Qual o problema de pensar desde já nas eleições de 2014? Tornar explícita e pública uma discussão que já acontece nos bastidores do Brasil é bom porque o eleitor se prepara melhor para votar com consciência. Ora, se os partidos já pensam em seus melhores candidatos e discursos, o povo também precisa se preparar para evitar os grandes erros do passado.
O primeiro cuidado a se tomar parte dos noticiários, jornais e revistas. As frustrações e os sonhos de um Brasil melhor, os fatos do presente e suas muitas versões, influenciam a batalha pelo voto do eleitorado, sem restrições. E tudo começa a virar uma fútil disputa eleitoral que rouba a essência da democracia: o debate de temas essenciais e a apresentação de propostas concretas para o país. Estamos falando do cidadão que tenta influenciar seus iguais e a coletividade em que vive pelo poder de seu exemplo e de suas ideias.
Talvez muitos pensem que é cedo demais falar de eleições. O pior é que alguns nem pensam, num país onde decisões importantes são tomadas de forma apressada e sem o devido valor do debate e da reflexão. Bem, se é verdade que não devemos descuidar de temas essenciais, como o estrangulamento da infraestrutura do país, o caos na educação e na saúde pública, a luta de minorias por direitos civis e respeito social, como o movimento de gays e negros, a prova de redação do Enem entre outros, mentira não é pensar em campanha eleitoral de 2014. Pois não só é mais um tema importante, como também é o ponto central de todos os outros.
Em matéria de política, no Brasil vivemos imediatismos. Passamos quatro anos esperando e um único dia para pensar e votar. Precisamos inverter esse vício da nossa cultura e passar quatro anos pensando, e um dia, já suficiente até demais, para esperar. Que a onda de indignação e manifestações vividas no país se torne um hábito. Que aprendamos de uma vez por todas que campanha se faz em poucos dias e, política, o tempo todo.
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