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“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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domingo, 13 de abril de 2014

Lei da Anistia (1979): “Tortura não se Anistia”. Que negócio absurdo é esse de Lei beneficiar Torturador?

- Por um lado, milhares de exilados do regime militar só puderam retornar ao País depois que, em 1979, o Congresso aprovou a Lei da Anistia;
- Estamos falando aqui é sobre torturas, mortes e ocultação de cadáveres.
- Num movimento capilar, um contingente numeroso de brasileiros tem se mobilizado pela vontade de conhecer a fundo os segredos da ditadura, em particular aquele crime que se tornou sua marca repugnante e vergonhosa – a tortura.
- Opondo-se à determinação da lei de 1979, confirmada pelo Supremo Tribunal Federal em 2010, que tem impedido o julgamento de oficiais e delegados acusados de tortura e execução de adversários políticos, cidadãos e cidadãs querem levar os torturados e demais responsáveis ao banco dos réus. Ou seja, as manifestações cresceram no País para que agentes de Estado, civis ou militares que cometeram crimes durante a ditadura possam ser punidos.

- Segundo o DataFolha, hoje 48% dos brasileiros são favoráveis ao julgamento de torturadores e 37% são contra. Em 2010, a situação era invertida: 45% eram contra o julgamento de torturadores e 40% eram a favor.
- Estou do lado dos que lutaram pela democracia, enfrentando a truculência ilegal do Estado.
- Sou favorável à revisão da Lei da Anistia.
- O que se modificou, em 25 anos, foi a visão sobre o que se fez naquele tempo. Se antes a Lei da Anistia era vista como uma ponte para a transição da ditadura à democracia, duas décadas e meia depois é enxergada como um obstáculo para a consolidação de um regime de direitos e liberdades fundamentais, num país onde a Constituição afirma que a tortura é um crime “imprescritível”.
- Por trás dessa mudança, encontra-se a Comissão Nacional da Verdade, criada por decreto presidencial em 2012. Organismo de caráter oficial, com acesso assegurado a todo documento público e poder de convocar toda autoridade que possa lhe prestar esclarecimentos, em menos de dois anos realizou 450 audiências pelo País.
- É preciso saber mais sobre o passado político do Brasil.
- Já até se criaram reparações em dinheiro para os perseguidos pela ditadura e suas famílias.
-Tortura, estupro, desaparecimento forçado, não dá para dizer que isso é crime político. O que esses agentes fizeram são crimes contra os direitos humanos, imprescritíveis. Tortura não se anistia. É crime de lesa-humanidade.
- É preciso deixar a lei mais clara e não desafiar novas interpretações.
- Que a lei seja modificada de forma a não deixar dúvidas de que não beneficia torturadores.
- O Congresso viveu dias intensos no mês de agosto de 1979, quando estabelecia anistia a crimes políticos cometidos durante o regime militar.
- O mais importante seria aprovar uma “anistia possível” para acabar logo com a agonia de mais de quatro mil brasileiros que tiveram a vida interrompida por uma década, fugindo da perseguição do regime.
- A Lei da Anistia preservava os algozes de cidadãos torturados e de famílias que tiveram a vida destruída pela repressão. Mesmo assim, foi amplamente comemorada por aqueles que passaram longos anos buscando refúgio em países desconhecidos, usando documentos falsos e controlando crises de pânico a cada vez que eram abordados por policiais estrangeiros.
- Tão importante quanto punir os torturadores do passado (e do presente) é promover uma aproximação das Forças Armadas com a sociedade.
- Punir gente com 80 anos pode dar a eles uma aura de vítma, que eles não precisam ter.
- É preciso mudar o currículo das escolas militares. Isso é mais importante do que punir torturadores (?).

- Um momento da história que o Brasil não deve esquecer para nunca mais repetir. O Golpe de 1964 foi iniciado por uma mentira – a de que se pretendia defender a democracia ameaçada pelo comunismo – para terminar numa tragédia de 21 anos, que trouxe a tortura, a censura e a perseguição aos adversários políticos. Ao retirar do povo o direito de escolher seus governantes, o regime militar tentou se apossar do destino de uma nação alegre, diversificada e tolerante. Produzido por forças políticas que foram buscar, nos quartéis e até em países estrangeiros, um apoio que não eram capazes de obter nas urnas, o regime militar encerrou-se em ambiente de merecido repúdio nacional. Em duas décadas, não resolveu nenhum problema antigo e deixou uma herança de problemas novos que os brasileiros, sob o mais prolongado regime de liberdade de sua história, têm toda capacidade de resolver. 

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