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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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terça-feira, 3 de outubro de 2023

Lições sobre a Greve da USP.

 

Estudantes da USP realizaram assembleias que decidiram pela greve estudantil. Porém, fizeram barricadas nos prédios para impedir o acesso de professores e alunos. Assim, cabe questionar:

1.     Estudantes não fazem greve (podem fazer uma paralisação), pois são usuários do serviço público de ensino e não agentes econômicos;

2.     Recusar a receber aulas é equivalente a pacientes que se recusam a usar os serviços do SUS sem que tenham alternativa. Logo, os principais prejudicados serão os próprios;

3.     Para provar a legitimidade da greve/paralisação não basta a alegação de que houve assembleias corretamente convocadas e o sagrado vencedor um grupo majoritário a favor dela. É preciso que as deliberações sejam democráticas, isto é, a ocorrência de um quórum amplamente convocado e representativo a favor, que expresse antes, durante e após a decisão;

4.     Só greves ilegítimas necessitam de barricadas. Afinal, medidas legítimas são acatadas e praticadas pela maioria pelo poder da argumentação e não pela imposição da força de uma minoria.

Enfim, uma greve exige um comando unificado, clareza do que está sendo pleiteado, reivindicações justas e coerentes com o âmbito de decisão administrativa, com possibilidade de negociação e poder no âmbito administrativo para fazer o que se pede.

Estas greves em SP são na verdade uma clara antecipação de uma disputa eleitoral. O foco é a disputa pela Prefeitura de SP com Ricardo Nunes, com Tarcísio de um lado e Guilherme Boulos e setores da esquerda de outro. Estamos em um cenário em que os sindicatos são controlados por uma esquerda que não deseja diálogo, porém tem sede de tumulto e confronto – tudo isso para gerar desgaste mirando as eleições do ano que vem. 

Essa unificação da luta é muito importante para que a gente consiga derrotar o plano privatista do Tarcísio, o herdeiro do bolsonarismo aqui de São Paulo.



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