O Centrão reflete um estado de coisas institucional incômodo e potencialmente disfuncional: a associação de uma maioria parlamentar/legislativa que gasta sem responsabilidade – uma bomba fiscal. Encastelados em emendas obrigatórias – quase R$ 40 milhões anuais por deputado e quase R$ 70 milhões por senador – e farto financiamento público das campanhas, de R$ 5 bilhões neste ano, os parlamentares federais drenam os recursos financeiros e políticos que deveriam ajudar o presidencialismo a funcionar.
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Eleições
para presidentes da Câmara e do Senado (fevereiro/2025):
- acordos e
intensidade das negociações mostram que o Centrão dá as cartas nessa sucessão;
- Na Câmara dos Deputados: a coalizão (com PT e PL, as
duas maiores bancadas) costurada por Lira tem 324 dos 513 deputados/votos (+257
necessários): candidatura de Hugo Motta (Rep.-PB). Rivais: Elmar Nascimento (UB); Antonio Brito (PSD-BA).
- No Senado Federal: foco em Davi Alcolumbre (UB-AP).
- características:
A) moderação de
radicalismos ou detrimento dos extremos;
B) cristalização
de privilégios (coisa que desafia o equilíbrio institucional);
C) acentuação de
partidos de centro e centro-direita, mas sem nenhum preconceito contra alianças;
D) no Congresso,
como nas prefeituras e Câmaras locais, o predomínio das agremiações moderadas
dificulta a consecução das agendas radicais.
E) O impeachment de ministros do STF e a tentativa de anistiar os condenados pelo vandalismo do 08/01,
bandeiras do bolsonarismo, terão baixíssimas chances de prosperar.
F) o Centrão
reflete um estado de coisas institucional incômodo e potencialmente disfuncional:
a a
associação de uma maioria parlamentar/legislativa que gasta sem
responsabilidade – uma bomba fiscal;
G) Encastelados
em emendas obrigatórias – quase R$ 40 milhões anuais por deputado e quase R$ 70
milhões por senador – e farto financiamento público das campanhas, de R$ 5
bilhões neste ano, os parlamentares federais drenam
os recursos financeiros e políticos que deveriam ajudar o presidencialismo a funcionar.
H) O chefe do
governo, eleito pela maioria da população e responsável política e legalmente
pela execução orçamentária, vê-se obstruído pela licenciosidade de que 594
congressistas (513 deputados + 81 senadores) dispõem para gastar em suas
paróquias.
I) A eleição de
novas mesas diretoras na Câmara e no Senado deveria ser uma oportunidade para
rever esses desequilíbrios, embora difícil, porque o que está em jogo é
dinheiro, e muito poder!
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