Já 10 anos, e a PEC das Domésticas não conseguiu reduzir a informalidade. 3 em cada 4 trabalhadores ainda não têm a carteira assinada (a cada 4 trabalhadores, apenas 1 está formalizado). A informalidade continua sendo um desafio. As dificuldades econômicas e a pandemia contribuíram para isso. Muita gente perdeu o emprego e voltou à informalidade. Hoje, no Brasil, 4.399.000 trabalhadores domésticos estão na informalidade.
Enfim, as trabalhadoras domésticas sem
carteira assinada ganham 40% a menos dos que a com carteira assinada (IBGE).
Dados do IBGE mostram que o Brasil tem quase 6 milhões de trabalhadores domésticos. Um contingente maior do que a população inteira de países europeus, como Noruega, Dinamarca e Finlândia.
Somadas, as mulheres pretas e
pardas são maioria.
“O trabalho doméstico sempre esteve presente na cultura brasileira,
desde o período escravocrata. E, é muito importante que a gente reconheça essa
PEC enquanto uma agenda de avanços de direitos”.
Nesse mês de abril está completando 1 década a Lei que garante os Direitos Trabalhistas e empregados domésticos (promulgada em abril de 2013, Emenda Constitucional Nº 72, tornou obrigatório o que já era direito dos outros trabalhadores brasileiros). Foi uma conquista social de importância enorme no Brasil. Mas, nos últimos 03 anos diminuiu o número dos que trabalham com carteira assinada.
Servir, cuidar, amparar, proteger... Porém, o cuidado que ofereceu a tanta gente não rende o registro na Carteira de Trabalho. Por quê?
Porém, mesmo com os avanços,
os desafios ainda são enormes. Afinal, o salário médio da doméstica ainda é
-61,3% menor em relação ao de outros trabalhadores. E hoje, 3 em 4 dessas
profissionais trabalham sem carteira assinada.
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