01. Conquista: a mortalidade infantil no primeiro ano de vida caiu -47,6%. Em 2000, de cada 1000 crianças nascidas vivas, 29,7 morriam antes de completar 01 ano de idade. Em 2010, eram 15,6. Entre as regiões, a maior queda da mortalidade foi no Nordeste (-58,6%), em 2000 eram 44,7 e em 2010, 18,5 o número de crianças mortas para cada 1000 nascidas vivas. O resultado vem das políticas públicas na saúde, da maior escolaridade das mães, do aumento da renda e também da diminuição do número de filhos nas famílias. Também os hospitais de referência para gestantes de altos riscos (o contato preventivo com o filho se tornou um fator decisivo para a redução da mortalidade).
02. Diminuição: a média do número de filhos por mulher caiu de 2,38 (no ano 2000) para 1,9 (em 2010). O Nordeste foi a região que apresentou a maior queda: -23,4% (em 2000, era 2,69 a taxa de fecundidade de filhos por mulher, em 2010, 2,06). Já os que mais reduziram o número de filhos foram os cearenses: - 29,7% (eram 2,84 em 2000, caiu para 2,0 em 2010). Com menos filhos para cuidar, as mães têm mais tempo para cuidar de cada um e aproveitar dos benefícios que os avanços na saúde permitem. Mais mulheres no mercado de trabalho e os custos com educação também contribuíram para isso.
03. Considerável melhora na educação: em 2010, 35,8% dos brasileiros com mais de 25 anos tinham o ensino médio completo, enquanto em 2000 eram apenas 23,1%. Mas há um dado crítico: 16,7% dos adolescentes entre 15 e 17 anos não frequentavam as escolas, embora esse número tenha diminuído em relação a 2000. O tempo médio que cada brasileiro adulto passou na escola é de 7,2 anos. E as crianças que acabaram de se matricular deve estudar 13,8 anos.
04. Dinheiro: muita desigualdade entre homens e mulheres. O rendimento delas aumentou 13,5%, enquanto o deles aumentou 4,1%. Porém, a renda do que as mulheres (R$ 1.115,00) ganham é bem menos: 73,8% da renda dos homens (R$ 1.510,00). A menor diferença estava no Amapá (88,6% do rendimento dos homens) e a maior diferença em Santa Catarina (67,4%). Em 2010, pela primeira vez na história, mais da metade da população brasileira (53,3%) trabalhava (em 2000 eram 47,9%). É o nível de ocupação. Cresceu o número de trabalhadores com carteira assinada. Em 2010 eram 63,9% das pessoas empregadas no país (enquanto em 2000 eram 54,8%). Emprego melhor, renda maior. O Censo mostrou brasileiros com mais dinheiro no bolso: em uma década o salário médio teve ganho real de 5,5% (2000 = R$ 1.275,00 x 2010 = R$ 1.345,00). Quase um terço dos trabalhadores recebia um salário mínimo por mês. Houve forte elevação da renda familiar: 2000 = R$ 2.297,00 x 2010 = 2.653,00. Os rendimentos por domicílio tiveram um ganho real de 15,5% e foi ainda mais acentuado no Nordeste (25,5%). Houve avanço feminino no mercado de trabalho. O rendimento médio atual dos brasileiros assalariados é de R$ 1.810,00 mensais.
05. Tempo que o brasileiro gasta para chegar ao trabalho: em 2010, 11,4% levavam (perdiam) mais de uma hora para chegar ao trabalho (7 milhões de brasileiros). O Rio de Janeiro e São Paulo são os campeões de demora nessa jornada.
06. Destaque para os dados de imigração: 268.486 imigrantes vieram de outros países para viver no Brasil. O curioso é que 65,5% deles eram brasileiros que voltavam para casa. Situação difícil no Sul da Europa e no Japão, e oportunidades e estabilidade mais clara no Brasil. Na comparação do censo de 2010 (93,580) com o de 2000 (55,758), o número de estrangeiros que vieram para o Brasil aumentou +67,8%. Eles vieram principalmente: EUA, Japão, Paraguai, Portugal e Bolívia em busca de trabalho e ascensão social.
- Volta para casa chama a atenção: o número de brasileiros que tinha se mudado para outros países, estavam fora há mais de 05 anos e voltaram a morar no Brasil, praticamente dobrou em 2010 (174,597) na comparação com o censo do ano 2000 (87,896): +98,7%. É o retorno de brasileiros. Relação com a crise internacional. E o desejo de criar os filhos na própria cultura.
- Migração interna no Brasil: desacelerou o número de brasileiros que se mudaram para o sudeste (caiu -10% em SP e -50% no RJ). A quantidade de gente retornando aos estados de origem aumentou + 7,5% (destaque para o Ceará, maior proporção de retorno: + 46,59%).
07. Dados sobre casamentos: o número de pessoas divorciadas quase dobrou na última década. Chegou a 5 milhões de brasileiros em 2010. Os casamentos no civil e no religioso continuam maioria, mas um tipo de união cresceu significativamente: a consensual (36,4% dos brasileiros declararam viver desse jeito em 2010, enquanto em 2000 eram apenas 28,6%).
08. As mulheres são maioria e a população brasileira está envelhecendo. São 14.081.480 brasileiros com mais de 65 anos. Em 1991, esses idosos representavam 4,8% da população do país, em 2000, 5,9%. No senso de 2010, chegaram a 7,4%. A redução da população jovem, de até 25 anos de idade, tem relação direta com o número cada vez menor de filhos, em famílias cada vez mais urbanas. As pessoas dos últimos 30, 40 anos foram direcionando para a cidade, onde começaram ter menos filhos. Filho no campo ajuda a sustentar a família. Filho na cidade é um custo. A região Norte é a mais jovem e onde tem mais gente vivendo em cada moradia (média de 04 pessoas por residência). A região Sul é a mais envelhecida do Brasil, e onde se vive com mais conforto (são 3,1 pessoas em média por residência). Entre as crianças e jovens de até 24 anos, os homens é maioria, mas o censo revela que eles vivem menos. Por isso as mulheres são maioria na soma total da população, principalmente entre os mais velhos. Entre a turma que já passou dos 65 anos de idade, existem 1.851.324 mulheres a mais que homens (que são as principais vítimas de mortes violentas em boa parte da vida: acidentes, fumo, bebidas alcóolicas, etc.).
- A China está envelhecendo mais: mais de 13% dos chineses têm mais de 60 anos. O país corre o risco de no futuro breve ter muitos idosos para sustentar e poucos jovens para trabalhar (por isso a China já estaria pensando em permitir que os casais passem a ter dois filhos). A redução do ritmo de crescimento da população diminui a pressão por recursos naturais, como comida. É resultado da política que proíbe os casais chineses de terem mais de um filho. A população chinesa, a maior do mundo, chega a 1.399.000.000 de pessoas. 74.000.000 a mais que a do ano 2000. A China também está deixando de ser um país rural. Quase metade da população vive nas grandes cidades.
OBS: Todos os países do mundo passaram, passam ou passarão por uma série de fases ou etapas de crescimento demográfico.
1º: mortalidade e natalidade muito alta. A população cresce pouco. Realidade de países bem pobres.
2º: natalidade alta e mortalidade baixa. Há explosão demográfica. Todos os países passaram por isso. Recentemente os países subdesenvolvidos passaram por isso. Realidade de países subdesenvolvidos. Crescimento populacional exagerado.
3º: natalidade e mortalidade se diminuem, aproximando-se. Realidade de países ricos (EUA, países da Europa e Japão). Reduz-se muito o crescimento populacional. Consequências: diminuição do número de jovens e aumento da população idosa. O Brasil está caminhando em relação a essa situação. A maior parte da humanidade está entrando já nessas próximas décadas nessa fase 3. Problemas:
- falta de jovens no mercado de trabalho ou mão de obra, elevando o seu custo e gerando problemas econômicos graves.
- elevação dos custos da previdência social com o aumento da população idosa. Manter essa parcela com tratamentos médicos, sem produção econômica.
09. IDH (varia de uma nota de 0-1): é um ranking da ONU que mede o desenvolvimento humano de 182 países. Os números são referentes a 2007. IDH do Brasil: 0,813 com posição 75ª. O país está no grupo de IDH elevado, acima de países como Colômbia(77º), Turquia (79º) e Equador (80º). Mas está atrás de vizinhos sul-americanos, tais como Chile (44º), Argentina (49º), Cuba (51º) e Venezuela (58º). O IDH muito elevado está: Noruega (1º, com expectativa de vida de 81 anos e renda média anual de aproximadamente 100 mil reais), Austrália (2º), Islândia (3º), França (8º), Japão (10º) e EUA (13º). Nas últimas posições, com IDH mais baixo, temos: Serra Leoa (180º), Afeganistão (181º) e Níger (182º). Podemos citar também o Zimbábue (com expectativa de vida de apenas 47 anos e renda média anual de 300 reais).
- No último ano, o Brasil subiu 4 pontos no ranking do IDH. A posição do país melhorou: o Brasil ocupa o 73º lugar entre os 169 países analisados. O relatório confirma que a desigualdade diminuiu nos últimos 10 anos (apesar disso, 8,5% dos brasileiros são pobres – 2 milhões). Segundo a ONU, nosso maior desafio é melhorar a qualidade da educação. E melhorou porque teve progressos econômicos, saúde e educação. Brasil: expectativa de vida: 73,4 anos.
10. Felicidade: segundo pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica aplicada (IPEA), o povo mais feliz do Brasil é o nordestino. Entre 147 países pesquisados, o Brasil ficou em 16º lugar. Numa escala de 0 a 10 entre as cinco regiões brasileiras, o Nordeste foi a de maior pontuação: 1 – Nordeste (7,8); 2 Centro-Oeste; 3 – Sul; 4 – Norte e 5 – Sudeste (6,68).
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