Por Neilton Lima
Professor, pedagogo e especialista em psicopedagogia.
Atenção pessoal!
Começou nessa segunda-feira (10/03/2014) a Campanha
Nacional de vacinação contra o HPV nas meninas entre 11 e 13 anos. A escolha desse público é decorrente da
potencialização do sistema imunológico e produção de anticorpos, que está em
vigor nessa faixa etária. A imunização deve
acontecer em 03 etapas: a primeira dose agora; a
segunda 06 meses depois e a terceira, 05 anos após a primeira dose. O vírus é
responsável por quase metade dos cânceres do colo de
útero (mas também de vulva e vagina).
Gente é uma vacina
fundamental, importantíssima e não muito barata (fica em torno de R$ 1.000,00). São poucos os países que têm essa vacina
na rotina. Foi uma grande atitude do Governo Brasileiro
o oferecimento dessa oportunidade preventiva às
nossas adolescentes, futuras mulheres mais saudáveis. “São mais de 05 milhões de adolescentes no Brasil nessa faixa
etária (dos 11 aos 13 anos). O Ministério da Saúde espera vacinar pelo menos
80% delas. A partir do ano que vem (2015), serão imunizadas as meninas de 09 a
13 anos. A vacina tem que ser dada antes do início da atividade sexual”. A
vacina previne e protege contra 04 subtipos do vírus que pode provocar o câncer
do colo de útero (o 3º tipo de câncer que mais afeta as mulheres brasileiras e o
4º tipo que mais causa morte e que mais as mata no Brasil).
O vírus é transmitido
principalmente pela via da relação sexual, o que
torna o HPV uma DST. A sintomatologia difere de pessoa para pessoa, mas no
organismo feminino o principal alerta é o prurido (coceira
plana, intensa e irritante dos genitais, sem
corrimento), mas existe o condiloma, que pode
crescer tanto para fora (exofídica) quanto para
dentro (endofídica). Costuma-se dizer que, “quem tem HPV, para sempre HPV”, pois o vírus é controlado ou
prevenido com vacinas, mas ele permanece no organismo. Entretanto, algumas
pessoas desenvolvem um sistema imunológico capaz de expulsar o vírus e ficar
totalmente curadas (cerca de 40% das pessoas).
Existem mais de 200 tipos de variações do HPV (felizmente a maioria é
inofensiva e assintomática). Destes, 40 acometem os
genitais. Destes, por sua vez, 15 podem levar às
doenças malignas (cancerígenas). Mas na verdade, a vacina só contempla 04 sorotipos. A vacina só foi disponibilizada
para as mulheres, embora os homens corram os mesmos riscos de contaminação, porque a imunidade dela é mais delicada, oscilante e
vulnerável (ela engravida, menstrua e trabalha dentro e fora do lar,
situações que diminuem sua imunidade).
Uma pesquisa feita
sobre a incidência do HPV no sexo masculino constatou que a metade dos homens
aparentemente saudáveis está infectada com a doença. Dos
50% com HPV, 30% tinham o vírus que pode levar a câncer, 38% tinham o não
cancerígeno, e o restante tinha mais de um tipo de HPV. Ou seja, o
tratamento preventivo deve sim ser feito nas mulheres, mas os homens não podem
ser deixados de lado, pois eles também são o vetor do vírus, o que aumentam as
chances das mulheres em ter mais doenças por causa deles. O risco aumenta com o número elevado de parceiras (o que faz com que aumente sua exposição e o risco constante durante toda sua vida
promíscua) e com a prática de sexo anal. A circuncisão diminui em
mais de 70% as chances de contágio.
Conhecido também como verruga genital, crista de
galo, figueira ou cavalo de crista, é uma doença sexualmente transmissível (DST) causada pelo
Papilomavírus humano (HPV). Alguns deles podem causar câncer, principalmente no
colo do útero e do ânus. Entretanto, a infecção pelo HPV é muito comum e nem
sempre resulta em câncer. O exame de prevenção do câncer ginecológico, o Papanicolau, pode detectar
alterações precoces no colo do útero e deve ser feito
rotineiramente por todas as mulheres.
O HPV (Vírus do Papiloma Humano) é
um vírus que possui mais de 200 variações diferentes.
O tipo e gravidade dos sintomas dependem do "tipo" de vírus do HPV, e
do local de infecção. Distribui-os por duas categorias: os que infectam as superfícies cutâneas em geral, e os que infectam a região genital. Seja qual for a região afetada, na
maior parte dos casos a infecção é assintomática e
resolve-se espontaneamente sem deixar sequelas. Alguns tipos de vírus, contudo,
e em especial os que afetam a área genital, podem causar alterações que vão
desde lesões benignas a câncer. Vejamos os sintomas mais recorrentes:
01. VERRUGAS: A manifestação
mais característica e frequente da infecção por HPV é a formação de verrugas,
que são lesões benignas também designadas por papilomas,
de onde deriva o nome do vírus. Contudo, diferentes subtipos de HPV são
responsáveis por infecção preferencial em diferentes zonas, sendo capazes de
causar diversas patologias. As Verrugas são causadas por subtipos
cutâneos como o HPV-1 e HPV-2,
e podem ocorrer em locais como as mãos,
os pés e a face,
entre outros. A forma de transmissão do vírus inclui o
contato casual com zonas infectadas, podendo ocorrer auto-inoculação para novas áreas. Este tipo de
manifestação está geralmente associada a indivíduos mais jovens, e não aparenta
estar relacionada com um aumento do risco de cancro (1.
Câncer ou tumor canceroso; 2. Ferida localizada que surge no primeiro estágio
de algumas doenças, esp. as venéreas; 3. Fonte de deterioração progressiva; mal
difícil de conter ou extirpar, que se agrava e destrói ou corrompe.). O cancro é a consequência mais grave da infecção por HPV,
e vários tipos, entre os quais o 16, 18, 31 e 45, são considerados de risco elevado para o
desenvolvimento de cancro. Os tipos de cancro que estão em alguma medida
associados com o HPV incluem cancro do colo uterino, do
ânus, da vulva, do pênis e da cabeça e pescoço.
02. Condiloma acuminado: Mais de 30 variantes de HPV infectam a região genital, embora
os tipos 6 e 11
sejam os principais responsáveis por cerca de 90% dos casos, podendo causar verrugas na vulva, pênis e ânus. Estes
condilomas verificam-se sobretudo em populações adultas e sexualmente ativas,
sendo mais frequente nas mulheres (dois terços dos casos).
03. Papilomatose respiratória: Esta
manifestação rara decorre com a formação de verrugas ao
longo das vias respiratórias, podendo causar obstrução à passagem do ar
e obrigando a intervenções cirúrgicas recorrentes para a sua excisão.
Estudos tentam explicar o aumento desses
tipos de câncer através do aumento da prática do sexo
oral ao longo das últimas décadas. Entre os anos
de 2006 a 2007 o HPV pôde ser encontrado em 93% dos tumores localizados na boca
e na faringe.
Em 2006 completou-se o desenvolvimento
de duas vacinas contra alguns subtipos de HPV, que utilizam a proteína L1 da
cápside. Estas vacinas, agora disponíveis no mercado, permitirão (segundo as
expectativas) diminuir em mais de 70% o número total de cancros do colo do útero
no prazo de cerca de 20 anos, caso as novas gerações de
mulheres sejam vacinadas (uma vez que elas apenas são ativas antes da infecção
se instalar).
O governo brasileiro anunciou que a
partir de 10 de março de 2014, meninas de 11 a 13 anos poderão receber a vacina
contra o papilomavírus humano (HPV), gratuitamente, nas escolas públicas e
privadas e nos postos de saúde. O HPV é responsável por 95% dos casos de câncer
de colo do útero. Em 2015, a cobertura incluirá as
meninas de nove a 11 anos. A partir de 2016, a ação ficará restrita às garotas
de nove anos.
Que a sigla sirva de aviso
também aos homens. Afinal, trata-se da doença sexualmente transmissível mais frequente
no mundo e,
embora conhecida no universo feminino, atinge em cheio
o masculino. É comum
a enfermidade provocar uma ou mais verrugas no pênis, que causam coceira ou,
eventualmente, sangramento. O prepúcio (a pele que recobre a glande) é a área de
maior incidência de lesões, de 60% a 90% dos casos. O corpo do pênis responde
entre 8% e 55%, a uretra de 9% a 21%, o escroto de 5% a 20% e a glande, de 1% a
20% dos casos.
Hoje estima-se que aproximadamente 20 milhões de pessoas - de ambos os sexos e em igual
proporção - estejam contaminadas no Brasil, o que significa cerca de 11% da população.
O tratamento do HPV dura cerca
de no mínimo dois anos
e não pode de maneira alguma ser interrompido, caso
contrário o vírus voltará ainda mais forte. O HPV é mais comum nas mulheres, porém,
o homem tem cada vez mais contraído esta doença, que não é grave, porém, o tratamento é bem chato e duradouro. O HPV tem cura no
homem, mas, as vacinas atualmente para a prevenção do HPV são exclusivas para
as mulheres, tem de ter no mínimo nove anos de idade ou mais para tomar a
vacina HPV bivalente e/ou tetravalente. O HPV no homem pode ser curado
com pomada Podofilotoxina a 0.15% e/ou cirurgias de cauterização de tempos em
tempos.
Não se conhece o tempo em que o HPV pode permanecer sem sintomas e quais são os fatores responsáveis pelo desenvolvimento de lesões. Por esse motivo, é recomendável procurar serviços de saúde para consultas periodicamente.
A principal forma de
transmissão do vírus do HPV é pela via sexual. Para ocorrer o contágio, a
pessoa infectada não precisa apresentar sintomas. Mas, quando a verruga é
visível, o risco de transmissão é muito maior. O uso da camisinha durante a
relação sexual geralmente impede a transmissão do HPV, que também pode ser
transmitido para o bebê durante o parto.
A infecção pelo HPV
normalmente causa verrugas de tamanhos variáveis. No homem, é mais comum na cabeça
do pênis (glande) e na região do ânus. Na mulher, os sintomas mais comuns do
HPV surgem na vagina, vulva, região do ânus e colo do útero. As lesões do HPV
também podem aparecer na boca e na garganta. Tanto o homem quanto a mulher podem estar
infectados pelo vírus sem apresentar sintomas.
Na presença de qualquer
sinal ou sintoma do HPV, é recomendado procurar um profissional de saúde, para
o diagnóstico correto e indicação do tratamento adequado para o HPV.
Foram desenvolvidas duas
vacinas contra os tipos de HPV mais presentes no câncer de colo do útero: a vacina
bivalente e a vacina
quadrivalente. Essas
vacinas, na verdade, previnem contra a infecção por HPV. Mas o real impacto da
vacinação contra o câncer de colo de útero só poderá ser observado após décadas.
Uma dessas
vacinas é quadrivalente, ou seja, previne contra quatro tipos de HPV: o 16 e
18, presentes em 70% dos casos de câncer de colo do útero, e o 6 e 11,
presentes em 90% dos casos de verrugas genitais. A outra é específica para os
subtipos de HPV 16 e 18.
É fundamental deixar
claro que a adoção da vacina contra o HPV não substituirá a realização regular
do exame de citologia, Papanicolau (preventivo). A vacina contra o HPV é mais
uma estratégia possível para o enfrentamento do problema e um momento
importante para avaliar se há existência de DST.
A principal forma de transmissão do HPV é por via sexual, sendo a doença sexualmente transmissível (DST) mais frequente. Estima-se que 25 a
50% da população feminina mundial esteja infectada, e que 75% das mulheres contraiam a infecção durante algum período
das suas vidas. A maioria das situações não
apresenta sintomas clínicos, mas algumas desenvolverão alterações que podem evoluir para cancro. O exame de rastreio para diagnóstico destas alterações é a citologia cervical ou Papanicolau. A infecção também pode ocorrer no homem e,
embora as manifestações clínicas sejam menos frequentes do que na mulher, estima-se que 50% da população masculina esteja infectada pelo
virus.
Devido à cápside proteica, o HPV pode resistir durante períodos prolongados em
várias superfícies. Alguns cuidados que podem evitar a infecção incluem:
·
Proteger os pés com calçado apropriado em balneários públicos;
·
Evitar o contato com a superfície de sanitários de uso público, e
outras superfícies com nível de higienização duvidoso;
·
Tratar as verrugas, para evitar que o vírus seja transportado
acidentalmente para zonas de pele sadia e cause um novo foco (auto-inoculação).
A principal via de contágio das variantes genitais do HPV é
através de contacto sexual, factor importante na prevenção.
·
Evitar comportamentos sexuais de risco — Nomeadamente através do
uso de preservativo com parceiros ocasionais, com a vantagem
acrescida de proteger contra outras DSTs.
De acordo com alguns autores, a aplicação de microbicidas tópicos antes da relação
sexual também parece prevenir a infecção por HPV;
·
Vacina contra o HPV — Encontra-se disponível em vários mercados vacinas (Gardasil, Cervarix)
contra algumas estirpes de HPV implicadas na gênese do cancro do colo do
útero e dos condilomas acuminados, que são capazes de evitar a infecção. É de notar,
contudo, que não são eficazes caso a doença tenha sido adquirida antes da
administração da vacina, e que apenas protegem contra a infecção por
determinadas estirpes e não de todas, pelo que a realização de
rastreios regulares continua a ser indispensável. Indivíduos
infectados com um tipo de HPV podem ainda beneficiar do efeito protetor da
vacina contra a infecção pelos outros subtipos que esta cobre.
·
Papanicolau — O exame citológico de rotina é a maneira
mais eficaz de detectar as alterações celulares causadas pelo HPV, permitindo
assim a intervenção antes da evolução para cancro.
É em regra muito difícil erradicar por completo a infecção,
pelo que na maioria dos casos o tratamento visa reduzir ou eliminar as lesões
causadas pelo HPV.
Agentes tópicos — Aplicados sobre a lesão, promovem a dissolução da queratina e/ou morte das células que constituem a lesão. Ex: podofilina, 5-fluorouracil, ácido tricloroacético.
·
Imunomoduladores — Substâncias que estimulam o sistema
imunitário no combate à infecção. Ex: imiquimod , retinóides,interferão.
·
Procedimentos cirúrgicos — Remoção das lesões através de diversos
processos, como, por exemplo, excisão com bisturi, cirurgia de alta frequência,
laserterapia e crioterapia.
Papanicolau
Foi criado pelo Dr. George Papanicolau em 1940. É o exame que previne o
câncer de colo uterino. É realizado na posição litotômica e consiste na coleta
de material do colo uterico (endocérvice e fundo de saco de Douglas) que é
depositado em lâminas para que a análise laboratorial possa ser efetuada. O
Teste de Schiller e com iodo também auxiliam na detecção de aréas alteradas.
Realizar pelo menos, uma semana antes da menstruação. Evitando-se rusa
duchas vaginais, colocação de cremes vaginais e relações sexuais três dias
antes do exame. Deve ser realizado em todas as mulheres com vida sexualmente
ativa ou não,(inclusive gestantes) pelo menos uma vez ao ano. Se o resultado do
exame for negativo por trêsI anos seguidos, a mulher pode fazê-lo de 3 em 3
anos.
Fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de
colo de útero:
Início
precoce da atividade sexual, número elevado de parceiros sexuais, multiparidade
(ter tido vários filhos), antecedentes de doença sexualmente transmissível e
falta de higiene pessoal.
Material Utilizado:
• Espéculo
vaginal;
• Luva
de procedimento;
• Escova
endocervical;
• Lâmina.
A realização do exame pelo enfermeiro contribui significativamente para a detecção precoce de neoplasias ou alterações e até mesmo de DSTs durante o exame físico e é de relevante significância, uma vez que as neoplasias constituem uma importante causa de morbidade e mortalidade.
QUAL É A DOENÇA QUE MAIS MATA NO BRASIL:
1. Aparelho circulatório, como infarto e derrame (31%);
2. Câncer (17%).
OS TIPOS MAIS COMUNS DE CÂNCER SÃO:
1. Pele;
2. Próstata;
3. Mama;
4. Aparelho Respiratório;
5. Cólon e Reto.
CAUSA DE MORTE DE MULHERES NO BRASIL:
1.
AVC;
2.
Infarto;
3.
Câncer de mama;
4.
Câncer de colo do útero.
TIPOS DE CÂNCER QUE MAIS MATAM MULHERES BRASILEIRAS:
1. Câncer de Mama;
2. Câncer de traqueia, brônquios e pulmões;
3. Câncer de cólon, reto e ânus;
4. Câncer do colo do útero.
CONCLUSÃO: Tão importante quanto a vacinação
preventiva das adolescentes de 11 a 13 anos é a vacinação contra o HPV em
homens e mulheres de todas as idades, como prevenção. Existem dois tipos de
vacina contra o HPV e são encontradas em clínicas particulares e indicadas a
meninas e mulheres entre 09 e 26 anos, mas não excluem a necessidade do
Papanicolau para prevenção do câncer.
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