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“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

terça-feira, 10 de setembro de 2013

A Homossexualidade e outros temas: uma questão de analogia

Texto Extra VI: 

 - Dados do IBGE sobre casamentos no Brasil revelaram que o número de pessoas divorciadas quase dobrou na última década. Chegou a 5 milhões de brasileiros em 2010. Os casamentos no civil e no religioso continuam maioria, mas um tipo de união cresceu significativamente: a consensual (36,4% dos brasileiros declararam viver desse jeito em 2010, enquanto em 2000 eram apenas 28,6%). Então por que tamanha rejeição ao casamento homossexual? Se fosse uma questão de sacramento e não de preconceito, os casais héteros não estariam se divorciando ou se unindo de forma consensual. 

 - A população mundial possui aproximadamente 07 bilhões de pessoas, enquanto o Brasil, o 5º país mais populoso do planeta, tem 194 milhões de pessoas. A China, o mais populoso (1.399.000.000 de pessoas), restringe aos casais a política do filho único. E a estimativa é que a população só tende a crescer. O argumento de que a homossexualidade comprometeria a perpetuação da espécie é uma falácia, visto que estamos falando de minorias (5% da população brasileira e 10% da população mundial). Seria mais lógico compreender a homossexualidade como um mecanismo de equilíbrio da superpopulação mundial. 

 - Muitos afirmam que um casal homossexual não condições morais, psicológicas e sociais para ter, adotar, educar e criar seus próprios filhos. Argumentam que esses seriam desequilibrados e mal formados. Então se pergunta por que nossa sociedade não é perfeita, constituída por adultos equilibrados e bem formados, visto que sempre predominou o modelo heteronormativo de criação das crianças? Ao invés disso, em todo país, a cada hora, 15 crianças são vítimas de algum tipo de violência (abuso sexual, exploração, maus tratos, agressões, negligências, crueldade...). E esse número ainda pode ser bem maior, porque nem todos os casos são denunciados. Então cabe perguntar: como o Brasil heterossexual está tratando as suas crianças? 47% das vítimas têm entre 8 e 14 anos. Crimes contra crianças no Recife, nos últimos 26 anos, comprovam que: 58% são violência física, maus tratos e lesão corporal e 42% abuso sexual; em 91% dos casos a criança conhecia o agressor; o agressor, em 95% dos casos, só usou o convencimento, faca e revólver: 4% e o local do crime, em 35%, a casa do agressor; em 29%, a casa da criança. Quem mais denuncia não é a polícia (7%) nem o Conselho Tutelar (3%), mas parentes (85%). Nos casos de abuso sexual as pesquisas mostram que o agressor é: homem, com emprego definido, alfabetizado, tem entre 17 e 25 anos, e 89% sem antecedentes criminais. A vítima tem em média 13 anos, é estudante e 98% são do sexo feminino. Só há prisão em flagrante em 13% das denúncias. E dos que são presos, só 9% continuam na prisão até o final do processo.

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