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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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domingo, 3 de março de 2024

Cercar em vez de blindar.

 Não restam dúvidas de que os coletivos precisam melhorar seus consensos. É necessária a provocação de uma autocrítica social quanto à ânsia punitivista dominante.

Pela arte, podemos provocar essas reflexões profundas sobre a alma humana, sobre culpa e frustrações, sobre relações conjugais e parentais, sexualidade, misoginia... O que aconteceu com a nossa atenção focada no fardo emocional imposto aos envolvidos em processos? O que é sentir a agonia de uma ré ou os picos de nervosismo e ansiedade dos advogados? O processo criminal, em si, já é uma forma de punição. Sobretudo aqueles marcados por diálogo patriarcal e profundamente conservador.

Humilhante: há uma impotência perante o espetáculo performático do tribunal e o uso de ferramentas argumentativas distintas dos fatos discutidos no processo, para deslegitimar a personagem em razão de seu gênero, sexualidade e condição de estrangeira. Uma imagem estigmatizada da protagonista é amargamente construída. Sentar em um banco dos réus carregando os estigmas sociais, raciais, de gênero ou nacionalidade já impostos não é pouca coisa.

Enfim, a anatomia de uma queda. 

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