Quem sou eu

Minha foto
São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
Obrigado pela visita!
Deixe seus comentários, e volte sempre!

"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

Arquivos do blog

segunda-feira, 24 de novembro de 2025

Filme: Wicked 2.

 Uma fábula sobre escolhas.

"Há uma razão para os encontros..."

“Ainda é possível ter esperança e ser feliz em um mundo que é um caos ao seu redor? Sim! Lute pelas coisas em que você acredita e faça isso com amor e fervor. Mesmo quando parecer difícil, saiba que, se você se mantiver firme, vai acontecer!”

Vou direto ao spoiler: não somos maus nem bons, SOMOS ESCOLHAS DIÁRIAS, todos os dias podemos escolher que lado tomar e em que posição ficar (e aí sim, saberemos se houve chance para a bondade ou a maldade). Assim, a reflexão dessa obra cinematográfica recai sobre as consequências das escolhas que cada um faz. Logo, é um filme muito mais de pergunta do que de resposta.

A trama é sobre as meninas. É sobre elas. E as decisões são urgentes. Feito de narrativa espiritual a uma reflexão sobre instintos humanos, alavanca temas como opressão e o poder das escolhas individuais sobre estruturas sociais. E termina (atenção, spoiler!) deixando para você a tomada da decisão, isto é, o poder da escolha: e agora, o que vai fazer? Quem você vai decidir ser?

No primeiro filme a versão era de Conto de Fadas, nesse, tudo se quebra. O diretor Jon M. Chu (46 anos), recorre à ficção (fantasia x realidade) para falar de escolhas diárias e passar mensagem de esperança. Boa escolha, pois pelo cinema, você atinge uma escala maior, fala com mais pessoas e a capacidade de mudar as coisas ou passar uma mensagem é poderosa: o sonho é real, no sentido de produzir uma ideia de esperança. Mas, como organizar essa ideia para outra geração? Não basta simplesmente entregar um livro e dizer que “essas são as coisas boas e aquelas são as coisas ruins”. É preciso refletir. É preciso fazer perguntas. É preciso fazer escolhas! É preciso fazer cinema com Wicked 2!!!

Suas canções selecionadas servem para preencher lacunas sentimentais da trama. E são colocadas onde as personagens precisam expressar melhor seus conflitos internos. O filme é um reflexo natural dos nossos instintos humanos, mas também provocam questões políticas, entre outras:

·       Como o fascismo opera diante da ilusão de manter a ordem?

·       Questões políticas ou natureza humana?

·       O que ocorre quando damos poder às pessoas?

·       Quais são os nossos instintos humanos mais inatos (que podem ser problemáticos, heroicos e corajosos)?

·       Escolha ou tragédia? Escolha!

·       Às vezes nos preocupamos tanto com a “magia” que mal percebemos o poder inato que há dentro de nós para a liderança. É preciso trabalhar em nós essa permissão para entrar em nossa magia.

Destaque para as personagens:

·       Elphaba (Cynthia Erivo): luta pelos direitos dos animais (mas é vista como a Bruxa Má), e em Glinda (Ariana Grande), a Boa. O dilema de Elphaba é o seguinte: agir sozinha ou aceitar o apoio do sistema à custa da verdade? Mas, em vez de optar entre uma coisa e outra, e se pudermos mesclar essas duas coisas? E a fala é da própria Cynthia: “nenhuma voz é muito pequena para mudar as coisas”.

·       Glinda (Ariana Grande). Das duas começa uma amizade nascente, mas rompida, pois o astuto Mágico e sua ajudante, injustamente rotularam Elphaba, que tem a pele verde, de bruxa má obcecada pela destruição de Oz. Porém, Glinda sabe da verdade, mas abraça seu novo papel como a “bruxa boa”, que as pessoas podem admirar e adorar. E agora tem de lidar com os inesperados lados negativos de se tornar uma figura pública.

Há uma luta das atrizes entre tentar iluminar as personagens e tentar entender de onde vem a sua própria luz. Por exemplo, Ariana estava lutando com turbulências na vida pessoal durante a produção do filme, incluindo um divórcio e uma relacionamento subsequente. Atriz dramática, tem personagem desmoralizada que precisa reagir, e o faz muito bem.

Enfim, ser corajoso não é uma coisa fácil. Sair do sistema é algo que podemos abordar em filmes, em poesias, em um tweet. Mas o outro lado da moeda, a realidade, é muito mais difícil. Mas é possível aprofundar nisso e fazer muitas perguntas. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário