Quem sou eu

Minha foto
São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
Obrigado pela visita!
Deixe seus comentários, e volte sempre!

"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

sábado, 23 de dezembro de 2023

Os tons de pele do Brasil.

 O “desbranquamento” do Brasil.

Todos contra o Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia e a Intolerância. 

·       Uma inédita (pela primeira vez na história) mudança na forma como os brasileiros se veem: os que se dizem pardos superam os que se consideram brancos (IBGE, 2022). Os números confirmam a tendência de mudança do pertencimento étnico e racial dos brasileiros.

- Pessoas pardas: 92.083.286 (45,3%);

- Pessoas brancas: 88.252.121 (43,5%);

- Pessoas pretas: 20.656.458 (10,2%);

- Indígenas: 1.694.836 (0,8%);

- Amarelas: 850.130 (0,4%).

·       O crescimento do número de pardos também está ligado ao aumento do chamado letramento racial adquirido ao longo da última década. A autodeclaração parda está atrelada à quebra de preconceitos raciais. O estigma sobre o que é ser negro faz com que muitos pardos, inclusive em sua família, se declarem brancos. O letramento racial é importante pra entendermos o que é uma pessoa negra e que essa pessoa tem uma diversidade de tons de pele, que inclui o pardo. Antes, a nossa cor era declarada no nascimento, por médicos. Hoje, isso já é fruto de uma autoidentificação que perpassa experiências de vida.

·       O Censo mostrou que a população parda é predominante nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, e a branca é maioria no Sul e Sudeste. As pessoas com cor ou raça preta têm maior preso relativo no Nordeste. A população amarela tem maior presença no Sudeste, e os indígenas, no Norte.

·       A distribuição por cor ou raça predominante por município aponta que 58,3% das cidades brasileiras (3.245) são ocupadas majoritariamente por pessoas de cor ou etnia parda. Os brancos são maioria em 2.283 municípios (41%), os indígenas, em 33 (0,6%), e os negros, nem nove (0,1%).

·       O importante é cruzar esses indicadores com outras variáveis e construir as políticas públicas para área de saúde, educação, assistência social...

·       A população indígena cresceu e o número de pessoas amarelas despencou.

·       Isso retrata a diversidade da população e uma salutar conscientização e valorização racial dos brasileiros.

·       Esses números ajudarão a basear políticas públicas, como uma nova orientação de cotas nas universidades.

·       IBGE considera raça como uma categoria construída na interação social, e não como um conceito biológico. No Censo, cada pessoa informou a sua percepção sobre a cor ou raça a que pertence, baseado em critérios como origem familiar, cor da pele, traços físicos, etnia e pertencimento comunitário.

·       Destaca-se o crescimento de 42,3% da população preta e de 11,9% dos pardos. Houve um decréscimo de 3,1% de brancos. Há um forte avanço da população não branca. Os habitantes do país passaram a enxergar a cor e raça de um espectro diferente, valorizando mais a miscigenação e a variedade dos tons não brancos.

·       No primeiro Censo, de 1872, se interpretava o Brasil como um país europeu formado majoritariamente por brancos, alfabetizados e católicos. Essa interpretação, que encobria o que era o povo brasileiro, foi desmontada pela pesquisa.

·       A população preta é a única em que o número de homens supera o de mulheres (100 mulheres pretas para 104 homens pretos). Na média nacional são 100 mulheres para 94,2 homens.

·       O IBGE investiga as 5 categorias étnico-raciais : branca, preta, amarela, parda e indígena.

·       Ao longo dos últimos 31 anos, a população branca ocupava a liderança em todas as faixas etárias. Agora, há um crescimento de pretos e pardos em todos os grupos de idade, e o inverso ocorreu entre a parcela da população que se declara branca. Mas mesmo com a perda de representação, ela ainda é predominante entre os mais velhos. A preponderância da população branca se concentra nas pessoas a partir de 45 anos de idade ou mais. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário