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Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

sexta-feira, 22 de setembro de 2023

O ouro branco do século XXI.

 A corrida pelo Lítio no Jequitinhonha é só o começo. As mineradoras estrangeiras estão vindo para o Brasil e, junto com elas, mão de obra qualificada para explorar nossas riquezas e levar nossos postos de trabalho.

O sal de lítio é mais concentrado, por isso chamado de “ouro branco”. 

Ele custa mais caro que a pedra minerada. 

O caminho do desenvolvimento implica adicionar valor à riqueza que a natureza entrega quase pronta ao Brasil. Temos que ser rápidos, não se podem deixar as empresas se consolidarem fora do país. Essas vantagens brasileiras precisam ser transformadas em empresas e fábricas brasileiras que produzam aqui. Isso se chama desenvolvimento local e nacional. Afinal, tudo isso não pode simplesmente gerar riqueza para empresas estrangeiras de olho no mineral, mas desenvolvimento, sustentabilidade e bem-estar social para as nossas presentes e futuras gerações. Com mais arrecadação, temos condições de transformar a cadeia produtiva, gerando emprego e industrialização, sobretudo nas áreas de menor IDH, sofridas socialmente. Enfim, combater a pobreza. Para isso, precisamos investir em tecnologia, empresas brasileiras, qualificação de mão de obra e muita, muita educação (formar nossa própria mão de obra no mercado interno em vez de importá-la).


O Brasil tem 8% das reservas mundiais de lítio, o mais leve dos metais, usado na bateria de celulares, laptops e veículos elétricos. Logo, a maior demanda é do setor de baterias, que responde hoje por 90% do mercado/demanda mundial. Mas, também é de uso na indústria farmacêutica, cerâmica, graxas, lubrificantes...

O lítio fica cravado num mineral chamado espodumênio (encontrado na rocha pegmatito), de onde é extraído. A rocha é rica de outros minerais, tais como: muscovita, feldspato, quartzo... Assim, o espodumênio é separado, carregando o lítio que não existe sozinho na natureza.

Sua importância é muito estratégica: é um metal fundamental para as indústrias de todo o planeta. O coração do Vale do Jequitinhonha (MG) guarda 85% das reservas brasileiras. A minha com mais tempo em operação na região é a Mina da Cachoeira (32 anos).

Mapa das minas.

Onde estão as maiores reservas mundiais de Lítio?

O Vale do Jequitinhonha, em MG, já é conhecido no Mercado Internacional como o Vale do Lítio. 23 países do mundo têm reservas de Lítio. Um estoque de 98 milhões de toneladas. O segundo maior produtor mundial é a Austrália (28,9%); o primeiro é o Chile (46,6%) que, sozinho, oferece quase a metade de tudo o que consumido no mundo todo. Junto com a Argentina e a Bolívia, o Chile forma o triângulo do Lítio e concentram 60% das reservas mundiais. 

Nossas reservas são em rochas (com teor 10x mais), como na Austrália, que concentram mais lítio do que nos desertos de sal (0,3%). O diferencial é que eles têm a tecnologia pesada investida nisso. Em maio, investidores do mundo todo foram apresentados ao Vale do Jequitinhonha, em um evento na bolsa de valores Nasdaq, em Nova York (EUA). O projeto, Vale do Lítio, é um projeto dos governos Federal (ainda de Bozo) e de Minas Gerais (Romeu Zema), para atrair exploradores aos municípios com maiores reservas. A multinacional Canadense que vem explorando o Vale desde 2016, exportou para a China o primeiro carregamento neste ano. 




Há reservas nesses estados: nossas reservas são em rochas, que concentram mais lítio do que os depósitos do triângulo do Chile. 

É uma estrada sem volta, porque fabricantes de veículos vem investindo pesado para trocar a tecnologia dos motores a combustão e a indústria de autopeças rastreia fornecedores de matéria-prima para os carros elétricos, isto é, lítio. A demanda de baterias de íon de lítio no setor automotivo cresceu +65%. O maior fabricante mundial dessas baterias é a China. 

Enfim, o caminho do desenvolvimento implica adicionar valor à riqueza que a natureza entrega quase pronta ao Brasil. Temos que ser rápidos, não se podem deixar as empresas se consolidarem fora do país. Essas vantagens brasileiras precisam ser transformadas em empresas e fábricas brasileiras que produzam aqui. Isso se chama desenvolvimento local e nacional. Afinal, tudo isso não pode simplesmente gerar riqueza para empresas estrangeiras de olho no mineral, mas desenvolvimento, sustentabilidade e bem-estar social para as nossas presentes e futuras gerações. Com mais arrecadação, temos condições de transformar a cadeia produtiva, gerando emprego e industrialização, sobretudo nas áreas de menor IDH, sofridas socialmente. Enfim, combater a pobreza. Para isso, precisamos investir em tecnologia, empresas brasileiras, qualificação de mão de obra e muita, muita educação (formar nossa própria mão de obra no mercado interno em vez de importá-la).

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