Será que os manifestantes que foram às ruas neste ano de 2013, exigir mais justiça social e qualidade de vida no Brasil, morreram, desapareceram ou adormeceram? Tomara que ressuscitem, reapareçam ou acordem em 2014, o ano da Copa do Mundo aqui no país. Depois de muita polêmica, querendo ou não, tudo indica, a Copa irá acontecer de qualquer jeito. A mídia ganhará muito dinheiro com suas transmissões, o empresariado lucrará muito com o setor de serviços prestados aos turistas e o resto dos brasileiros, os pobres, vão trabalhar muito nos bastidores para o evento acontecer – e esses ainda hão de achar um jeito de ficar com um braço no pesado e o outro no plug da TV. Pois é, uma Copa do Mundo tem lá seu glamour, sua suposta importância histórica, trará milhares de turistas e muito dinheiro para a economia (dos empresários, sobretudo). Dizem por aí que a Copa do Mundo de 2014 é um presente do Brasil para a humanidade e que ainda devemos celebrá-la com um generoso sorriso estampado na cara. E como ela é um presente, viu? Um presente caro de 36 bilhões de reais! Entretanto, seja o montante que for, não seria nada diante do que a sociedade poderia lucrar com o direcionamento dessas verbas públicas a projetos, programas e obras de seu interesse e para seu benefício direto. Investir no bem-estar da população brasileira não é infinitamente mais viável do que erguer estádios para um evento esportivo de somente um mês? E depois da Copa, o que será dos estádios em locais com pouquíssima tradição no futebol e sem times competitivos? Outra razão para não construir obras do zero, especialmente com recursos públicos, no meu entender, é a existência de estádios nas doze cidades-sede. Para atender às exigências da Fifa, as estruturas já existentes poderiam ser simplesmente reformadas ou ampliadas. O Brasil, mais uma vez, poderia usar os 36 bilhões de reais a ser investidos na Copa para solucionar demandas mais urgentes, como nas áreas de educação e saúde pública. Então a classe empresarial vai continuar sentada à mesa, comendo e bebendo do bom e do melhor, enquanto a classe trabalhadora serve os convidados, com um olho na bandeja e o outro na TV. Nós e os clientes turistas pagamos a conta, a classe empresarial saca o lucro e a mídia continua colocando a culpa no governo enquanto ganha a sua parte. O povo na rua está revoltado é contra esses comilões, não é só contra o governo como a mídia quer fazer com que acreditemos. Que raiva!
Quem sou eu
- NeyGeoCrítica
- São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
- Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
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terça-feira, 18 de março de 2014
CRÍTICA Nº 09:
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
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