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Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Saneamento Básico

O IBGE define saneamento básico como sendo o conjunto de ações que visa à modificação das condições ambientais com a finalidade de prevenir a difusão de transmissores de doenças e de promover a saúde pública e o bem-estar da população, incluindo fornecimento de água limpa e tratamento de esgoto. De acordo com o relatório de 2010 da OMS, em torno de 2,6 bilhões de pessoas em todo o mundo não possuíam saneamento básico em 2008. A situação é mais grave na Ásia, onde 72% dos habitantes estão expostos a bactérias, vírus e parasitas encontrados em dejetos humanos. A OMS estima que, a cada ano, 15 milhões de pessoas morram em todo o planeta de doenças infecciosas causadas por esses microrganismos (6% de todas as doenças no mundo são causadas por consumo de água não tratada e pela falta de coleta de esgoto, dados de 2008). A falta de saneamento põe em risco a preservação de mananciais de água e a sobrevivência de pessoas. Quando não provoca mortes, ela aumenta os gastos dos governos no setor de saúde. Em 2009, 59,1% dos domicílios brasileiros possuíam saneamento básico (2007 foi o primeiro ano em que o Brasil conseguiu garantir rede de esgoto a mais de 50% dos domicílios). De 2009 para 2011, a expansão da coleta de esgoto foi modesta no país. Segundo o IBGE, pouco mais de 3% (62,6% dos domicílios). Atualmente, 37,4% dos domicílios não estão sequer conectados com a rede coletora de esgotos. E em boa parte onde ele é coletado, não há tratamento. É preciso coletar e tratar para evitar o verbo poluir – não ir para os nossos rios, ar e solo. (apenas 38% de todo o esgoto produzido no Brasil recebe algum tipo de tratamento, o resto, 62%: aproximadamente 15 bilhões de litros de esgoto sem tratamento, despejados A CADA DIA na natureza, o equivalente a 6.300 piscinas olímpicas que ameaça a saúde e a vida das pessoas, e também o meio ambiente). Em relação à coleta de lixo, em 2009, 88,4% dos domicílios estavam contemplados. Em 2011, essa porcentagem subiu para 88,8%. Mais uma vez, o tema está relacionado às condições socieconômicas, pois os números já falam por sim mesmos: nas residências das famílias com rendimento abaixo de meio salário mínimo, 41,3% viviam em condições adequadas de casas com saneamento básico, enquanto nas famílias com renda demais de dois salários mínimos, o percentual sobe para 77,5%. Nosso país tem 21 milhões de crianças em casas com problema de saneamento (são pessoas de 0 a 14 anos, o correspondente a 23,3% da população brasileira, segundo o IBGE, desse número, 60,8% delas vivem com famílias de baixo poder aquisitivo e 48,5% moram em casas sem rede de esgoto (18 milhões de brasileiros convivem com esgoto a céu aberto, IBGE - 2010) ou abastecimento de água ou ainda coleta de lixo). Essa criança que amanhã será um profissional terá hábitos muito pouco urbanos, e isso certamente diminuirá suas oportunidades e chances no mercado de trabalho e na vida cidadã. É preciso repetir uma “revolução sanitária” e exigir mais distribuição de renda e justiça social, a começar pelos bairros de nossas cidades, expandir pelo Brasil e espalhar por todo o mundo! A gente paga imposto, tanto imposto, justamente para isso. A sociedade precisa reclamar e cobrar mudanças efetivas (uma pesquisa feita em 26 cidades mostrou que 75% das pessoas não cobram melhorias no saneamento, onde houve cobrança, 59% disseram que nada foi feito). Todos nós sabemos que é o responsável por isso em nossa cidade: o prefeito (68% dos entrevistados o apontaram). É responsabilidade do poder público o saneamento básico. Precisamos estar mais conscientes e tomar atitudes transformadoras. Isso é um direito nosso, está na Constituição, está nas Nações Unidas. Pois saneamento básico é um bom termômetro de cidadania: normalmente onde tem sistema de esgoto, há pavimentação, calçadas, coletas de lixo, iluminação, mais saúde (evita doenças como a leptospirose, diarréias e alergias)... Tem mais qualidade de vida. 

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