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“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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terça-feira, 10 de setembro de 2013

Dados do IBGE sobre a população brasileira. Com base nas informações dos dois últimos censos: 2000 e 2010

Texto Extra IX:

01. Conquista: a mortalidade infantil no primeiro ano de vida caiu -47,6%. Em 2000, de cada 1000 crianças nascidas vivas, 29,7 morriam antes de completar 01 ano de idade. Em 2010, eram 15,6. Entre as regiões, a maior queda da mortalidade foi no Nordeste (-58,6%), em 2000 eram 44,7 e em 2010, 18,5 o número de crianças mortas para cada 1000 nascidas vivas. O resultado vem das políticas públicas na saúde, da maior escolaridade das mães, do aumento da renda e também da diminuição do número de filhos nas famílias. Também os hospitais de referência para gestantes de altos riscos (o contato preventivo com o filho se tornou um fator decisivo para a redução da mortalidade). 

02. Diminuição: a média do número de filhos por mulher caiu de 2,38 (no ano 2000) para 1,9 (em 2010). O Nordeste foi a região que apresentou a maior queda: -23,4% (em 2000, era 2,69 a taxa de fecundidade de filhos por mulher, em 2010, 2,06). Já os que mais reduziram o número de filhos foram os cearenses: - 29,7% (eram 2,84 em 2000, caiu para 2,0 em 2010). Com menos filhos para cuidar, as mães têm mais tempo para cuidar de cada um e aproveitar dos benefícios que os avanços na saúde permitem. Mais mulheres no mercado de trabalho e os custos com educação também contribuíram para isso. 

03. Considerável melhora na educação: em 2010, 35,8% dos brasileiros com mais de 25 anos tinham o ensino médio completo, enquanto em 2000 eram apenas 23,1%. Mas há um dado crítico: 16,7% dos adolescentes entre 15 e 17 anos não frequentavam as escolas, embora esse número tenha diminuído em relação a 2000. O tempo médio que cada brasileiro adulto passou na escola é de 7,2 anos. E as crianças que acabaram de se matricular deve estudar 13,8 anos. 

04. Dinheiro: muita desigualdade entre homens e mulheres. O rendimento delas aumentou 13,5%, enquanto o deles aumentou 4,1%. Porém, a renda do que as mulheres (R$ 1.115,00) ganham é bem menos: 73,8% da renda dos homens (R$ 1.510,00). A menor diferença estava no Amapá (88,6% do rendimento dos homens) e a maior diferença em Santa Catarina (67,4%). Em 2010, pela primeira vez na história, mais da metade da população brasileira (53,3%) trabalhava (em 2000 eram 47,9%). É o nível de ocupação. Cresceu o número de trabalhadores com carteira assinada. Em 2010 eram 63,9% das pessoas empregadas no país (enquanto em 2000 eram 54,8%). Emprego melhor, renda maior. O Censo mostrou brasileiros com mais dinheiro no bolso: em uma década o salário médio teve ganho real de 5,5% (2000 = R$ 1.275,00 x 2010 = R$ 1.345,00). Quase um terço dos trabalhadores recebia um salário mínimo por mês. Houve forte elevação da renda familiar: 2000 = R$ 2.297,00 x 2010 = 2.653,00. Os rendimentos por domicílio tiveram um ganho real de 15,5% e foi ainda mais acentuado no Nordeste (25,5%). Houve avanço feminino no mercado de trabalho. O rendimento médio atual dos brasileiros assalariados é de R$ 1.810,00 mensais. 

05. Tempo que o brasileiro gasta para chegar ao trabalho: em 2010, 11,4% levavam (perdiam) mais de uma hora para chegar ao trabalho (7 milhões de brasileiros). O Rio de Janeiro e São Paulo são os campeões de demora nessa jornada. 

06. Destaque para os dados de imigração: 268.486 imigrantes vieram de outros países para viver no Brasil. O curioso é que 65,5% deles eram brasileiros que voltavam para casa. Situação difícil no Sul da Europa e no Japão, e oportunidades e estabilidade mais clara no Brasil. Na comparação do censo de 2010 (93,580) com o de 2000 (55,758), o número de estrangeiros que vieram para o Brasil aumentou +67,8%. Eles vieram principalmente: EUA, Japão, Paraguai, Portugal e Bolívia em busca de trabalho e ascensão social. 
- Volta para casa chama a atenção: o número de brasileiros que tinha se mudado para outros países, estavam fora há mais de 05 anos e voltaram a morar no Brasil, praticamente dobrou em 2010 (174,597) na comparação com o censo do ano 2000 (87,896): +98,7%. É o retorno de brasileiros. Relação com a crise internacional. E o desejo de criar os filhos na própria cultura. 
- Migração interna no Brasil: desacelerou o número de brasileiros que se mudaram para o sudeste (caiu -10% em SP e -50% no RJ). A quantidade de gente retornando aos estados de origem aumentou + 7,5% (destaque para o Ceará, maior proporção de retorno: + 46,59%). 

07. Dados sobre casamentos: o número de pessoas divorciadas quase dobrou na última década. Chegou a 5 milhões de brasileiros em 2010. Os casamentos no civil e no religioso continuam maioria, mas um tipo de união cresceu significativamente: a consensual (36,4% dos brasileiros declararam viver desse jeito em 2010, enquanto em 2000 eram apenas 28,6%). 

08. As mulheres são maioria e a população brasileira está envelhecendo. São 14.081.480 brasileiros com mais de 65 anos. Em 1991, esses idosos representavam 4,8% da população do país, em 2000, 5,9%. No senso de 2010, chegaram a 7,4%. A redução da população jovem, de até 25 anos de idade, tem relação direta com o número cada vez menor de filhos, em famílias cada vez mais urbanas. As pessoas dos últimos 30, 40 anos foram direcionando para a cidade, onde começaram ter menos filhos. Filho no campo ajuda a sustentar a família. Filho na cidade é um custo. A região Norte é a mais jovem e onde tem mais gente vivendo em cada moradia (média de 04 pessoas por residência). A região Sul é a mais envelhecida do Brasil, e onde se vive com mais conforto (são 3,1 pessoas em média por residência). Entre as crianças e jovens de até 24 anos, os homens é maioria, mas o censo revela que eles vivem menos. Por isso as mulheres são maioria na soma total da população, principalmente entre os mais velhos. Entre a turma que já passou dos 65 anos de idade, existem 1.851.324 mulheres a mais que homens (que são as principais vítimas de mortes violentas em boa parte da vida: acidentes, fumo, bebidas alcóolicas, etc.). 

- A China está envelhecendo mais: mais de 13% dos chineses têm mais de 60 anos. O país corre o risco de no futuro breve ter muitos idosos para sustentar e poucos jovens para trabalhar (por isso a China já estaria pensando em permitir que os casais passem a ter dois filhos). A redução do ritmo de crescimento da população diminui a pressão por recursos naturais, como comida. É resultado da política que proíbe os casais chineses de terem mais de um filho. A população chinesa, a maior do mundo, chega a 1.399.000.000 de pessoas. 74.000.000 a mais que a do ano 2000. A China também está deixando de ser um país rural. Quase metade da população vive nas grandes cidades. 

OBS: Todos os países do mundo passaram, passam ou passarão por uma série de fases ou etapas de crescimento demográfico. 

1º: mortalidade e natalidade muito alta. A população cresce pouco. Realidade de países bem pobres. 
2º: natalidade alta e mortalidade baixa. Há explosão demográfica. Todos os países passaram por isso. Recentemente os países subdesenvolvidos passaram por isso. Realidade de países subdesenvolvidos. Crescimento populacional exagerado. 
3º: natalidade e mortalidade se diminuem, aproximando-se. Realidade de países ricos (EUA, países da Europa e Japão). Reduz-se muito o crescimento populacional. Consequências: diminuição do número de jovens e aumento da população idosa. O Brasil está caminhando em relação a essa situação. A maior parte da humanidade está entrando já nessas próximas décadas nessa fase 3. Problemas: 
- falta de jovens no mercado de trabalho ou mão de obra, elevando o seu custo e gerando problemas econômicos graves. 
- elevação dos custos da previdência social com o aumento da população idosa. Manter essa parcela com tratamentos médicos, sem produção econômica. 

09. IDH (varia de uma nota de 0-1): é um ranking da ONU que mede o desenvolvimento humano de 182 países. Os números são referentes a 2007. IDH do Brasil: 0,813 com posição 75ª. O país está no grupo de IDH elevado, acima de países como Colômbia(77º), Turquia (79º) e Equador (80º). Mas está atrás de vizinhos sul-americanos, tais como Chile (44º), Argentina (49º), Cuba (51º) e Venezuela (58º). O IDH muito elevado está: Noruega (1º, com expectativa de vida de 81 anos e renda média anual de aproximadamente 100 mil reais), Austrália (2º), Islândia (3º), França (8º), Japão (10º) e EUA (13º). Nas últimas posições, com IDH mais baixo, temos: Serra Leoa (180º), Afeganistão (181º) e Níger (182º). Podemos citar também o Zimbábue (com expectativa de vida de apenas 47 anos e renda média anual de 300 reais).
- No último ano, o Brasil subiu 4 pontos no ranking do IDH. A posição do país melhorou: o Brasil ocupa o 73º lugar entre os 169 países analisados. O relatório confirma que a desigualdade diminuiu nos últimos 10 anos (apesar disso, 8,5% dos brasileiros são pobres – 2 milhões). Segundo a ONU, nosso maior desafio é melhorar a qualidade da educação. E melhorou porque teve progressos econômicos, saúde e educação. Brasil: expectativa de vida: 73,4 anos. 

10. Felicidade: segundo pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica aplicada (IPEA), o povo mais feliz do Brasil é o nordestino. Entre 147 países pesquisados, o Brasil ficou em 16º lugar. Numa escala de 0 a 10 entre as cinco regiões brasileiras, o Nordeste foi a de maior pontuação: 1 – Nordeste (7,8); 2 Centro-Oeste; 3 – Sul; 4 – Norte e 5 – Sudeste (6,68).

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