante “Chave de Start”: Heart of the Ocean, Le Coeur de La Mer ou “O Coração do Oceano”. Este é o nome do mundialmente famoso colar presenteado à personagem Rose (Kate Winslet), peça chave responsável por desencadear a grande e famosa obra cinematográfica “Titanic”. A joia é fictícia e não existiu de fato no Titanic real, nem foi usado por qualquer um de seus passageiros, assim como não existiu o casal romântico e apaixonado do enredo da história. Ela foi desenhada e fabricada única e exclusivamente para o filme Titanic dirigido por James Cameron em 1997 (premiado com 11 estatuetas do Oscar), livremente inspirada no caríssimo diamante Hope (este sim, real e de coloração azul metalizada, graças ao elemento químico Bóhrio, avaliado entre US$ 200 e US$ 250 milhões). Este diamante encontra-se no Instituto Smithsonian, Washington, EUA. 

A peça foi feita pelos joalheiros de Londres Asprey e Garrard, através de uma pedra preciosa sintética, fabricada em laboratório, denominada Zircônia Cúbica (no valor de US$ 10.000), de cor azul, de grande beleza e brilho, mas de valor muito inferior ao real diamante. A história do diamante Hope ultrapassa 300 anos e carrega uma grande mistura de lendas e de supostas maldições, que relatam que essa joia trouxe muito azar (e até morte) aos vários proprietários ao longo dos séculos.

Enfim, o impacto que essa joia causa vem da sua beleza e a linda (e trágica) história por ela inspirada.


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