Fiquei indignado com mais uma das postagens apressadas e "engraçadinhas" no Facebook. Meu colega Elinaldo a encontrou "por aí" e postou na página dele. Reparem qual foi a postagem ao lado. Acho que meu colega usa gasolina para ligar os equipamentos e
as luzes dele KKKKKKK...
"Vamos fazer as contas? A taxa de energia vai
baixar 18% para residências e 32% para empresas. A gasolina terá aumento de
apenas 4%. 98% dos brasileiros têm energia elétrica em casa e apenas 25%
possuem algum tipo de veículo. O peso da redução no preço da energia elétrica,
portanto, é muito maior do que o aumento irrisório no preço dos combustíveis. A
direita compartilha as mentiras que ela cria. Só curtir não adianta.
Compartilhe a verdade!" Continuo com o Telmo Pereira. Analogia entre
combustível e energia sem dados críticos e apurados é falácia. Essa redução foi
possível depois que o Governo renovou as concessões de geração e transmissão de
energia elétrica, pagando até 70% menos pelo serviço prestado. Para gerar
empregos, renda, desenvolvimento e crescimento econômico é preciso impulsionar
nossas indústrias, produzir mais, vender mais e competir com os outros mercados
acirrados. Nossas indústrias se sentem fracas para competir no mercado porque
pagam altos custos da energia aqui no Brasil. Se comparada a outros países, a
tarifa paga por nós brasileiros É A 4ª MAIS CARA DO MUNDO! (o preço médio da
energia, em MWh, fica R$ 458 na Itália, R$ 419 na Turquia, R$ 376 na Rep.
Tcheca e R$ 329 aqui no Brasil, seguido do Chile com R$ 320. Fonte: Firjan). É
preciso que nossas indústrias diversifiquem seus bens de produção e não se
detenha apenas em bens caros, como o alumínio, bem como substitua suas máquinas
de alto consumo para outras mais modernas e econômicas. Se numa indústria a
economia for de 20%, a empresa pode reduzir até uns 60 mil reais, que poderão
ser divididos na contratação de novos funcionários e inovação necessária da
própria fábrica. Quanto maior o consumo, maior o impacto nos preços dos
produtos, que nós consumimos. Na indústria de alumínio, por exemplo, a energia
responde por 40% dos custos da produção. Na indústria do aço/química, são de
20%; e na têxtil pode chegar até 15%. A redução no custo da energia vai ajudar
a indústria brasileira, que vinha de uma fase bem ruim (queda de – 2,6%
acumulada em 12 meses encerrados em novembro de 2012) e, conseqüentemente,
ajudar a todos nós, seja de esquerda ou de direita. Além de beneficiar os
consumidores e residenciais de direita e esquerda, também vai ajudar a
indústria, retratemo-nos, todos nós (efeito macroeconômico). Diante de tudo
isso talvez devesse preocupar se essa redução se manterá por muito tempo, e
para isso dependeremos do bom senso de economizar e de chuva, muita chuva nos
locais certos – a fonte dos reservatórios.
O Ministério de Minas e Energias já falou sobre a origem dos
recursos para os descontos: R$ 8,460 bilhões para os cofres públicos (um custo
alto, para o Governo, tão criticado aqui). Havia sido previstos antes R$ 3,3
bilhões, mas o custo aumentou porque as companhias energéticas de três estados
não fecharam o acordo. Segundo Edison Lobão, o ministro de Minas e Energias, o
Governo vai usar créditos que tem a receber da usina de Itaipu (a maior em
geração de energia no momento no mundo!) para bancar o desconto (uma boa
solução encontrada pelo Tesouro Nacional). Ou seja, nós contribuintes não vamos
pagar na conta de luz esses encargos, pois eles são sociais. São da
responsabilidade do Governo. Essa redução integral todos nós teremos, variando
um pouco para cada estado e sua companhia, a partir de 25 do mês que vem.
Ressalva: A mídia está muito preocupada com a demanda de
energia para o megaevento da Copa do Mundo no ano que vem. Ela, nem nós,
queremos estar com as luzes (e as Tv’s,) desligadas quando a bola rolar. Muita
atenção está voltada para as cidades sedes do evento (cujos estádios não vão
consumir nada pouco, e nem vamos pagar menos), e todo o resto do Brasil. O
desconto dado agora é uma economia para o que vamos pagar para as empresas no
futuro. O Governo quer amenizar essa conta e a mídia e as empresas não estão
muito contentes com isso. Enquanto isso os desinformados ficam falando
“abobrinhas”.
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